Abaixo, segue uma entrevista da Folha de São Paulo com o funcionário que denunciou a corrupção instalada no Ministério da Agricultura, onde a vassoura seletiva da Dilma não passa da calçada em frente. Este funcionário é enfático: mostrem as imagens das câmeras internas que estará tudo provado, inclusive que o ministro Wagner Rossi conhece o lobista Júlio Fróes e com ele convivia dentro da instituição. O problema é que Dilma tem um histórico de verdadeira ojeriza a câmeras. Lembram que as imagens que comprovavam a reunião que ela teve com Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal, onde a então ministra pediu para que ela "agilizasse" uma investigação contra um filho do Sarney, sumiram misteriosamente no Palácio do Planalto? Se a presidente Dilma quer mesmo fazer faxina, ligue lá para a segurança e peça as imagens do Ministério da Agricultura. Já!
O funcionário que denunciou a distribuição de propinas por um lobista numa sala que fica a 30 passos do gabinete do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse que o ministério foi "corrompido" após a chegada de Rossi.Ex-chefe da comissão de licitação do ministério, Israel Leonardo Batista afirmou à Folha que o ministro "desarranjou" o setor nomeando pessoas que "vão assinar o que não devem".Ele reafirmou que o lobista Júlio Fróes lhe entregou um envelope com dinheiro dentro do ministério depois da assinatura de um contrato milionário da pasta com uma empresa que o lobista representava.Israel disse que as fitas do circuito interno da pasta podem comprovar se Rossi conhece ou não o lobista. Segundo ele, o ministro irá atrapalhar as investigações se permanecer no cargo.
Folha - Por que o sr. saiu do Ministério da Agricultura?
Folha - Por que o sr. saiu do Ministério da Agricultura?
Israel Leonardo Batista - Foi questão de perseguição...
O sr. chegou a sofrer assédio para que assinasse documentos que julgava incorretos?
Sempre trabalhei de acordo com o que a lei determina. Não aceito interferência. Me senti incomodado com certas coisas. Sofri retaliações por ser honesto.
O que mudou no setor de licitação sob Wagner Rossi?
Foi todo desarranjado. O pessoal do quadro não permaneceu. Somente o pessoal terceirizado.
Qual é o problema de licitações serem conduzidas por pessoas alheias à pasta?
Não têm conhecimento, vão assinar o que não devem.
Como está o setor hoje?
Está corrompido, no sentido de que pessoas não têm preparo.
Como conheceu Júlio Fróes?
Na frente de todos os servidores da comissão de licitação. Ele chegou com a Karla [Renata França Carvalho, chefe de gabinete da secretaria-executiva] e o Milton Ortolan [ex-secretário-executivo]. Ela [Karla] pediu para dar apoio para ele [lobista], pediu para arrumar um computador e uma mesa para ele fazer um trabalho. Logo, entendi que fosse um assessor.
Disseram que era assessor?
Disseram dr. Fróes, entendi como assessor. Pedi para funcionária se retirar [de uma mesa] para ele fazer esse trabalho [texto de convênio].
Sem conhecimento de Rossi?
Se o chefe de gabinete do ministro sabia, se o secretário-executivo sabia... As câmeras vão dizer.
O ministro conhecia Fróes?
É só divulgar as imagens [do circuito interno da pasta].
É possível que o ministro desconhecesse Fróes?
As câmeras vão dizer quem está mentindo e quem está dizendo a verdade.
Em tantos anos no governo, o sr. já havia passado por isso?
Nunca. É fácil o ministro, o chefe de gabinete chegar lá e dizer: "Realmente, não aconteceu nada". É fácil. Mas realmente aconteceu. Se pegar as filmagens, vão ver tudo que estou falando.
O sr. se sente ameaçado?
Acho que corro risco porque jamais na minha vida passei por uma situação desta. Tenho certeza de que Dilma precisa de apoio na Câmara e no Senado, mas que tenha apoio de pessoas equilibradas, que respeitem leis.
O sr. poderia descrever como Fróes lhe entregou dinheiro?
