Maior emissora de esportes do mundo chama Copa 2014 e Rio 2016 de " Jogos Mortais".

Nota da ESPN Internacional, intitulada como 'Jogos Mortais', expõe mentiras e problemas do Rio e diz que estes foram escondidos nas candidaturas nacionais.

Um artigo assinado pelo jornalista Wright Tompson, da rede americana ESPN, publicado no site espn.com, criticou com veemência as candidaturas do Brasil para a Copa de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016.Segundo a reportagem, intitulada "Deadly Games" (Jogos Mortais, na tradução livre do inglês), foi vendida uma imagem do país para o restante do mundo durante os processos de seleção mas, por outro lado, a organização brasileira escondeu problemas, sobretudo no Rio de Janeiro.

O artigo aponta que, diferentemente do que foi passado quando da época da candidatura brasileira, o Rio de Janeiro é uma cidade que convive constantemente com problemas de violência, principalmente por causa das organizações criminosas que comandam a periferia da cidade. Alguns dados também foram trazidos pelo texto, como o número de pessoas que foram assassinadas no Rio de Janeiro. O montante, sozinho, é quatro vezes maior do que a quantidade de pessoas mortas em todo o território americano em 2010. "O Rio de Janeiro tem menos de três anos para corrigir uma crise que já dura um século. O relógio está correndo", alerta a publicação.

Leia aqui a publicação original, em inglês. Se quiser prestar um serviço ao blog, traduza e poste na área de comentários. 

50 comentários

Uma reportagem devastadora, que escancara aos olhos do mundo a miséria cotidiana dos cariocas.

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ACORDA, POVO BESTA!

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Sinceramente Cel, excelente reportagem, só assim eles se movem e fazem algo para a população.
Não é só a violencia, mas a truculencia policial, os transportes públicos ineficientes, vias mal conservadas, preços do serviços públicos caros, muita mentira veiculada na mídia e por ai vai.
Só que mora no Rio de Janeiro sabe o que passamos.
Enfrentamos todos os tipos de violencia.
Pior do que a reportagem para a imagem da cidade, só mesmo o fiasco dos eventos, que é um fato que está se desenhando ante a incompetencia total gerencial de nossos administradores públicos, sem falar na corrupçaõ.

Barao de Itauna

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O primeiro parágrafo do artigo é macabro:

"RIO DE JANEIRO – Uma cruz branca no topo do Morro dos Macacos marca o local onde pessoas são queimadas vivas. Um cavalo faminto, com suas costelas saltadas, está próximo dali, amarrado por uma corda. Um campo de futebol nas proximidades está repleto de restos de borracha queimada. Ninguém joga ali. A facção criminosa Amigos dos Amigos, que comanda a favela, utiliza o local para um ritual: Seus membros empilham pneus ao redor de um inimigo, despejam gasolina e ateiam fogo. Chamam isto de “microondas”. Uma coluna de fumaça preta sobe pelo ar. Em uma escola no sopé do morro, próxima ao famoso estádio de futebol onde as Olimpíadas de 2016 serão abertas, os estudantes ouvem os gritos da vítima e tapam seus ouvidos.

Isto é o Rio na vida real"

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Caro Coronel,

mais tarde, quando tiver terminado meus afazeres profissionais, vou ver o que consigo fazer. O texto é razoavelmente grande, mas não enorme.

Por ora, dá uma conferida nos últimos posts do Reinaldo Azevedo sobre o Código Florestal... ah, como eu gosto de gente que besunta o dedo de sal e o põe na ferida sem dó! rsrsrs

Abraços,

Thiago - RJ

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Coronel,

Quem deve ser intimado a esclarecer porque mentiu e colocou o Brasil nessa saia justa é o ignorante, inépto, incompetente, irresponsável, desonesto,corrupto e bravateiro LIS.. luiz inácio da silva, o asqueroso molusco e meliante lula.

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Pois é, o Rio mostrou só as belezas, as mazelas foram escondidas.


Chris/SP

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Cel.
O primeiro parágrafo, traduzido mais ou menos romanticamente, diz:
"RIO DE JANEIRO - Uma cruz branca que se ergue no Morro dos Macacos marca o local onde as pessoas são queimadas vivas. Um cavalo faminto, com as costelas à vista, está amarradocpor uma fina corda na cercania. Um campo de futebol próximo é pontilhada com pedaços de borracha derretido. Nenhuma partida é jogada aqui. A quadrilha Amigos dos Amigos, que domina essa favela tem um ritual: Seus membros empilham pneus em torno de seus inimigos, deitar na gasolina e incendeiam os pneus. Isso é chamado de microondas. Fumaça preta se eleva no ar. Em uma escola morro abaixo, perto do famoso estádio de futebol onde a cerimônia de abertura das Olimpíadas 2016 serão realizadas, os alunos ouvem os gritos e tapam os ouvidos.
Este é o Rio na vida real."
Imagine o resto...

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Todas as máscaras vao cair.
Esta foi só a primeira.

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Mensageiro do Apocalipse - SC mod

Então caros PTralhas (que vivem bisbilhotando por aqui) vamos começar a colocar "os pingos nos is"...

Vamos começar a apontar E PUNIR EXEMPLARMENTE os responsáveis diretos por esse - no mínimo - vexame internacional.

luis inácio, sergio cabral e eduardo paes...com letras minúsculas.

