Na Folha de São Paulo, Marco Antônio Villa analisa as eleições de 2010, em artigo intitulado "Vale tudo":
ESTAMOS ASSISTINDO à eleição mais disputada desde 1989. E, como era esperado -até em razão da indefinição de parcela do eleitorado-, a mais violenta. Nada indica que a virulência dos discursos e as ameaças diminuirão. O governo está usando todas as armas. As entidades e movimentos sociais pelegos estão a pleno vapor apoiando a candidata oficialista. Afinal, foram sustentados durante oito anos e agora é a hora de pagar pelos serviços recebidos antecipadamente.
É o momento do vale tudo. Com um coquetel ideológico infernal, o governo conseguiu reunir apoio que vai de José Sarney, passa por Renan Calheiros, chega a Fernando Collor e termina em Oscar Niemeyer. Sem esquecer Jader Barbalho, Paulo Maluf e Newton Cardoso. Dos políticos nacionais é a escória, o que existe de mais nefasto. Da antiga esquerda, são os velhos stalinistas, que nunca viram nada de errado nas ditaduras socialistas, nos campos de concentração, na morte de milhões de cidadãos, na supressão das liberdades.
É uma perversa aliança que tem muitos pontos em comum, como o ódio à liberdade de imprensa, de manifestação e de organização. Além da política da boquinha, do saque organizado do erário público, que vai do ranário ao edifício público monumental, mas inabitável.
Lula já pensa no futuro. Está no estágio de que não mais dissocia sua ação daquela vinculada aos destinos do país. Vestiu o figurino de salvador da pátria. E gostou. A cada dia fica mais irritado com a oposição. Não aceita qualquer questionamento. Sua ação está paulatinamente saindo do campo da política. Ficou furioso com a realização do segundo turno e as derrotas nos estados de São Paulo e Minas. Achou uma ingratidão.
O segundo turno contrariou seus projetos para o futuro. Queria vender para o mundo uma unanimidade que nunca teve. A imprensa mundial, que serviu de caixa de ressonância para seu projeto, ficou estupefata com o resultado das urnas, pois acreditou nas bravatas. Lula necessitava vencer de goleada para tentar obter algum cargo em uma instituição internacional. Se pôde salvar o Brasil, porque não o mundo? Mas o realismo das grandes potências -especialmente depois da trapalhada envolvendo o Irã- afastou qualquer possibilidade do "ungido", o "esperado", pudesse regressar de sua breve odisseia e retomar o poder.
Teremos mais dez dias de acusações, calúnias e coações de todos os tipos. É a "república hilariante", como bem definiu Euclides da Cunha, caracterizada pelo que chamou de "bandalheira sistematizada". Pobre Brasil.
10 comentários
Isso já era esperado. O maligno, doente como só, é um agente nocivo, viciado pela soberba, pela vaidade, não quer perder o "status" de "autoridade".
ReplyPor certo não saberá viver longe dos holofotes, longe do poder, do "mando", para ser mais um na multidão.
Por isso devemos ter bastante cuidado, ele, o maligno, e sua camarilha vermelha farão de tudo, usasão de todos os expedientes, gastarão todo o dinheiro da Nação Brasileira.
É hora de ficarmos bem alertas, em atividade permanente, pois esses seres do mal não vão descansar.
É hora de união das pessoas do bem em favor de José Serra, em favor do Brasil Livre, Liberto do mal.
E que Deus nos ilumine nessa jornada árdua, pois conseguiremos a vitoria com inteligência. Isso, inteligência.
Coronel,
ReplyAinda existem intelectuais na academia. Que outros se manifestem dessa forma.
Valeu Villa.
Villa é o "Cara". Objetivo e contundente nas análises. Valeu cara.
ReplyArtur VHH
Beleza de texto. É o retrato do cidadão ,pequeno que é lula, que pensando em ter que deixar o governo se vê perdido, sem ter conseguido alcançar seus objetivos maiores por falta de competência.Não estudou, não fala inglês como Mandela, não tem condição alguma de vir a ser um estadista, como quiseram transformar com toda propaganda em torno desse balão furado.Sai fora lula...Dora
Replyfaltou incluir na lista de apoios escatológicos e obscenos o Macedão, aquele "bispo" que apoia o aborto de uma vida inocente porque ele já sabe - não sei como - que a criança ira viver em um lixão...
ReplyO saudoso Manuel de Nóbrega, e depois o seu filho Carlos Alberto de Nóbrega no programa Praça da Alegria, tinham um personagem vivido por um grande comediante (infelismente não consigo me lembrar do seu nome, e peço socorro dos amigos para que eu não cometa essa injustiça para com ele, pois ele era bom) o personagem era um mendigo que falava muito em politica e dizia que era amigo de muitos. Cachaceiro, chegaras la, sua fortuna sera gasta para pagar advogados para não permitir que seja um prisioneiro. Minha vingança será maligna.
Replyas mídias corrompidas passaram oito anos vendendo a imagem do cão como se santo fosse - jornais, televisão, radios - todos pendurados no pescoço da vaca como penduricalhos em pescoço de pai de santo.
Replylulla nunca valeu uma nota de tres reais, por que valeria agora?
aguia_dourada
Euclides da Cunha foi generoso,talvez porque não tenha tido a infelicidade de viver oito anos de sua vida nesta oclocracia...
Reply¬¬
O Villa arrazou! E "ZEFINI"!
ReplyFORA GENTALHA!
FORA lulla! FORA dilma! FORA pt!
AGORA É SERRA! SERRA DO BEM!
SERRA PRESIDENTE DO BRASIL!!!!!!!
Pois é. Em 11 dias, espero que estejamos finalmente livres dessa petralhada. Hoje no almoço com "amigos petralhas funcionários públicos que acham que devem seus empregos a Llulla, o mentiroso", pude constatar o quanto as pessoas são ridículas. Teve uma pessoa que disse que tinha se decepcionado muito com Llulla, mas que ia votar nele porque ninguém nunca fez tanto pelas universidades, que está havendo muito concurso, etc. Quer dizer, ela desculpou Vossa Tirania porque elle teria feito um enorme bem as universidades, e meteu o pau em FHC, a despeito de ele ter privatizado várias companhias que eram nada mais nada menos que cabides de emprego, ter nos dado o plano real, a lei de responsabilidade fiscal, ter entregue o país com uma economia sólida e estável. E de quebra ainda meterão o pau em SP. O que me deixa chocada é que são pessoas que simplesmente repetem feito papagaio aquilo que a mídia podre brasileira diz, e sequer vão atrás dos fatos. E pior acham que Llulla é Dillma, que o governo da Poste será de continuação, e blá blá blá. Como dizia aquele editorial da Folha (quando a Folha era um jornal), muitas coisas boas podem ser ditas sobre Hitler... É uma pena que gente instruída não pare para pelo menos avaliar o que está dizendo.
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