Aécio decidiu continuar apenas mineiro.

Os jornais informam que Serra e Aécio estiveram juntos, na madrugada de ontem, quando o mineiro disse que não quer ser vice, mas, obviamente, quer influenciar na escolha. O discurso de Aécio, no Congresso, foi um primor de mineirismo, com um leve toque ameaçador. Encerrou a sua fala com citações do jurista Afonso Arinos de Melo Franco sobre a importância de Minas no cenário nacional. “Minas é o centro e o centro não quer dizer imobilidade, porém peso, densidade, nucleação, vigilância atenta, ação refletida, mas fatal e decisiva.” Ainda citando o jurista mineiro, Aécio Neves ressaltou que seu estado “tende para a direita, quando a ordem periga e tende para a esquerda, quando periga a liberdade. Age por compensação, como as defesas orgânicas, posição central que, alguns, por vezes, não compreendem, mas sempre agradecem quando, serenadas as paixões, analisam de boa-fé os resultados”. Por sua vez, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), descartou qualquer possibilidade de composição de chapa pura para as eleições presidenciais. Segundo ele, o partido “nunca pensou nisso”. Guerra revelou, ainda, que o governador mineiro disse a ele e ao senador Tasso Jereissati, há algum tempo, que não seria candidato à vice-presidência.

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De agora em diante, o que interessa ao Brasil, é que Aécio Neves, saindo do cenário nacional e tendo que eleger um azarão em Minas Gerais, trabalhe muito pelo partido no seu curral eleitoral. Em 2006, Lula tirou uma vantagem de 4.500.000 votos em Minas. Em 2002, Lula já havia ganho por uma diferença de 3.100.000 votos. Enfim, "serenadas as paixões" que o eleitorado brasileiro exprimiu em busca de uma chapa praticamente imbatível, é hora de virar a página, desejando todo o sucesso do mundo a esta eterna promessa do política nacional. Que o Senado reserve para Aécio, no futuro, um busto para ser inagurado daqui 50 anos, comemorando os 100 anos do senador que mais cumpriu mandatos na Casa. Que seja, para sempre, um grande Senador da República.