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o que o mulla escondeu ao mundo não é nada perto do que ele o canalha e o zé mete medo escondeu do povo para ganhar com a tribufu,alguém ja se esqueceu em florianópolis um pai falando para o filho "quem manda no brasil sou eu"
(odeio o pt)3

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Coronel,
este é só o começo. O que vem depois é uma enxurrada de verdades sobre nossas péssimas condições para sediar um evento dessa envergadura. Não adianta nossa imprensa comprada fazer apologia a "eficiência" do governo pois, o que vale para o mundo, é a imprensa internacional. Quero ver a Anta II comprar todos eles.

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O Brasil fazendo escola lá fora !!!
É isso mesmo, o Brasil mostrará ao mundo como é que não se faz uma copa do mundo e uma olimpíada, devaneios de um ex-presidente analfabeto, contador de piadas e palestrante que deixará uma péssima imagem do país, pior do que já tem, pior do que tá FICA !

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Essa reportagem da ESPN é definitiva.Não há o que contestar.O ébrio, o chorão, o mauricinho de recados e a toda poderosa vão ter que vender muitos terrenos na Lua(os que não foram comprados pelo Sarney) para desmentir isso, mas não vão conseguir.Lá fora os caras não acreditam em bravatas e a corrupção é muito, mas muito, menor.

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CARO AMIGO CORONEL,

PÔ! QUANDO ESTA MELECA DA COPA DO MUNDO NO BRASIL SE INICIOU, TÍNHAMOS 80 MESES PARA FAZER TUDO O QUE ERA PRECISO, DOS NOVOS ESTÁDIOS (OU DE SUAS REFORMAS) A INFRA ESTRUTURA GERAL, QUE SE FAZ NECESSÁRIA NÃO SÓ PARA SERVIR AO EVENTO, MAS PRINCIPALMENTE PARA SERVIR AOS CIDADÃOS DE UMA NAÇÃO, QUE DIZEM OS SEUS GOVERNANTES, ESTAR FICANDO RIQUÍSSIMA E CHEIA DE PROGRESSO E BOAS OPORTUNIDADES.
MAS... AGORA, SÓ FALTAM 40 MESES PARA TERMINAR-MOS TUDO E PRATICAMENTE NADA FOI FEITO, E O MAIOR SONHO DESTE GOVERNO BABACAMENTE LOUCO DO PT E CIA LTDA, É FAZER UMA PORRA DE UM TREM BALA!
ENTÃO QUE MANDEM A COPA PRA INGLATERRA OU PRA PQP!

OU O BRASIL ACABA COM O PT, OU O PT ACABARÁ COM O BRASIL!

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Se coisas assim estão acontecendo na área próxima ao centro da cidade do Rio de Janeiro, imagine em outras áreas da cidade/estado e em outros rincões por este Brasil?

Vivemos um arremedo de democracia, onde se fala muito em direitos humanos, mas atos de violência e crueldade acontecem todos os dias e a maioria (inclusive os políticos ) prefere fingir que não está vendo ou ouvindo nada, por medo ou oportunismo.

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só a imorensa de oaíses livres e democráticos verdadeiramente para escancarar o que vemos todo dia, a imprensa molenga daqui só fica no oba-oba (salvo a Veja).

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Parou de escorrer grana, os elogios vão cessando...

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Bem, se a Copa e Olimpíadas acontecerem, um batalhão de jornalistas do mundo todo estarão nos bisbilhotando, o que não é ruim. Isso é só o começo.

Você acha que alguma autoridade vai comentar esse artigo? Vai ficar todo mundo quietinho...

Aliás, por onde anda a nossa ministra Maria do Rosário? Ela está mudinha desde o episódio da Taurus.

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A Globo vai ter um xilique!

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Orgulho de ser brasileiro! Vamos mandar a Copa para Inglaterra!!!!

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Coronel, tudo o que foi dito na reportagem nós ja sabiamos ha tempos. O problema é que o mundo acreditou no Cachaceiro e agora estao vindo a tona as verdades do Brasiiilllll.

Um pais que tem muita gente morrendo de fome, nao temos hospitais e pronto socorros para os doentes, segurança nem pensar, estradas esburacadas, escolas em estado miseravel, e as tais casas prometidas continuam só no papel.

Um pais de faz de conta,. Na TV os petralhas falam maravilhas e prometem mundos e fundos que jamais iremos ver.

Na pratica só muita corrupção e incompetencia.

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Segue-se em parágrafos (traduzido pelo google e ajustado um pouco; sinta-se a vontade para afinar):

Jogos Mortais

RIO DE JANEIRO - Uma cruz branca que se ergue na favela do morro dos Macacos marca o local onde as pessoas são queimadas vivas. Um cavalo faminto, com as costelas à mostra, está atrelado por perto com uma corda fina. Um campo de futebol próximo está pontilhado com pedaços de borracha derretida. Não são realizados jogos aqui. A quadrilha Amigos dos Amigos que controla essa favela tem um ritual: seus membros empilham pneus em torno de seus inimigos, jogam gasolina e incendeiam os pneus. Isso é chamado de cozimento com microondas. Fumaça preta se eleva no ar. Em uma escola ladeira abaixo, perto do famoso estádio de futebol onde a cerimônia de abertura das Olimpíadas 2016 serão realizada, os alunos ouvem os gritos das vítimas e tapam os ouvidos.

Este é o Rio na vida real.

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Coronel
O artigo é excelente.

De uma realidade cruel. Pobre Rio. Pobres carioca, que são enganados dia após dia por estes governantes que só veem o próprio umbigo. E $eu$ intere$$es.

Na verdade o povo do Rio está tão preocupado em sobreviver naquela selva de bandidos, tráfico e corrupção, que não consegue siquer entender o que acontece com os governantes.

Pobres iludidos.

Precisamos ajudar a fazer cair esta máscara.

