O que é uma emenda parlamentar em meio a tanta corrupção se não um mensalão ou financiamento público de campanha? Quantas destas emendas se transformam em obras? Quantas são integralmente desviadas? Quantas são gastas com esquemas montados pelos próprios parlamentares com empresas laranja? O Mensalão continuou neste verdadeiro descalabro das emendas parlamentares. Assim como o mensalão, emenda parlamentar também é dinheiro público que compra voto e apoio. Esta é a triste realidade.
Depois de quase quadruplicar nos últimos seis anos o valor da cota de emendas ao Orçamento da União, que destinam dinheiro público para suas bases eleitorais, deputados e senadores pressionam por um novo aumento do valor, fixado neste ano em R$ 13 milhões por parlamentar. O relator-geral do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), avalia que os R$ 6 bilhões reservados na proposta original do Orçamento encaminhada pelo governo ao Congresso serão insuficientes para financiar as propostas dos parlamentares. O relator busca um acordo. O valor fixado para a chamada 'reserva de contingência' do Orçamento, para financiar essas propostas, obrigaria uma redução da cota de emendas de R$ 13 milhões para R$ 10 milhões a cada um dos 584 deputados e senadores. Desde 2005, os parlamentares aumentaram a cota de emendas em 371%. No mesmo período, a inflação acumulada foi de pouco mais de 34%.
'O governo sempre começa querendo diminuir, mas há um movimento permanente do Congresso para aumentar esse valor, e neste ano não vai ser diferente', disse o relator. Ele aguarda a revisão da arrecadação de tributos, tradicional fonte de aumento dos gastos, para estabelecer a cota limite para as emendas parlamentares no ano que vem. Abertamente, deputados e senadores defendem o aumento dessa cota individual para R$ 15 milhões. Reservadamente, as propostas pretendidas chegam, nos planos de alguns, aos R$ 20 milhões. Durante a semana, em encontro com parlamentares do Norte e Nordeste, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) tentou convencer um grupo a não aumentar a cota de emendas e manter o valor 'numa média histórica'. Em contrapartida, o governo acenaria com a liberação de um porcentual maior das emendas.
Jogo de pressão. 'É um desgaste para todos, todo mundo apanha', disse a ministra, referindo-se aos parlamentares, pressionados pelas bases a conseguir o dinheiro, e ao próprio governo, pressionado pelos parlamentares a pagar as emendas. Nesse jogo de pressão, o governo tradicionalmente opera o apoio de deputados e senadores às propostas de interesse no Congresso. Moeda usada na troca de apoio, o uso político das emendas parlamentares é proibido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Esse texto diz claramente que a liberação de dinheiro público não pode 'ser utilizada para influir na apreciação de proposições legislativas em tramitação no Congresso Nacional'. O dispositivo foi copiado há uma década da legislação americana, mas é como se não existisse.
A proposta de reduzir a cota de emendas individuais em 2012 em troca do compromisso de pagar o dinheiro das emendas foi recusada pelo governo durante o debate da LDO. O governo preferiu, em seu interesse, não se comprometer a pagar todas as emendas ou mesmo um porcentual fixo delas. Com isso, manteve o poder de definir quais emendas serão pagas. No mesmo período em que deputados e senadores quase quadruplicaram a cota de emendas individuais, aumentou a destinação das verbas para os Ministérios do Turismo e das Cidades, envolvidos com o uso irregular dos recursos públicos. O Ministério da Saúde, principal alvo das emendas até 2009, caiu para a terceira posição. Em 2011, foi registrado o recorde na destinação de recursos das emendas a entidades privadas sem fins lucrativos.
'O governo sempre começa querendo diminuir, mas há um movimento permanente do Congresso para aumentar esse valor, e neste ano não vai ser diferente', disse o relator. Ele aguarda a revisão da arrecadação de tributos, tradicional fonte de aumento dos gastos, para estabelecer a cota limite para as emendas parlamentares no ano que vem. Abertamente, deputados e senadores defendem o aumento dessa cota individual para R$ 15 milhões. Reservadamente, as propostas pretendidas chegam, nos planos de alguns, aos R$ 20 milhões. Durante a semana, em encontro com parlamentares do Norte e Nordeste, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) tentou convencer um grupo a não aumentar a cota de emendas e manter o valor 'numa média histórica'. Em contrapartida, o governo acenaria com a liberação de um porcentual maior das emendas.
