Vai precisar morrer mais gente, Lula?

Orlando Zapata Tamayo, dissidente cubano, morreu em 23 de fevereiro passado, no dia em que Lula chegou à Cuba para abraçar o seu amigo Fidel, acompanhado por um emocionado e sorridente Franklin Martins. Zapata morreu após 84 dias de greve de fome e foi comparado a bandidos comuns, pelo presidente brasileiro, comentário que chocou o mundo. Lula, anteriormente, havia se recusado a intervir em nome dos presos políticos junto aos irmãos Castro. Neda Agha-Soltan, jovem estudante iraniana, foi morta a tiros durante um protesto contra o governo da Ahmadinejad, em Teerã, Irã. Agonizou frente às câmeras de jornalistas do mundo inteiro, transformando-se em mártir da resistência contra o regime criminoso dos aitolás. Lula, na ocasião, validou as eleições fraudadas daquele país e ainda recebeu o sanguinário aqui no Brasil, com honras de chefe de estado, estando pronto para ir ao Irã em maio próximo. O noivo da vítima, Caspian Makian, hoje exilado no Canadá, declarou sobre a visita de Lula:" Isso mostra que os líderes do Brasil não sabem o que está se passando no Irã, com abusos diários dos direitos humanos. Como é possível ignorar 30 anos de crimes contra o povo iraniano? Como é possível negociar e ter relações com um regime ditatorial como esse?". A pergunta dos brasileiros que amam a democracia é só uma, frente ao apoio de Lula às ditaduras mais sanguinárias do planeta: vai precisar morrer mais gente, Lula?