Ao final da reportagem, o reporter coloca seu e-mail:
wrighttespn@gmail.com
que pode muito bem receber notícias postadas pelos coturneiros.

O e-mail abaixo, acabei de enviar para o reporter, convidando-o a visitar o Coturno.

Alo Wright Thompson

I read your article in ESPN site - Deadly Games. Its wonderful. That´s our reality. Not the beatiful imagethat the last government sold about Rio de Janeiro to win the Coup 14 and Olimpic Games 16.
In this address, its possible to read more notices about the real life in Brasil.

www.coturnonoturno.blogspot.com

They have about 7,6 million people read it in last 3 years.

Go there, and you will see what I´m talking about.

Cogratulation

Maximus Decimus Meridius

Coronel, fique atento, vamos ver se ele nos visita.

Coturneiros, vamos lá, mostrar ao mundo a enganação que é este governo do PT.

General Maximus Decimus Meridius
Curitiba-PR

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Isso é só o começo...

Deixa eles perceberem que ideologia está por trás da "organização" e aí eles vão entenderem...

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Otimismo exagerado (wishful thinking) a cores

Este é o Rio na imaginação dos planejadores dos Jogos Olímpicos de 2016: uma brochura de 19 páginas cheia de fotos coloridas e declarações grandiosas descrevendo a sua proposta. A introdução mostra crianças dançando em uma praia debaixo de uma enorme bandeira do Brasil e, acima de uma foto de surfistas surfando pegando ondas, tendo como pano de fundo o Cristo Redentor. As páginas que se seguem proclamam um novo nascimento. "É [um país] movido a esporte, com atletas e toda a comunidade esportiva em expectativa pelos benefícios duradouros os jogos trarão".

O folheto promete mudar a economia, educar as crianças e até mesmo para proteger a maior "floresta urbana" do mundo. A citação obrigatória sobre Pelé está inclusa. O documento está repleto de mapas e fotos e planos, mas não há nenhuma menção à guerra no morro com vista para Estádio do Maracanã, onde será realizada a cerimônia de abertura.

A palavra "favela" nunca aparece.

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Quando os mundos colidem

Os dois Rios estão em rota de colisão.

Parte da cidade é deslumbrante, um lugar de praias cintilantes e escuras, restaurantes da moda com estrelas na parede. Os homens usam chapéus sem ironia. Modelos desfilam pela Calçadão de Copacabana. Turistas usando roupas claras tomam água de coco. Há sempre música, a partir de um aparelho de som na praia, de alto-falantes no interior de um bar ao ar livre. Este é o Brasil de folhetos vistosos. Este é o lugar onde coisas como essas duas manifestações desportivas - a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 - nascem, coisas sobre as quais os pobres nas favelas não têm controle, mas que terão um poder imenso de mudar suas vidas. Os cidadãos do morro dos Macacos não sabem se as mudanças serão boas, ou se as mudanças em última análise, irão destruí-los, ou quando ou como seu destino se realizará. Um evento esportivo é como o vulcão no horizonte do morro dos Macacos: É misterioso e, apesar de seus cidadãos de Macacos, tomar muito cuidado para não enraivece-lo, a erupção é inevitável. Quando a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos foram anunciados, o vulcão começou expelir fumaça.

As favelas, a consciência culpada do Rio de Janeiro, quase um milhar delas, contemplam o paraíso, mas nunca, nunca fazem parte dele. Densas, áreas urbanas ​​com oportunidades miseráveis de educação, sem serviços sociais, sem proteção policial, elas existem fora da sociedade civilizada. Moradores que vivem na cidade não sobem o morro. É possível levar uma vida de classe média, sem que a violência das favelas que afetam o cotidiano da existência. Mas a violência está sempre lá. Em 2010, houveram 4.798 assassinatos no Rio de Janeiro. Isso é cerca de um quarto do número de asssassinatos anualmente em todo o Estados Unidos. (A população dos EUA é de cerca de 300 milhões de pessoas. O Rio tem 6 milhões). Favelas são lugares desesperados, e tem sido ignoradas, já desde quando a primeira apareceu em 1897. Só que agora, algumas delas estão perto de locais da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.

O Rio tem menos de três anos para corrigir uma crise de um século em formação.

O relógio está correndo.

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Uma candidatura aos Jogos Olímpicos bem sucedida seguida de uma guerra de gangues

A colina com vista para Estádio do Maracanã deu ao antigo problema da cidade um novo rosto. Duas semanas depois de o COI agraciar o Rio com os jogos, em outubro de 2009, uma guerra de gangues estourou. A extrema violência tão próxima do anúncio dos Jogos Olímpicos colocou em foco os dois Rios.

Cinco meses após o tiroteio, um helicóptero voou a boa altitude sobre o campo de batalha. A colina, com comprimento de uma milha e cinco milhas ao de arco redor, se enrosca como uma carranca. As ladeiras se inclinam íngremes para as ruas. Uma exuberante grama verde e árvores espessas cobrem a maior parte do morro. Aqui e ali, grupos de rochas nuas sobressaem. Você pode ver tudo daqui de cima: o bairro de classe média, controlada pela polícia, as favelas em guerra controlados pelas gangues, e o estádio, com a polícia e as gangues de tráfico de drogas em confrontação. O piloto voa em torno de três favelas enfiadas nas encostas e fendas do morro , voando sobre o ziguezague de vielas que conduz ao topo, por cima das casas improvisadas com tijolos vermelhos e telhados de metal enferrujados, empilhados uns em cima dos outros, toda terra ocupada em cada centímetro. Além do campo de futebol onde os jogos estão proibidos, há uma piscina vazia, os traficantes de drogas proíbem que seja preenchida com água.