Jogo de pressão. 'É um desgaste para todos, todo mundo apanha', disse a ministra, referindo-se aos parlamentares, pressionados pelas bases a conseguir o dinheiro, e ao próprio governo, pressionado pelos parlamentares a pagar as emendas. Nesse jogo de pressão, o governo tradicionalmente opera o apoio de deputados e senadores às propostas de interesse no Congresso. Moeda usada na troca de apoio, o uso político das emendas parlamentares é proibido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Esse texto diz claramente que a liberação de dinheiro público não pode 'ser utilizada para influir na apreciação de proposições legislativas em tramitação no Congresso Nacional'. O dispositivo foi copiado há uma década da legislação americana, mas é como se não existisse.
A proposta de reduzir a cota de emendas individuais em 2012 em troca do compromisso de pagar o dinheiro das emendas foi recusada pelo governo durante o debate da LDO. O governo preferiu, em seu interesse, não se comprometer a pagar todas as emendas ou mesmo um porcentual fixo delas. Com isso, manteve o poder de definir quais emendas serão pagas. No mesmo período em que deputados e senadores quase quadruplicaram a cota de emendas individuais, aumentou a destinação das verbas para os Ministérios do Turismo e das Cidades, envolvidos com o uso irregular dos recursos públicos. O Ministério da Saúde, principal alvo das emendas até 2009, caiu para a terceira posição. Em 2011, foi registrado o recorde na destinação de recursos das emendas a entidades privadas sem fins lucrativos.
10 comentários
O Brasil não tem jeito mesmo...
ReplyOs "anões do orçamento" no des-governo do PTralhas se transformaram em GIGANTES...
O povinho otário gosta mesmo é de futebol, kkkkkkkk...
ReplyCoronel
ReplyA razão dos impostos estar nestas alturas, conforme podemos ver abaixo, é que nós, os idiotas de sempre precisamos pagar esta tropa de corruptos, com seus desvios.
Os números ofendem, de tão gritantes.
General Maximus Decimus Meridius/PR
IBPT - INSTITUTO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Percentual de Tributos sobre O Preço Final
PRODUTO % Tributos/preço final
Mesa de Madeira . 30,57%
Cadeira de Madeira . 30,57%
Sofá de Madeira/plástico . 34,50%
Armário de Madeira . 30,57%
Cama de Madeira . 30,57%
Motocicleta de até 125 cc . 44,40%
Motocicleta acima de 125 . 49,78%
Bicicleta . 34,50%
Vassoura . 26,25%
Tapete . 34,50%
Passagens aéreas . 8,65%
Transporte Rod.
Interestadual Passageiros . 16,65%
Transporte Rod.
Interestadual Cargas . 21,65%
Transporte Aéreo de Cargas . 8,65%
Transp. Urbano Passag. - Metropolitano 22,98%
MEDICAMENTOS . 36,00%
CONTA DE ÁGUA . 29,83%
CONTA DE LUZ . 45,81%
CONTA DE TELEFONE . 47,87%
Cigarro . 81,68%
Gasolina . 57,03%
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS BÁSICOS
Carne bovina . 18,63%
Frango . 17,91%
Peixe . 18,02%
Sal . 29,48%
Trigo . 34,47%
Arroz . 18,00%
Óleo de soja .37,18%
Farinha .34,47%
Feijão . 18,00%
Açúcar . 40,40%
Leite . 33,63%
Café . 36,52%
Macarrão . 35,20%
Margarina . 37,18%
Molho de tomate . 36,66%
Ervilha . 35,86%
Milho Verde . 37,37%
Biscoito . 38,50%
Chocolate . 32,00%
Achocolatado . 37,84%
Ovos . 21,79%
Frutas . 22,98%
Álcool . 43,28%
Detergente . 40,50%
Saponáceo . 40,50%
Sabão em barra . 40,50%
Sabão em pó . 42,27%
Desinfetante . 37,84%
Água sanitária . 37,84%
Esponja de aço . 44,35%
PRODUTOS BÁSICOS DE HIGIENE
Sabonete . 42,00%
Xampu . 52,35%
Condicionador . 47,01%
Desodorante . 47,25%
