Em qualquer pesquisa, abstenções tiram 2% da Dilma e dão 2% para Serra.

Projeções indicam que serão 25 milhões de abstenções no segundo turno. Destes, de acordo com as regiões onde estão mais fortes, Dilma perde 13,5 milhões e Serra perde 11,5 milhões. A abstenção é maior no Nordeste e é menor no Sul, por exemplo. Em qualquer pesquisa, em função da abstenção, pode retirar 2% da Dilma e somar 2% para Serra, pois cada 1% representa 1 milhão de votos. Eles sabem disso. Em uma eleição que será decidida no detalhe, é fundamental, por exemplo, que seja feito um grande esforço em São Paulo, onde o voto nulo esteve muito acima da média, no primeiro turno. É preciso fazer um chamamento para que 1,5 milhão de paulistas não votem em branco ou nulo. Outra iniciativa, em São Paulo, é reduzir a abstenção que, no primeiro turno, foi de 16,5%. Quase 5 milhões não foram votar. Se a abstenção for reduzida em 20%, isto representa 1 milhão de votos. Aí entra o boca a boca, o porta a porta, a máquina tucana no estado. Da mesma forma, Minas Gerais também pode fazer a diferença. Minas também teve 18,5% de abstenções no primeiro turno, pois quase 2,7 milhões de eleitores não foram votar. E os brancos e nulos alcançaram 1,9 milhão de votos. Somente estes dois estados, tucanos, representaram 31% das abstenções do país, no primeiro turno. Praticamente o mesmo número do Nordeste. É hora de fazer contas. E, principalmente, que Aécio Neves,Antonio Anastasia, Geraldo Alckmin e Alberto Goldman façam o dever de casa.