Os dois bairros que ladeiam o morro dos Macacos - São João e Mangueira - são controlados pelo gangue do Comando Vermelho, os traficantes de drogas mais poderosos do Rio de Janeiro. Macacos é administrado pela Amigos dos Amigos, ou ADA. Inimigos rodeiam os Macacos, de traficantes concorrentes ultraviolentos a policiais corruptos.

O estádio do Maracanã sediará jogos da Copa e a cerimônia de abertura de 2016. Fãs chegando ao estádio poderão ver o morro a uma milha de distância, para não falar de câmaras de televisão, transmitindo as imagens para milhões ao redor do mundo. "A mensagem que eles enviam para o mundo: o Rio está em guerra", diz Ignacio Cano, policial pesquisador sobre violência, temido pelos agentes da lei, porque ele expõe tanta corrupção. "Não podemos vender este modelo para pessoas de todo o mundo." Venha para a nossa guerra, e no meio da guerra, nós vamos mostrar-lhe uma competição desportiva? "

As pás do helicóptero fazem barulho como as andanças do piloto em torno das favelas. Ele não vai voar mais perto, e ele não vai voar mais baixo. Naquela batalha de outubro de 2009, membros do CV começaram a disparar contra um helicóptero da polícia com canhões antiaéreos. Os projéteis atingiram os rotores, colocando o piloto em luta pelo controle da aeronave, procurando no bairro urbano denso abaixo um lugar seguro para pousar de emergência.

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Invasão!

A batalha começou com um telefonema de uma prisão de segurança máxima.

Chefes do CV enviaram a ordem: Invadam Macacos.

Membros da gangue e outros pistoleiros vieram da Mangueira. Vieram de Alemão. Vieram de sete favelas diferentes, reunindo-se em São João. Um comboio de pistoleiros em caminhões cobertos, seguido de pelo menos nove carros e dezenas de motocicletas, formaram uma frota de invasão, sem impedimento da lei, atravessando as ruas vazias de uma das maiores cidades do mundo. Outros soldados, disseram fontes policiais, seguido pelas trilhas finas ao longo das costas do morro em direção à pedra branca encimada com a cruz branca. Os invasores podiam ver o brilho da umas duas dúzias de lâmpadas amarradas em torno da cruz - um farol.

Eles chegaram atirando.

A medida que os tiros diminuíram, os moradores ouviram gritar: "Macacos é vermelho!" Eles se amontoavam no chão de suas casas. Mario Lima, o presidente da associação do bairro dos Macacos, escondeu-se no banheiro de sua casa com sua família. Seu filho ainda teria pesadelos mais do que um ano depois. Todos se mantinham juntos; eles podiam ouvir os bandidos do outro lado do muro. Com janelas quebradas para dentro de casa, os Limas podiam ouvir o vidro caindo no chão e as ameaças que se seguiam. Finalmente, o CV avançou para outra casa. Lima chamou a polícia. Ele chamou 10 vezes, implorando por ajuda. Ninguém veio.

Durante a longa noite, o CV manteve a favela sob coerção. Famílias inteiras fugiram, abandonando suas casas. Levaram só o que podiam carregar. Mães empurraram carrinhos de bebê morro abaixo. Outras carregavam os bebês embrulhados em cobertores em seus braços. Cidadãos se reuniram em uma prisão na base do morro, incensando-se para a revolta, enraivecidos ante a falta de ação da polícia. Colocaram pneus em chamas nas ruas. Atiraram pedras na cadeia.

Um homem escondido em sua casa, escreveu no website do jornal local: "Onde está a polícia?"

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Você é o que você atira

As forças policiais brasileiras sempre trataram as favelas como nações inimigas. Eles usam o vocabulário de guerra: invasões, tropas e batalhas. Regularmente, os policiais do esqudrão de elite Bope - imagine os SEALS da Marinha do Brasil - prontos para ação, invadem uma favela, matando tantos traficantes de drogas quanto possível antes de se retirar. A cultura popular celebra essas incursões em livros best-seller e filmes sucesso de bilheteria.

Para os moradores, o primeiro aviso é quase sempre os tiros. A polícia vem atrás de uma cortina de proteção de balas. As pessoas correm em direção a suas casas. Se eles não conseguem chegar lá, eles mergulham através da primeira porta aberta. As escolas fecham. As lojas fecham. Todo mundo se esconde. Balas ricocheteiam nas paredes de concreto e atravessam outras mais baratas. Quebram janelas. Algumas pessoas são executadas. Outros levam um tiro ao acaso. Lugar errado, hora errada. Má sorte.

Para ser justo, esses ataques são aterradoress também para a polícia. Os cães fogem das portas, latindo loucamente. As crianças gritam. Portas batem. O cheiro do lixo e do esgoto a céu aberto avassala os sentidos. Os peitos arfam e coração acelera de medo e da ladeira íngreme. SUVs retiram rapidamente os feridos. Atiradores gangsters apontam armas de alto calibre das torres cubistas de janelas abertas. O mundo se reduz ao metal em suas mãos. Disparar um rifle lhe põe de volta em contato com você mesmo: Você ssente o chute da coronha, ouve a batida do martelo, o cheiro e o sabor da pólvora,, vê a fumaça densa, branca e o reflexo do sol no cartucho ejetado. Policiais corajosos atiram mostrando suas armas. A maioria atira sem se expor, cápsulas de balas quentes tilintando no pavimento.

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Invasão II!

Na manhã seguinte o sol nasceu, afastando as sombras.

