Um exemplo para os tucanos que escondem Serra.

Santa Catarina é um dos menores estados do Brasil. Representa pouco mais de 3% dos votos do país. Aqui o governador é Leonel Pavan, do PSDB. Ele assumiu porque era o vice de Luiz Henrique, do PMDB, que saiu para concorrer ao senado. Os dois tinham o apoio do DEM, dentro do que chamavam de tríplice aliança. Pavan deveria ser o sucessor natural de Luiz Henrique, mas teve problemas sérios com a Justiça. Culpado ou não, inviabilizou a sua candidatura. O PMDB cedeu, depois de muita discussão, inclusive com o Diretório Nacional, a cabeça de chapa para o DEM. O candidato ao governo do estado é o senador catarinense Raimundo Colombo. Está em segundo lugar nas pesquisas e, rapidamente, vai chegar ao primeiro lugar, com sérias chances de vencer em primeiro turno. Possui uma campanha estruturada, três vezes mais tempo de TV que a primeira colocada e é um candidato muito completo, ficha limpa, com baixíssima rejeição.

Abaixo, há um post mostrando como o candidato ao senado pelo PSDB, em Santa Catarina, deputado federal Paulo Bauer, está fazendo a sua campanha. Cita até o segundo suplente, mas não dá um centímetro das suas peças de propaganda para José Serra ou para Raimundo Colombo. Chega ao cúmulo de esconder o próprio partido. Faz uma campanha para si mesmo, totalmente desvinculado das campanhas majoritárias. Por outro lado, Leonel Pavan, o governador, não mexe um dedo para a campanha de Serra, muito menos para Raimundo, pois julga-se traído por Eduardo Moreira, vice do PMDB, que, na visão do tucano, deveria ter passado a ele a cabeça de chapa. Mesmo assim, Serra lidera com folga no estado, mesmo que os tucanos não mexam uma asa por ele.

Abaixo, estamos mostrando uma peça da campanha de Raimundo Colombo, do Democratas. Clique e amplie. Ele coloca todos os candidatos da majoritária. Logicamente, o seu nome aparece com mais destaque, mas Serra está ali. Em todas as suas manifestações e em todos os debates, Raimundo abre o peito e abre o apoio para Serra. Ele não é um tucano, mas é um aliado. Não é um companheiro de partido, mas é um homem de verdade.

A pergunta é: por que o Beto Richa, que é tucano e candidato no Paraná, que ocupou o lugar do senador Álvaro Dias, não coloca Serra nas suas peças de campanha? Chegou a hora de botar ordem na casa. Chegou a hora de trabalhar pelo Brasil e não só pelos interesses regionais. Beto Richa não é um caso isolado. Tem mais gente e o Coturno Noturno vai denunciar. Ou o PSDB vira um partido nacional, elege Serra ou nunca mais nos livraremos dos venezuelanos do PT.