Me ligaram do 8º andar, eu fui. Me ligou a Isabel [Roxo], chefe de gabinete [da assessoria parlamentar]. Quando eu cheguei lá, ele me cumprimentou e me entregou.
Onde ele estava?
Ele estava na sala da chefe de gabinete. Cheguei, anunciei e entrei.
Abriu o envelope na hora?
Não.
O sr. não estranhou?
Era um envelope do ministério. Era uma pasta e dentro tinha um envelope. Não sabia o que tinha dentro. Desci e vi o que era. Liguei para ele e ele foi na minha sala. Eu disse que não aceitava.
Havia várias pastas como a que o sr. recebeu de Fróes?
Sim, algumas pastas.
O que ocorreu quando recusou o dinheiro de Fróes?
Ele falou: "Você não quer, tem umas pessoas lá que o Milton pediu pra ajudar, que é a Karla e a Girleide [dos Santos Sousa, que coordena a administração de material].
Era muito dinheiro?
Não contei.
Depois desse episódio, o sr. passou a sofrer pressões?
Várias perseguições. Muitas vezes saía para trabalhar e dizia à minha família que não sabia se voltava vivo.
Como foi seu afastamento?
Karla falou que eu não estava ajudando em nada e iria voltar para a Conab, estava tudo pronto, os papéis prontos. Quando cheguei na Conab ninguém me queria lá: ia assumir a comissão de licitação da Conab. Não deixaram.
O que achou quando ela disse que não estava ajudando?
Que não estava andando do jeito que eles queriam. E, para andar do jeito que queriam, não funciona comigo.
O sr. conversou com ministro Rossi alguma vez?
Ele disse que não me conhece, mas, como diretor da associação dos funcionários [da Conab], fiz reuniões com ele com outras pessoas junto.
Fróes falava em nome do ministro, agradecia por algo em nome do ministro?
Não. Se eu dissesse isso estaria mentindo. A única coisa que vi foi ele no telefone na minha sala dizendo: "Já falei com o chefão número 2 e queria falar com o chefão número 1". Aí ele falava com o chefão número 1 no telefone.
A saída de Ortolan é suficiente para pôr fim a esses casos?
Dilma falou que seria incorruptível e que todo ministro seria investigado. Se é para ser investigado, o ministro não deve estar no cargo, tem de se afastar porque vai atrapalhar as investigações.
O sr. chegou a sofrer assédio para que assinasse documentos que julgava incorretos?
Sempre trabalhei de acordo com o que a lei determina. Não aceito interferência. Me senti incomodado com certas coisas. Sofri retaliações por ser honesto.
O que mudou no setor de licitação sob Wagner Rossi?
Foi todo desarranjado. O pessoal do quadro não permaneceu. Somente o pessoal terceirizado.
Qual é o problema de licitações serem conduzidas por pessoas alheias à pasta?
Não têm conhecimento, vão assinar o que não devem.
Como está o setor hoje?
Está corrompido, no sentido de que pessoas não têm preparo.
Como conheceu Júlio Fróes?
Na frente de todos os servidores da comissão de licitação. Ele chegou com a Karla [Renata França Carvalho, chefe de gabinete da secretaria-executiva] e o Milton Ortolan [ex-secretário-executivo]. Ela [Karla] pediu para dar apoio para ele [lobista], pediu para arrumar um computador e uma mesa para ele fazer um trabalho. Logo, entendi que fosse um assessor.
Disseram que era assessor?
Disseram dr. Fróes, entendi como assessor. Pedi para funcionária se retirar [de uma mesa] para ele fazer esse trabalho [texto de convênio].
Sem conhecimento de Rossi?
Se o chefe de gabinete do ministro sabia, se o secretário-executivo sabia... As câmeras vão dizer.
O ministro conhecia Fróes?
É só divulgar as imagens [do circuito interno da pasta].
É possível que o ministro desconhecesse Fróes?
As câmeras vão dizer quem está mentindo e quem está dizendo a verdade.