Policiais marcharam morro acima. Mesmo quando os bandidos recuaram, metralhadoras rateavam e fuzis atiravam. Moradores amontoavam-se em um parque próximo, perguntando se teriam como voltar para casa. Mas, inesperadamente, o CV desapareceu rapidamente. Cedeu uma posição após outra. Perdeu tudo, até a cruz. Ele Fugiu pela parte de traz do morro. Acima, um helicóptero da polícia chamado Phoenix 3 circulava, fornecendo apoio aéreo. O centro do Rio parecia e soava como um filme de guerra.

Um traficante de drogas fugitivo olhou para cima e viu Phoenix 3, voando baixo. Ele direcionou seu calibre .30. Um saraivada de balas voou em direção ao helicóptero. Uma perfurou o chão e feriu o co-piloto no pé. Outras atingiram os rotores.

O piloto Marcelo Vaz sentiu o tremor e cheirou a fumaça. Os outros policiais gritaram. Vaz podia ouvi-los gritando feridos. Queimaduras. Tiros. Ele se concentrou, olhando através da fumaça. Ao redor, nada além de um denso gueto urbano. Se ele pousasse de emergência na favela, as pessoas morreriam queimadas. Ele precisava de uma área desimpedida. Finalmente, ele viu: um campo de futebol, um pedaço de terra marrom rico cercado por ervas daninhas. Seus sistemas falhando, Phoenix 3 era mais uma pedra do que uma aeronave. Apenas 90 segundos se passaram. Vaz e os passageiros preparados para o impacto.

Segundos depois, todos na vizinhança escutaram o maior estrondo da manhã, uma explosão rugindo. Eles viram a fumaça densa e preta. Lima, o presidente da associação do bairro, ficou horrorizado. Ele pensou que a cidade estava em colapso. Este era o ato final de um longo drama. O fim do fim. Se bandidos pode derrubar helicópteros, pensou ele, tudo está perdido.

No campo de futebol, as pontas azuis dos rotores apontavam em ângulos estranhos dos destroços. Não se parecia com um helicóptero. Parecia que alguém tinha esvaziado um caminhão de lixo de papel queimado, amassado. Dois policiais morreram no impacto. Os dois pilotos sofreram ferimentos leves. Os dois policiais que sobreviveram ao pouso sofreram queimaduras graves e foram levados às pressas para um hospital.

O povo de Macacos sabia o que viria agora. Todos. Não importa quem tinha puxado o gatilho.

Todos na favela eram culpados.

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Fome de vingança

Cidade abaixo, o CV se enfureceu. Ele tinha tomado Macacos e depois o perdeu. Um motorista de ônibus da cidade na rota 284 viu homens armados saindo de uma favela. Eles carregavam gasolina, um fuzil e uma pistola. Eles ordenaram que todos saíssem. "Para fora, para fora," gritaram. "Vamos pôr fogo". A cena repetiu-se pelo resto do Rio: carros e ônibus queimados, chamas vermelhas e fumaça negro, até que só chassis fumegantes restassem.

"A polícia invadiu a favela e deu de volta par a ADA", explica o renomado autor sobre guerras de gangues Julio Ludemir. "A CV disse: 'Merda Eu fiz tudo perfeito. Foi um crime perfeito. Peguei este símbolo." ... Não fazemos guerras por pontos de drogas Nós fazemos guerras para tomar símbolos. Aquela guerra foi muito bem planejada, e eles ganharam a guerra Eles enviaram um sinal para a cidade: '. Merda, a polícia' "

Naquela noite, bandidos do CV comemoraram a vitória temporária sobre a ADA e a derrubada do Fênix 3, com um concerto, uma rave com rappers underground. Um jornal local informou incessantemente que festejaram com uísque e cocaína. Na Internet cantarolaram-se canções elogiando ambos os lados. Um dia passou. Lima orou para que a polícia ficasse, que ocupasse o bairro e os livrasse de gangues para sempre. Um segundo dia passou. Eram tempos de horror. Essa é a palavra que ele iria usar mais tarde. Horror.

No terceiro dia, a Amigos dos Amigos retornou. Eles prometeram vingança.

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Em breve: mais violência irracional

A polícia jurou vingança, também.

Um ciclo começa novamente. Violência gera violência. Policiais encontraram um corpo, azul de pancadas e perfurado com buracos de bala, em um carrinho de compras na parte inferior do Macacos. Isso trouxe o número de mortos para pelo menos 25, incluindo uma secretária, um mecânico e dois pedreiros. Causa da morte: má sorte. A polícia encontrou um esconderijo de armas enterradas no mato de uma favela nas proximidades: duas espingardas, um fuzil AK-47, uma metralhadora 9 milímetros, uma espada, uma granada, 3.000 cartuchos de munição, oito fuzis, uma pistola calibre .30, três coletes à prova de balas, oito fardas do Bope e, o maior prêmio de todos, a arma utilizada para abater o helicóptero.

Funerais da policias foram realizados. Brasil de luto. Um dos homens morto na queda do helicóptero era filho único e havia se casado há apenas cinco meses. Outro tinha uma filha de 3 anos de idade. Sua esposa adoeceu várias vezes durante o funeral. Um terceiro policial, que sofreu queimaduras graves no acidente do Fênix 3, morreu poucos dias depois. Durante seu enterro, um helicóptero jogou pétalas de rosas sobre o caixão.

Policiais levantaram viúvas e abraçaram crianças, confortaram mães e levaram caixões. Em seguida, eles saíram à caça. Eles dispararam contra os traficantes. Eles atiraram uma dona de casa nas costas. Ela morreu segurando sua filha de 11 meses de idade. A menina foi atingida no braço. Eles atiraram contra tudo o que se movia. Em uma favela para o leste de Macacos, uma semana depois, os moradores disseram a repórteres locais que a polícia invadiu a casa de um estudante de 18 anos de idade. Eles o espancaram, torturaram e o sufocaram com um saco plástico.

