Noivo velho, feio e rico.

Do Painel da Folha:

O noivo da vez No dia em que o governador Eduardo Campos (PSB-PE) se reuniu com Francisco Dornelles (PP) para discutir a remota possibilidade de uma aliança em torno da candidatura de Ciro Gomes (PSB), tucanos voltaram a mencionar o senador, tio de Aécio Neves, como opção de vice para José Serra (PSDB). A especulação é curiosa, dado que a maioria dos diretórios do PP está hoje alinhada com Dilma Rousseff (PT). E se a cúpula escolhesse outro caminho? "O PP é um partido onde ninguém manda e ninguém obedece", desdenha um cacique. Ainda assim, uma parcela do PSDB acredita que, concedendo a vaga de vice a Dornelles, o placar pró-PT nos Estados seria superado, e o tempo de TV do partido, muito bem-vindo.

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Além do Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul o PP já está com os tucanos. Em Santa Catarina, este partido já fez aliança com o PT e perdeu as eleições. Pode dar palanque para Serra, pois flerta com o DEM e o PSDB, já que o seu inimigo é o PMDB. Nestes dois estados, o partido é forte. O partido também governa Goiás e Rondônia. Obviamente, existe um Maluf em São Paulo, que é o dono da legenda. No entanto, tapando o nariz de vez em quando, contando o tempo de TV(certa de 1 minuto e 30 segundos), a soma dos colégios eleitorais onde é beneficiado e o fato de Francisco Dornelles ser mineiro e tio de Aécio, é a alternativa mais consistente que surgiu até agora. Por último, o PP tem Márcio Fortes, ministro das Cidades, cuja presença no palanque de Serra poderia contrapor qualquer afirmação de que as obras do PAC seriam paralisadas e outros terrorismos eleitorais. Claro que Dornelles não é nenhum Aécio e nenhuma Kátia Abreu. Mas tem na sua carteira alguns predicados incontestáveis.