Da Folha de São Paulo:
Dados divulgados pelo governo federal indicam um aumento de ao menos 27% no desmatamento acumulado na Amazônia entre agosto do ano passado e abril, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O sistema de monitoramento por satélite Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), conseguiu detectar também um crescimento anormal da derrubada da floresta nos últimos dois meses, quando a discussão sobre reformas no Código Florestal esquentou. Mesmo sendo o período de chuvas na região, momento em que o desmate é mais trabalhoso e costuma cair, a destruição cresceu 473% em março e abril deste ano em relação a esses meses de 2010.
O sistema de monitoramento por satélite Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), conseguiu detectar também um crescimento anormal da derrubada da floresta nos últimos dois meses, quando a discussão sobre reformas no Código Florestal esquentou. Mesmo sendo o período de chuvas na região, momento em que o desmate é mais trabalhoso e costuma cair, a destruição cresceu 473% em março e abril deste ano em relação a esses meses de 2010.
O conjunto das informações é muito preocupante, diz o Ministério do Meio Ambiente, que criou até um gabinete de crise e colocou mais de 500 homens em ações fiscalizadoras na região para tentar conter a tendência. O problema parece estar concentrado em Mato Grosso. O Estado teve no mínimo 480 km2 de área derrubada, boa parte disso em cidades que não costumam liderar o ranking do desmate, como Cláudia e Santa Carmem. Os números podem ser ainda maiores. Primeiro porque o Deter é ágil, mas incapaz de registrar todo o desmate. Segundo porque o Pará, líder histórico da derrubada, tinha mais de 80% de seu território coberto por nuvens, o que impediu o satélite de observar o que ocorreu ali no período.
O tamanho mais exato das áreas desmatadas sairá no relatório do sistema Prodes, também do Inpe, considerado muito mais preciso.
Ontem, ao anunciar os resultados do Deter e enumerar o que o governo tem feito para tentar conter a "explosão" da derrubada em Mato Grosso, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) disse não ter elementos para ligar o aumento com a tentativa de reformar o Código Florestal. Para pesquisadores e funcionários do próprio Ibama, órgão que tenta coibir e punir o desmate, a principal hipótese para o crescimento é a expectativa de que, mesmo desmatando ilegalmente, os produtores acabarão sendo anistiados pelo texto do relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
(Aqui a comprovação da denúncia feita ontem por este Blog, em post abaixo, do "plantio" de notícias contra o Brasil na mídia internacional)
Para Márcio Astrini, do Greenpeace, o aumento nos números "joga a discussão sobre o código da Câmara para o Itamaraty", pois coloca em risco os compromissos assumidos pelo Brasil perante a comunidade internacional em relação à Amazônia.
(Abaixo a Folha mostra outra Kátia Abreu, não aquela do Jornal Nacional, que nunca relacionou desmatamento com anistia, até porque o Código Florestal determina anistia até 2008, quando não havia lei e em determinados casos, jamais para este tipo de devastação. Bem , é a velha Folha... )
Mesmo a senadora Kátia Abreu, presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), admitiu à Folha que "meia dúzia" de produtores pode ter desmatado esperando serem anistiados pelo futuro novo Código Florestal. "Mas isso é isolado. O Brasil desmata cada vez menos. Não vamos permitir que isso atrase ainda mais a votação", afirmou. Para ela, é possível que ONGs tenham pressionado o adiamento da votação do código para que os dados do Deter fossem divulgados.
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Não é de duvidar que funcionários corruptos do Ministério das ONGS tenham dado algum tipo de autorização para algum fazendeiro desonesto. Depois eles pegam o mogno, entregam para uma ONG amiga e a gente já conhece a história.
4 comentários
desde ontem esta pipocando de manchetes sobre desmatamento...
Replyo desespero da turma esta tao evidente que eles nem se preocupam mais em disfarçar as canalhices que praticam...
de repente, todo mundo resolveu desmatar na semana passada para virar noticia a favor dos verdes na semana seguinte...
curioso, ne?
Vc tem toda razão
ReplyEste lobby ONGueiro ja repercute na imprensa internacional
http://www.spiegel.de/wissenschaft/natur/0,1518,763527,00.html
Abraço
Campineiro
Sendo esses dados verídicos fica mais uma vez comprovado o desserviço que as ONGs estão causando. Alarmando aos quatro ventos que o novo Código torna as áreas a serem preservadas menores ou que dá anistia às áreas já desmatadas incentiva o aumento de desmatamento antes da aprovação da lei. É de dar raiva a cobertura internacional incluindo New york Times, BBC News e Spiegel. O que está sendo dito lá fora coloca o Brasil como desmatador irresponsável e não há meios de se combater a mentira.
ReplyO desmatamento ocorre porque o desgoverno petralha é incomPTente e corruPTo. O que falta é fiscalização.
ReplyIsso vai continuar sem aprovar o código florestal e com ele aprovado, mesmo que sejam atendidos todos os caprichos das ONGs.
São tão incomPTentes que vão ter que montar o tal "gabinete de crise" pra lidar com um assunto do dia a dia, já que o desmatamento acontece todo dia e não no dia da divulgação dos relatórios.
Alias já estamos no nono ano de "gabinete de crise", pois o PT no poder é crise permanente.
Quanto aos estrangeiros metendo o bico aqui.... que tal eles abrirem mão de algumas áreas de cultivo e começarem a reflorestar pra ter alguma moral de exigir isso de nós?
Gino/SP