Macacos aguardava sua vez.

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Respostas, mas não para Macacos

No rescaldo do desastre dos Macacos, mudança estava no horizonte. A velha regra foi quebrada. Todo mundo sabia disso. O governo viu a colisão dos dois Rios e, com o tempo passando, decidiu fazer algo diferente.

BOPE continuou invadindo favelas, os só que desta vez mais policiais se seguiram, colocando postos policiais permanentes, andando pelas ruas. As forças de ocupação são chamadas de UPP. Este é o Rio para aqueles que acreditam eventos esportivos podem mudar vidas. Policiais patrulham favelas ocupadas agora encontram crianças sorrindo para eles.

"Eu posso ver que as crianças estão felizes", disse a capitã Rosana Alves enquanto ela caminhava por uma favela no início de 2010. "Eles têm um futuro melhor. O futuro será melhor do que seu passado. Isso não tem preço. As crianças me pedem para jogar PlayStation com eles. Quando eles voltam da escola, eles me dão um beijo. Eles me chamam de tia Rosana."

Adivinhar que bairros seriam retomados em seguida consumia o Rio de Janeiro. A polícia não podia ser informada até o último minuto por causa da corrupção que grassa em todos os níveis de governo; portanto fofocas abundavam nas delegacias policiais da cidade. Em Macacos, os cidadãos esperavam a sua vez. Alguns ansiavam por proteção. Outros temiam o que aconteceria se a polícia chegasse. Lima e alguns outros silenciosamente procuraram ajuda e imploraram por uma UPP em Macacos. Eles fizeram isso com cuidado; se os bandidos descobrissem, eles seriam mortos. Para Lima, era um risco que valia a pena correr. Lima acredita nas brochuras brilhantes.

Em Macacos, alguns dos soldados remanescentes ADA começaram a fugir, a se mudar. Vigilantes da Polícia observaram uma tendência. A medida que as forças do governo invadiram as favelas da Zona Sul, onde as instalações olímpicas estarão localizadas, a Zona Norte mais pobre - o porto seguro para os traficantes em fuga - cresceu em violência, mas isso é um problema para mais tarde. Guerra aberta nas proximidades das câmeras de televisão é inimigo público número 1.

Tension permeava Macacos. O que o futuro reservaria para eles?

Será que os policiais invadiriam o morro?

Será que eles ficariam, e por quanto tempo?

O que seria ganho com a batalha?

O que seria perdido?

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Angústia e pessimismo

Uma paz inquieta paira sobre a favela durante o verão.

Cinco meses se passaram desde que o helicóptero foi abatido. Na parte inferior do morro, bancas de frutas acotovelam-se na calçada do lado esquerdo. Do outro lado da rua há uma escola que pegou fogo durante a batalha. A estrada se curva à frente, subindo em direção à cruz no alto do morro. O ar parece espesso. A umidade pesa. A tensão é tão palpável como redutores de velocidade e os drenos de esgoto que pontuam da estrada em direção à cruz.

Um graffiti de tinta spray rabisca as boas-vindas: "Irak". Os edifícios tem dois ou três andares de altura na via principal. Cabos formam um dossel sobre a rua estreita. Os cabos de alimentação. As linhas telefônicas. Cabos ethernet vermelho e azul. Multidões se reúnem nas intersecções. Mais à frente há uma loja, e através de um portão vive uma mulher que passou sua vida adulta tentando ajudar as pessoas desta favela.

Ela trabalha em uma escola em Macacos. Vários meses depois deste encontro, ela vai entrar em pânico e pedir que seu nome não seja utilizado. Ela diz que não tem medo de morrer, mas de colocar em risco a escola onde ela trabalha.

Ela é A Professora.

Desde que o helicóptero caiu, ela vem fazendo a mesma coisa que todos os residentes de Macacos: esperando nervosamente. Lima é um otimista sobre as UPPs e o futuro delas, ela é o oposto - uma pároca devota da Igreja da vida real. Ela viu demais para acreditar em esperança. Há uma Bíblia aberta na frente dela, no Eclesiastes. O primeiro verso cita Salomão: "! Sem sentido! Sem Sentido! Completamente sem sentido! Tudo é sem sentido."

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Bem Coronel, é mais ou menos a mesma xaropada. Faltam os 3 últimos parágrafos mas já é tarde e não creio que seja material muito desconhecido

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Jogos Mortais
No Rio, onde as próximas Olimpíadas e Copa do Mundo serão sediadas, bairros vizinhos transformaram-se em zonas de guerra

RIO DE JANEIRO – Uma cruz branca erguendo-se sobre a favela dos Macacos marca o ponto onde pessoas são queimadas vivas. Um cavalo faminto, suas costelas aparecendo, está amarrado por uma corda fina. Um campo de futebol próximo com pedaços de borracha derretida. Não há jogos jogados ali. A gangue Amigo dos Amigos que domina esta favela tem um ritual: membros da gangue colocam seus inimigos dentro de pneus, derramam gasolina e tocam fogo nos pneus. Isto é chamado de microondas. A fumaça preta sobe aos céus. Na escola, morro abaixo, próximo do famoso estádio que sediará a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, os estudantes ouvem os berros e cobrem os ouvidos.