Em tantos anos no governo, o sr. já havia passado por isso?
Nunca. É fácil o ministro, o chefe de gabinete chegar lá e dizer: "Realmente, não aconteceu nada". É fácil. Mas realmente aconteceu. Se pegar as filmagens, vão ver tudo que estou falando.
O sr. se sente ameaçado?
Acho que corro risco porque jamais na minha vida passei por uma situação desta. Tenho certeza de que Dilma precisa de apoio na Câmara e no Senado, mas que tenha apoio de pessoas equilibradas, que respeitem leis.
O sr. poderia descrever como Fróes lhe entregou dinheiro?
Me ligaram do 8º andar, eu fui. Me ligou a Isabel [Roxo], chefe de gabinete [da assessoria parlamentar]. Quando eu cheguei lá, ele me cumprimentou e me entregou.
Onde ele estava?
Ele estava na sala da chefe de gabinete. Cheguei, anunciei e entrei.
Abriu o envelope na hora?
Não.
O sr. não estranhou?
Era um envelope do ministério. Era uma pasta e dentro tinha um envelope. Não sabia o que tinha dentro. Desci e vi o que era. Liguei para ele e ele foi na minha sala. Eu disse que não aceitava.
Havia várias pastas como a que o sr. recebeu de Fróes?
Sim, algumas pastas.
O que ocorreu quando recusou o dinheiro de Fróes?
Ele falou: "Você não quer, tem umas pessoas lá que o Milton pediu pra ajudar, que é a Karla e a Girleide [dos Santos Sousa, que coordena a administração de material].
Era muito dinheiro?
Não contei.
Depois desse episódio, o sr. passou a sofrer pressões?
Várias perseguições. Muitas vezes saía para trabalhar e dizia à minha família que não sabia se voltava vivo.
Como foi seu afastamento?
Karla falou que eu não estava ajudando em nada e iria voltar para a Conab, estava tudo pronto, os papéis prontos. Quando cheguei na Conab ninguém me queria lá: ia assumir a comissão de licitação da Conab. Não deixaram.
O que achou quando ela disse que não estava ajudando?
Que não estava andando do jeito que eles queriam. E, para andar do jeito que queriam, não funciona comigo.
O sr. conversou com ministro Rossi alguma vez?
Ele disse que não me conhece, mas, como diretor da associação dos funcionários [da Conab], fiz reuniões com ele com outras pessoas junto.
Fróes falava em nome do ministro, agradecia por algo em nome do ministro?
Não. Se eu dissesse isso estaria mentindo. A única coisa que vi foi ele no telefone na minha sala dizendo: "Já falei com o chefão número 2 e queria falar com o chefão número 1". Aí ele falava com o chefão número 1 no telefone.
A saída de Ortolan é suficiente para pôr fim a esses casos?
Dilma falou que seria incorruptível e que todo ministro seria investigado. Se é para ser investigado, o ministro não deve estar no cargo, tem de se afastar porque vai atrapalhar as investigações.
11 comentários
O que precisa mais? Reconhecer a confissão dele no cartório? Alô, PF, sobrou alguma algema da Operação Voucher?
ReplyEla jamais vai requisitar os videos de segurança.
ReplySe requisitar é para conssumir comm eles cono fez no caso dos Sarneys.
A Policia Federal tem de requisitar estas fitas.
O Apedeuta Lula e esta ex guerrilheira foi a maldição que os ignorantes do Nordeste impuseram ao Brasil.
A Bandidagem esta impedindo no Congresso Nacional, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquerito para apurar os casos de corrupção.
ReplyDizem que irão eles mesmos, através de uma comissão apurar os casos.
Com certeza participarão dessa comissão, os Senadores Renan Calheiros, Romero Jucá, Waldir Raupp, Pedro Simon, Blagio Maggi, e outros mais da panelinha, com passado duvidoso, para não dizer envolvidos em maracutaias.
Enquanto o povo não se manifestar nas ruas, tudo ficará como sempre ficou, desde que o pt (partido dos bandidos) assumiu o governo.
