Código Florestal: mentiras e ilações no editorial da Folha.

Hoje a Folha de São Paulo publica um editorial que contém mentiras diretas e indiretas sobre o desmatamento na Amazônia e sobre a culpa que a agropecuária teria sobre o mesmo e chega, é claro, na conclusão de que a culpa é do Código Florestal, que tem excessos, segundo o jornal. O único excesso que o Código Florestal tem é garantir desmatamento zero. 

Este post ficará aberto o dia inteiro e será complementado por observações dos comentaristas. Postem observações pertinentes e iremos complementando. Por enquanto, vamos fazer a nossa parte. Vejam, abaixo, as observações. O editorial da Folha está em itálico. O contraponto do blog está em negrito.

Desmatamento à vista

Os dados sobre desmatamento na Amazônia divulgados pelo governo federal devem ser tomados como sinal de alerta. O aumento de 35% na destruição da floresta, um mês antes de encerrar-se o período de medição, indica que já se reverteu a tendência de queda.

(É uma irresponsabilidade a afirmação do jornal, ao medir um desmatamento cada vez menor na Amazônia em meses, em semestres, em apenas um ano. Na última semana, este blog publicou, baseado em dados oficiais, que os números reais sobre a Amazônia apontam para outro lado. Na famosa COP-15, o Brasil se comprometeu a reduzir o desmatamento da região, que andava na casa dos 29.000 km2 anuais em 1995, em 80% até 2020. Em 2010, 77% da meta já havia sido alcançada, pois o desmatamento ficou em 6.451 km2. Nove anos antes! Se houvesse um maior cuidado por parte do Ibama, que é leniente ao conceder licenças de desmatamento para assentamentos de reforma agrária, áreas indigenas e até mesmo em reservas federais, talvez os números já tivessem sido alcançados. O agronegócio brasileiro está fazendo a sua parte, apesar dos picaretas amazônicos que espalham mentiras financiados pelos cofres públicos.)

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, encarregado de fazer o monitoramento do desmate para o Ministério do Meio Ambiente (MMA), utiliza dois sistemas baseados em imagens de satélite. O Deter usa fotografias menos detalhadas, mas é mais rápido e tem a função de orientar a fiscalização, ao indicar áreas sob ameaça presente. As estatísticas oficiais saem do Prodes, que analisa imagens de melhor resolução e só publica resultados meses depois. As cifras ora apresentadas são do Deter, portanto ainda precisam ser confirmadas. Cobrem só o período de agosto de 2010 a junho deste ano. Julho, o 12º mês, tem muito desmate, e os dados faltantes só podem agravar a tendência.

(O governo federal, infestado pelo pensamento socialista burro, que privilegia as ações de reforma agrária e tenta transformar a agricultura familiar em contraponto ao agronegócio, como se houvesse duas agriculturas e duas pecuárias, deveria ser mais preciso nas suas colocações. Grande parte do desmatamento se deu dentro de assentamentos de reforma agrária e que aqui vai uma denúncia grave: incentivados por órgãos do próprio governo para que isto seja colocado nas costas da agropecuária e interfira no debate do Código Florestal. Exemplo: 22 km de desmatamento, segundo o Imazon, uma ong ambientalista, se deu em assentamentos da reforma agrária. Outro responsável pelo aumento da devastação é Belo Monte. Se o governo federal tivesse vergonha na cara, era só ampliar a imagem de satélite para mostrar a verdade ao Brasil, deixando de incriminar a agropecuária, um setor que precisa, mas não recebe R$ 25 bilhões de subsídio como a indústria recebeu na última semana)

O alarme tem endereço certo: o Senado, que inicia o exame da polêmica versão do Código Florestal aprovada na Câmara. Pivô da maior derrota do governo Dilma Rousseff no Congresso, em maio, o novo código é acusado pelo MMA de incentivar o desmate. A simples expectativa de aprovação da lei levaria proprietários rurais a intensificar a derrubada de matas, alertavam preservacionistas. A alta dos índices de destruição reforça a hipótese, mas será difícil separar os efeitos do código e os do incentivo econômico mais direto para a abertura de áreas agropecuárias representado pela alta dos preços de commodities, como grãos e carne bovina.

(Esta é a mentira mais deslavada, mais absurda, mais suja plantada pela imprensa, sob influência do ambientalismo irresponsável que está de olho no mercado da venda de créditos de carbono, ainda completamente desregulado no Brasil. Nenhum desmatamento feito agora está coberto pelo novo Código Florestal. Há uma data-limite para regularização de desmatamentos realizados. É lá em julho de 2008. A partir daquela data, qualquer desmatamento ilegal será punido da mesma forma, pois a lei não muda. É má fé do jornal Folha de São Paulo, que tem esta informação, fazer esta relação absurda, desinformando a população. Atenção campanha "Sou Agro"! Coloquem uma página de anúncio na Folha de São Paulo, pois usar este argumento só pode ser um pedido de dinheiro!) 

O Código Florestal precisa de uma revisão, ninguém discute. Até ambientalistas concordam que a realidade do agronegócio conflita com várias de suas provisões. Não se trata, contudo, de abrir a porteira para a destruição, mas de chegar a um regramento moderno que concilie duas vocações óbvias do país: produção agrícola para atender a demanda crescente de alimentos e matérias-primas e valorização da biodiversidade contida em suas matas.