Este é o verdadeiro Rio

Ilusão em Cores Vivas

Este é o Rio na imaginação dos organizadores dos Jogos Olímpicos de 2016: um panfleto de 19 páginas cheio de fotografias coloridas e ótimos depoimentos delineando a proposta. A introdução do panfleto mostra crianças dançando numa praia sob uma enorme bandeira brasileira e uma fotografia de wind-surfers surfando com o Cristo Redentor ao fundo. As páginas proclamam um renascimento. “É movido pelo esporte, com atletas e toda a comunidade esportiva ansiosas pelos benefícios duradouros que os Jogos irão trazer”.

O panfleto promete mudar a economia, educar crianças e até mesmo proteger a maior “floresta urbana” do mundo. A citação obrigatória de Pelé está incluída. O documento é cheio de mapas e fotos e planos, mas não há menção a guerra no morro perto do Estádio do Maracanã, onde a cerimônia de abertura será sediada.

A palavra “favela” não aparece

Quando os Mundos se Chocam

Os dois Rios estão em rota de colisão.

Parte da cidade é de tirar o fôlego, um lugar de praias maravilhosas e restaurantes noturnos modernos com estrelas (deve-se referir a estrelas do guia Michelin) nas paredes. Homens usam Fedoras sem ironia. Modelos desfilam pelo calçadão de Copacabana. Turistas brancos (provavelmente refere-se a turistas dos países desenvolvidos) bebem água de côco. Sempre há música, provinda de caixas de som da praia ou de alto falantes de bares ao ar-livre. Este é o Brasil dos panfletos enfeitados. Este é o lugar onde coisas como estes dois eventos esportivos – a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 – nascem, lugares onde os pobres das favelas não têm controle, mas têm um imenso poder para alterar aquelas vidas. Os cidadãos da favela dos Macacos não sabem se as mudanças serão boas, ou se irão destruí-los, ou quando e como seus destinos chegarão. Um evento esportivo é como um vulcão no horizonte da favela dos Macacos: É misterioso e, embora os cidadãos do Macaco estejam fazendo um tremendo esforço para não incomodá-lo, a erupção é inevitável. Quando os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo foram anunciados, o vulcão começou a fumegar.

As favelas, o peso na consciência do Rio, quase mil delas, observam o paraíso, mas nunca participam. Densas, as favelas urbanas com patéticas oportunidades educacionais, nenhum serviço público, nenhuma proteção policial, existem fora da sociedade civilizada. Moradores da cidade não sobem os morros. É possível viver uma vida de classe-média sem que a violência afete no dia-a-dia. Mas a violência sempre está presente. Em 2010, houve 4789 assassinatos no Rio. Isto é aproximadamente um quarto do número de assassinatos anuais nos EUA. (A população dos EUA é de 300 milhões. O Rio tem 6 milhões). Favelas são lugar desesperadores, e foram ignoradas desde que surgiu a primeira em 1897. Somente agora, algumas delas estão próximas de locais utilizados na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016.

O Rio tem menos de 3 anos para consertar uma crise que já dura 100 anos.

O tempo está correndo.

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Uma proposta sucedida para as Olimpíadas seguida por uma guerra de gangues

O morro próximo ao Estádio do Maracanã deu ao velho problema da cidade uma nova cara. Duas semanas depois de o Comitê Internacional Olímpico declarar vencedor o Rio, em outubro de 2009, uma guerra de gangues começou. A extrema violência tão próxima do anúncio da cidade sede colocou os dois Rios em evidência.

Cinco meses após o tiroteio cessar, um helicóptero voou sobre a zona de guerra. O morro, com uma milha (aprox. 1,6km) de comprimento e 5 milhas ( aprox. 8km) de circunferência,encrespa como o franzir de testa (?). O cume inclina-se com força em direção as ruas (?). Uma exuberante grama verde e árvores cobrem a maior parte do morro. Aqui e ali, rochas sobressaem. Pode-se ver tudo daqui de cima: os bairros de classe-média controlados pela polícia, as favelas em guerra controladas pelas gangues, e o estádio que tem policiais e traficantes em confronto. O piloto voa sobre as três favelas coberto pelos declives e fendas, voando em direção ao topo do morro, por cima de barracões de tijolos vermelhos e de latas enferrujadas uma em cima da outra, calçadas centímetro por centímetro. Além do campo de futebol onde os jogos foram banidos, há uma piscina vazia; os traficantes proibiram de enchê-la d’água.

Os dois bairros ao lado do Morro dos Macacos – São João e Mangueira – são controlados pelo Comando Vermelho, a mais poderosa organização do tráfico no Rio. O Morro dos Macacos é controlado pelos Amigos dos Amigos, ou ADA. Inimigos cercam o Macacos, de ultra-violentos concorrentes a policiais corruptos.

O Estádio do Maracanã irá sediar os jogo da Copa do Mundo de 2016 e sua abertura. Fãs indo para o estádio poderão ver o morro com 1 milha (aprox. 1.6km) de antecedência, sem mencionar as câmeras de televisão transmitindo as imagens para bilhões de pessoas pelo mundo. “A mensagem que irão mandar para o mundo é: O Rio está em guerra”, diz Ignacio Cano, um pesquisador de violência policial temido por agentes da lei por expor demais a corrupção. “Não podemos vender esse modelo para as pessoas do mundo. Venha para nossa guerra, e no meio dela, nós iremos mostrá-los um evento esportivo”

As hélices trabalham enquanto o piloto voa sobre a favela. Ele não voará perto, e ele não voará baixo. Na batalha de outubro de 2009, o Comando Vermelho atirou contra o helicóptero da polícia usando armas antiaéreas. Os grandes projéteis atravessaram o rotor, fazendo o piloto lutar pelo controle, procurando abaixo, no denso bairro abaixo, um lugar seguro para cair.