Não podemos deixa-los assumir o poder. Falta pouco.
É claro que como tanta grana desviada por estes corruptos, não sobra dinheiro para a Dilma dar aumento real aos aposentados.
ReplyESTE GOVERNO É UMA VERGONHA !!!!
A PF DEVERIA FAZER UMA DEVASSA NO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, JÁ!!!! AINDA DEVE ESTAR SOBRANDO ALGEMAS.
Chris/SP
Hehe. Dilma não tem poder para meter contra o PMDB, já foi avisada inclusive pelo zedirceu. Sarney e asseclas já deram o tom: se tirar Rossi, a casa cai. Temer não teme nada, dá pra ver pela cara de poucos amigos; Lula sentiu o cheiro de pólvora e ficou bem quietinho. No Senado, ontem quando a chefia não estava, uns poucos ratos tomaram conta do microfone e dá-lhe elogios e salamaleques, que darão proteção pra Dilma etc. Hoje, o grosso da tropa retorna, inclusive Martaxa pilotando a mesa, vão ficar bem serenos e Rossi fica até quando eles quiserem. Afinal, como disse Nascimento "nós não somoso lixo". Isso é o PR. O PMDB não discute: se cair, cai atirando. E Lula, o PT, Dila e Cia têm muito a perder.
ReplyAo Editor: ao escolher a identidade e optar por Nome/URL aparece mensagem "URL não válido". Por isso não se consegue pôr nome e email nos comentários. Obrigado. Carlos E. (ce.krass@bol.com.br)
ReplyME AJUDEM POR FAVOR!!!! SE NÃO ESTOU ENGANADA, O LEGISLATIVO SERVE PARA FAZER LEIS,E FISCALIZAR O EXECUTIVO CERTO??? E NÃO TEM UM DEPUTADO, OU SENADOR(A) COM VERGONHA NA CARA?? PARA REQUISITAR OS VÍDEOS DE SEGURANÇA??? HOJE EM DIA É MUINTO FÁCIL PEGAR LADRÃO DO COLARINHO. TEMOS A TÉCNOLOGIA Á NOSSO FAVOR. ESTÃO ESPERANDO O QUE????POLÍCIA FEDERAL, OAB,MINISTÉRIO PÚBLICO,PODER JUDICIÁRIO,PODER LEGISÁTIVO, VOCES VÃO SER RESPONSABILZADOS POR TUDO ISSO. PORQUE SÃO OMISSOS E CONIVENTES COM O ROUBO DO DINHEIRO DO POVO BRASILEIRO.PORTANTO SE MEXAM!!! VÃO TRABALHAR, E FAÇAM POR MERECER O SALÁRIO QUE NÓS PAGAMOS PARA VOCES.
ReplyMas alguém acredita que dona dilma está interessada em "faxinar"? Alguém acha que madame não sabia dessas falcatruas? Caramba, essa criatura fez parte do governo passado, o seu rabinho também está no alvo!
ReplyAgora, esse funcionário delator deve ter cuidado pq esse bando de ladrões são perigosos.
Lucia
SACIONADA POR DILMA VANA, DESDE 1º DE JULHO JÁ TEMOS LEI QUE NÃO SE PRENDE MAIS NESTE PAÍS. VOCÊ VAI TER QUE, "INCOMODAR MUITO" A POLÍCIA PRA IR PARA O XADREZ....
ReplyAGUARDEMOS PARA BREVE, NOSSOS DEPUTADOS E SENADORES REVOGAREM TOTALMENTE O CÓDIGO PENAL....
Gravações? Vão dar a mesma desculpa quando sumiram com as fitas do encontro da Dilma com a Lina. Disseram que mais de um mês não dá para guardar.
ReplyEnquanto isso, a lei que quer controlar a internet, quer que os donos de lan-houses guardem as gravações por 2 anos.
Brasil do PT, um país rico e sem pobreza para os partidários e para os aliados.
Brasil do PT, um país de OTÁRIOS.
AGORA, SUJOU!!!!!
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