Papo furadíssimo.

Os tucanos começam, desde já, a torpedear Luiz González, o marqueteiro de José Serra, porque ele não ouve ninguém, só ouve o chefe. Foi ele quem fez a campanha de Alckmin em 2006. Foi ele quem conseguiu o milagre do segundo turno. Um segundo turno que encontrou os tucanos completamente desarticulados, pois não acreditavam. Quando precisou de políticos e não de marqueteiros, entre o primeiro e segundo turnos, Geraldo Alckmin foi abafado por Lula e só reapareceu para abraçar Garotinho, no Rio de Janeiro. E ainda houve aquela pantomima da jaqueta anti-privatização. A campanha só foi retomada dez dias depois como um remake do primeiro turno, não se sabe se por falta de dinheiro ou de apetite político. Resta saber de quem foi a culpa. Se foi de José Serra e de Aécio Neves, já eleitos em primeiro turno como governadores, acompanhados de Tasso Jereissatti que se enfurnou no Ceará, ou se foi mesmo de Luiz González. Tem tudo para ser as duas coisas. Para todos os efeitos, como bom escorpião, Serra já deu algumas continhas publicitárias de São Paulo para Duda Mendonça. É um senhor regra três. Só não venham os nordestinos com o papo furadíssimo de que por lá o negócio é diferente. Se fosse assim, a Globo teria novelas regionalizadas, seus míopes mercadológicos! Não foi por falta de marketing que Alckmin perdeu as eleições no Nordeste. Foi porque por lá faltaram políticos com culhões para enfrentar o Lula, sem fazer alianças espúrias com os aliados do petista. Não é, Tasso Jereissatti?