( Chavões e mais chavões! O Código Florestal não prega desmatamento algum! Ele apenas  regulariza as áreas que foram desmatadas quando a lei vigente permitia. Quando foram abertas as fronteiras agrícolas com financiamento do governo. Quando foram promovidas oficialmente as grandes migrações internas que desbravaram o Cerrado e a Amazônia. Até hoje, o velho Código Florestal de 1966 foi picotado a bel prazer em quartinhos escuros, sempre por resoluções e determinações absurdas, sem jamais ser discutido pela sociedade como está sendo, através do Congresso Nacional. Quantas determinações contra a agropecuária foram dadas por Marina Silva, este câncer da política brasileira, que atua em benefício do agronegócio internacional, pregando o florestas aqui, fazendas lá, apoiada pelas suas ongs, enquanto era ministra? Por que a Folha de São Paulo não faz um índice remissivo e coloca dentro de uma linha do tempo os verdadeiros crimes cometidos contra a mesa dos brasileiros na forma de leizinhas novas, baixadas pela caneta de Marina Silva?)

Nenhum outro país no mundo concentra tantas vantagens comparativas, em ambos os setores, quanto o Brasil. O Senado tem a responsabilidade de desbastar os exageros e desequilíbrios do novo código, tarefa que só realizará a contento com base no melhor conhecimento científico disponível.
 

( Aqui a Folha de São Paulo embarca na cantilena dos "cientistas" da SBPC. Dos cientistas de papers, de grupelhos de pesquisa, de laboratórios com ar condicionado. Gente que quer créditos em artigos indexados ao lado de pesquisadores internacionais, pagos pelo agronegócio americano e europeu. Os cientistas brasileiros foram ouvidos. Mestres, doutores, agrônomos, veterinários, a excelência mundial que está dentro da Embrapa, todos participaram das discussões. A SBPC e outras associações de cientistas de aluguel não quiseram discutir. Acharam que iam dar um carteiraço acadêmico e manter a sustentabilidade das suas teses vendidas ao agronegócio internacional. Não levaram. Tomaram mais de 400 votos na cara dentro da Câmara. E vão ter a mesma derrota no Senado. A Folha de São Paulo deveria ouvir mais quem sabe e deixar de estar a serviço de quem só quer o pior para o Brasil. Não existe desmatamento por causa do Código Florestal. O que existe é desmatamento programado e incentivado para ser jogado nas costas da espetacular agropecuária do Brasil. E não vamos esquecer que a Folha de São Paulo é feita de papel. E que os fabricantes de celulose também não querem o Código Florestal. Eles querem diminuir a área plantada para, nela, enfiarem eucalipto, pinus e outras espécies. Se eles vencerem, preparem-se para comer folhas de árvores, em vez de hortaliças. Para pagar 20%, 30% a mais pelo preço da comida. É o que vai acontecer, pois nenhuma lei da natureza é maior do que a lei da oferta e da procura. Vai faltar comida e o preço vai subir. E o Brasil Sem Miséria da Dilma vai levar aqueles propalados 30 milhões de volta para a fome, porque eles só sobrevivem da Bolsa Família porque tem comida barata para comprar.)


Contribuam para o post. Coloquem mais argumentos para desmanchar com as mentiras da Folha de São Paulo sobre o Código Florestal. E se você é de oposição, acorde de uma vez: entre na luta do Código Florestal, pois ele é muito mais importante que kit gay, rito de medidas provisórias, lei da mídia, comissão da verdade. A não aprovação do Código Florestal pode destruir o que o Brasil criou ao longo dos últimos 40 anos. Saco vazio não pára em pé!

4 comentários

Cel,

Algumas frases de Lyndon H Larouch Jr do IRC em sua Webcast "Either Obama Goes or de The USA Goes", sobre o movimento VERDE, pertinentes ao post em pauta neste blog. O artigo é extenso e esta em inglês.

seguem:

"O movimento verde é um crime do sistema monetarista"

"O que está por trás da segunda lei da termodinâmica é o chamado movimento verde"

"Qualquer pessoa que suporte o movimento verde é, com efeito, clinicamente insano ou um criminoso. O movimento verde é um crime"

"Todo ambientalismo é uma mentira viciosa cuja conseqüência, quando aplicado, é um genocídio"

fonte: www.larouchepub.com


Índio Tonto/SP

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Eles ainda acabam com o Brasil.

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Coronel, o busílis desse assunto- desmatamento - é o seguinte: o atual diretor do INPE, G.Câmara, é uma ponta de lança do movimento ecochato no Brasil. Ele se beneficia politicamente de um sistema que "mede" o desmatamento - sendo que esta "medida" não é verificada por nenhum órgão de qualidade. Ninguém conhece procedimentos, não há rastreabilidade de nada. Há uma simbiose vergonhosa entre políticos da área ambiental, jornalistas e pseudo-cientistas que parasitam o Estado com números que sobem e descem desafiando inclusive leis matemáticas como a Lei dos Grandes Números e etc. Eles controlam as manchetes com essas idiotices de números que sobem e descem vertiginosamente.

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Este ambientalismo da miséria vai levar o Brasil à decadência.Enquanto empresas levam o lucro, produtores arcam com os custos e respondem pelos atos frente ao Órgãos Judiciais.Um exemplo são as companhias hidroelétricas que fincam a faca no bolso dos consumidores sem nenhuma responsabilidade ambiental, sem plantar uma única árvore, usufruem da propriedade alheia quando passam com seus postes, levando energia de uma propriedade à outra sem pagar um centavo, ficando isentos de responsabilidades de qualquer ordem.Somente o produtor ou proprietário é responsabilizado, correndo riscos de embargos ou demolições de seus patrimônios. Que país é esse?

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