Aparelho de barbear . 41,98%
Papel Higiênico . 40,50%
Pasta de Dente . 42,00%
MATERIAL ESCOLAR
Caneta . 48,69%
Lápis . 36,19%
Borracha . 44,39%
Estojo . 41,53%
Pastas plásticas . 41,17%
Agenda . 44,39%
Papel sulfite . 38,97%
Livros . 13,18%
Papel 38,97%
Agenda . 44,39%
Mochilas . 40,82%
Régua . 45,85%
Pincel . 36,90%
Tinta plástica . 37,42%
BEBIDAS
Refresco em pó . 38,32%
Suco . 37,84%
Água . 45,11%
Cerveja . 56,00%
Cachaça . 83,07%
Refrigerante . 47,00%
CD . 47,25%
DVD . 51,59%
Brinquedos . 41,98%
LOUÇAS
Pratos . 44,76%
Copos . 45,60%
Garrafa térmica . 43,16%
Talheres . 42,70%
Panelas . 44,47%
PRODUTOS DE CAMA, MESA E BANHO
Toalhas - (mesa e banho) . 36,33%
Lençol . 37,51%
Travesseiro . 36,00%
Cobertor . 37,42%
Automóvel . 43,63%
ELETRODOMÉSTICOS
Fogão . 39,50%
Microondas . 56,99%
Ferro de Passar . 44,35%
Telefone Celular . 41,00%
Liquidificador . 43,64%
Ventilador . 43,16%
Refrigerador . 47,06%
Vídeo-cassete . 52,06%
Aparelho de som . 38,00%
Computador . 38,00%
Batedeira . 43,64%
Roupas . 37,84%
Sapatos . 37,37%
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Casa popular 49,02%
Telha . 34,47%
Dilma thinks that it's okay to use taxpayer money to go on a campaign trip.
ReplyShe thinks that it's okay to use taxpayer money for extravagant vacations.
She thinks that it's okay to use the nation's credit card as her personal bank account.
All this she did while serving the most corrupt government Brazil ever had, namely Lula's government, as chief of his ministers. And now she claims to be Chief Cleaning Maid of the Republic. Gime a break!
Yes, we have memory!
Hereticus
Never in our lifetime has our country been under a regime like this. The nerve of Lula & Dilma to think that they can just do whatever they want is astounding.
ReplyHereticus
É INACREDITÁVEL, já estão gastando
Replynosso dinheiro, mesmo antes de se ransformar, em impostos.
Que bando de sangue sugas.
Em S.Paulo já existem Supr mercados, mostrando quanto é pago por de imposto por produto.
Devia se estender pelo Brasil inteiro.Aí quem sabe o povo fica mais eperto.
Izabel/SP
Hereticus
ReplyVocê é gringo ou um emergente querendo tirar uma de bacana ?
Post bilingue é mais chic, bem,
CORONEL,
ReplyEssas emendas parlamentares se constituem em uma verdadeira excrescência orçamentária;atenta contra os princípios constitucionais da boa administração,mormente o da moralidade e da impessoalidade,eis que não se sabe com qual fundamento os parlamentares dos três níveis de governo se auto atribuíram o direito de distribuir recursos públicos ao seu talante. Anote-se que a Constituição Federal veda a promoção pessoal com recursos públicos, assinalando como improbidade a publicidade que até mesmo,indiretamente, favoreça o agente público autor.Pois bem, as indigitadas emendas são coisas bem piores, pois sobre elas os parlamentares assentam seu clientelismo e sua propaganda eleitoral,beneficiando suas "bases eleitorais", em outras palavras, compram votos com dinheiro público.É ou não é uma contradição, além de hipócrita a lei eleitoral que pune com o máximo rigor o candidato que mesmo usando seu patrimônio particular-por mínimo que seja- o utilize na campanha eleitoral, quando comparada com a utilização das emendas parlamentares?
E os cínicos do PT ainda querem mais financiamento para suas campanhas eleitorais.
Tudo herança do tal Lula que não é um corrupto qualquer, pois é, nada verdade, um corrupto de mão-cheia.
ReplyCADEIA NELES E CONFISCO DOS SEUS BENS JÁ!
Reply