O TCU e as maletas.

Ontem, no balanço do primeiro ano de governo, Barack Obama exercitou o seu talento em oratória, em uma cerimônia em que cada frase é seguida por um aplauso. Correligionários aplaudem, adversários aplaudem, é uma festa de convívio democrático, carregada de simbolismo. Um deles chama atenção no dia em que Lula e a Petrobras simplesmente jogam na sarjeta o Tribunal de Contas da União, desbloqueando bilhões para obras superfaturadas e carregadas de corrupção. À frente, na cerimônia, os juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos. Todos sérios e compenetrados. Deles, nenhum aplauso. Nenhum sorriso, Nenhum cochicho. Presença protocolocar de um Poder constituído, cujo papel é julgar com isenção o Poder Executivo e o Poder Legislativo. A nossa democracia nunca esteve tão ameaçada. A PDVSA verde-amarela levou mais e U$ 6 bilhões em uma obra onde custos foram superfaturados. Justamente em sociedade com Hugo Chávez, que elogia Dilma sempre que pode e que financiou a eleição de Cristina Kirchner na Argentina, no rumoroso caso do Valijagate, onde maletas de dólares foram presas quando chegavam na Argentina. Maletas? Ora, maletas, est a coisa tão antiga por aqui.