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No final das contas, o ator Robin Willians não estava tão errado quando afirmou que a nossa vitória para sediar os jogos havia sido comprada ...

... com mulher pelada e cocaína.

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Invasão!

A batalha começou com um telefonema de uma prisão de segurança máxima.

Os chefes do Comando Vermelho ordenaram: Invadir o Morro dos Macacos.

Traficantes do Comando Vermelho e outros atiradores contratados vieram da Mangueira. Vieram do Alemão. Vieram de 7 diferente favelas, reunindo-se na São João. Um comboio de homens armados em caminhões disfarçados, seguido por pelo menos 9 carros e 12 motos, formaram a frente de invasão, intocados pela lei, seguindo por ruas vazias em uma das maiores cidades do mundo. Outros soldados, segundo fontes policiais, seguiram por trilhas atrás do morro em direção ao topo, onde a cruz branca de localiza.

Você é o que atira

As forças policiais brasileiras sempre trataram as favelas como nações inimigas. Usam vocabulários de guerra: invasão, tropa, batalhas. De mês em mês, policias do Esquadrão de Elite BOPE – pense como Navy SEALS do Brasil – armados até os dentes, invadem uma favela, matando o maior número de traficantes possíveis. A cultura popular celebra essas invasões com livros best-sellers e recordes de público nos cinemas.

Para os moradores, o primeiro aviso é quase sempre os tiros. A polícia chega atrás de uma cortina de balas. Pessoas correm em direção a suas casas. Se não conseguem chegar, entram na primeira porta aberta. Escolas fecham. O comércio fecha. Todos se escondem. Balas ricocheteiam nas paredes de concreto e atravessam paredes mais fracas. Destroem janelas. Algumas pessoas são executadas. Outras levam uma bala perdida. Lugar errado, na hora errada. Má sorte.

Para ser justo, essas invasões são aterradoras para os policiais também. Cachorros pulam das portas latindo freneticamente. Crianças berrando. Portas batendo. O cheiro de lixo e esgoto ao céu aberto sobrecarrega os sentidos. Peitos inflam e corações disparam do medo e do íngreme morro. SUVs levam os feridos com pressa. Gangsteres com snipers miram armas de alto calibre de cubículos com a janela aberta. O mundo se reduz ao metal em suas mãos. Disparar um rifle te traz de volta: Você sente o recuo, ouve o barulho do tiro, sente o cheiro da pólvora, vê a fumaça densa e branca e o reflexo do Sol no cartucho ejetado. Policiais corajosos procurando pelo brilho do bocal de outras armas. A maioria atira sem mirar, cartuchos quentes rolam no chão.

Falta a outra metade do texto para traduzir ainda...

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como assim foi vendida uma imagem?

os delegados da FIFA, do COI, sei la eu, foram ludibriados por aquele filminho do Sales?

kkkkkkkkkk....

eh tão fácil assim enganar os "vovos"?

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Coronel,

que essa seja a primeira de muitas!

Passaremos vergonha, porém, o mundo saberá a verdade!

Este é um grande aliado para mandar a copa para a Inglaterra!!

Flor Lilás/PR

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Nossa Coronel, é que tenho aula agora as 10h, senão tentava traduzir.

Mas li o primeiro parágrafo e é de arrepiar, queria ver algo assim publicado na imprensa nacional, seria considerado um artigo vira lata.

PS: Já traduziram nos comentários e nem tinha visto.

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Coronel,

gosto muito do "liberdade de expressão" da CBN.

Porém, agora pela manhã Coni, Checheu e Vivi falaram que este repórter está errado em dizer o que disse.

Afirmaram que o Rio melhorou muito depois das UPs...

Aguente essa.

Os 3 cairam muito no meu conceito!

Flor Lileas/PR

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O que há de errado na matéria?
falaram a Verdade sobre o RJ,
e a Verdade Doe,
é só isso,
caramba manda essa copa pra Inglaterra,
aqui realmente não tem a Mínima condição de sediar Copa ou qq evento desse porte,
o Braisl quer gastar o que podria investir em outras prioridades,
Os brasileiros estão na merda e querem mostar que estão por cima,
O povo brasileiro é enganado todos os dias pelo governo,
pela imprensa maldita,
trabalha em subempregos,
com subsalários e se ilude com essa P.... de copa do mundo,
basta ver que é raro quem não tem dois empregos ou aposentados voltando ao trabalho,
isso é mais uma armação do molusco para em 2014 eleger mais um PicareTa.

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Jogos Mortais - título perfeito.

Ainda dá tempo de mandarmos esses jogos para a terra da rainha, a vergonha será grande, mas suportável, porque, se continuarem a insistir nesse desvario, a vergonha será universal!!!

Maria, SP

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Até que enfim um jornalismo internacional de bom senso, resolve falar um pouco da VERDADE,sobre o Brasil atual, sob o governo e a influência do PT e associados!.

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Além da batatada que pode se transformar esses dois eventos, tem ainda um assunto devéras milindroso para o pt: uma Lei anti-terror. Sai ou não sai!?!?!?

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Ah tá... agora os gringos vão finalmente ver aquilo que nós neste blog falávamos desde sempre... O Brazil vendido mundo afora nada tem a ver com o Brasil do Zé da Padaria!

Quero ver só até quando uns e outros vão continuar "ganhando dinheiro" para dar palestra sobre o nada e traficar influência... quando as verdades começarem a aparecer.

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Que bom ! Pena que a PTralhada escrota não sabe ler em português, quanto mais em inglês...

Qualquer artigo que humilhe o Rio de Janeiro e o Brasil tem o meu incondicional apoio.

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