FOLHA - O sr. trabalhou pela reabilitação de Antonio Palocci. O caso do caseiro é superável eleitoralmente?LULA - Desejo que todos os que foram acusados, e acho que tem muita gente acusada injustamente, que todos sejam julgados. Palocci teve um veredicto. Não tem mais nenhuma pendência com a Justiça. Pode ser o que quiser ser.
FOLHA - Ele pode ser candidato a governador de São Paulo?
LULA - Ele tem inteligência para saber se o momento é de uma candidatura ou não.
FOLHA - Seu aliado Ciro Gomes diz que há "frouxidão moral" na hegemonia da aliança entre PT e PMDB, da qual o sr. é o principal avalista. Como o sr. responde?
LULA - A aliança com o PMDB e os demais partidos permitiu governança muito tranquila. Se confirmada a aliança, será feito documento público para saber os compromissos assumidos.
FOLHA - E a frouxidão moral?
LULA - Conceito do Ciro.
FOLHA - Não quer responder.
LULA - Opinião do Ciro.
FOLHA - Não o incomoda?
LULA - Não. Ciro esteve no meu governo. A única coisa que não tem aqui é frouxidão moral.
FOLHA - Ciro disse que o sr. e FHC foram tolerantes com o patrimonialismo para fazer aliança no Congresso. Ou seja, aceitaram a prática de usar bens públicos como privados.
LULA - Qualquer um que ganhar as eleições, pode ser o maior xiita deste país ou o maior direitista, não conseguirá montar o governo fora da realidade política. Entre o que se quer e o que se pode fazer tem uma diferença do tamanho do oceano Atlântico. Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão.
FOLHA - É o que explica o sr. ter reatado com Collor, apesar do jogo baixo na campanha de 1989?
LULA - Minha relação com o Collor é a de um presidente com um senador da base.
FOLHA - Dá aperto no peito?
LULA - Não tenho razão para carregar mágoa ou ressentimento. Quando o cidadão tem mágoa, só ele sofre. Quando se chega à Presidência, a responsabilidade nas suas costas é de tal envergadura que você não tem o direito de ser pequeno.
15 comentários
DE ESCORPIÕES E DE SAPOS
ReplyHá na metáfora utilizada pelo animal ajumentado, certa similaridade, contudo, invertida.
DA NATUREZA DO ESCORPIÃO
De fato. No caso Collor ele não tem razão nenhuma para guardar ressentimento, afinal, a vítima foi o Collor. Seria semelhante a Judas guardar ressentimento por haver mandado Jesus para o Gólgota. Ocorre que Collor não é Jesus nem tem os mesmos sentimentos de fraternidade do Mestre. Assim, o jumento precisa preocupar-se com a provável facada nas costas, e não duvide que não demorará. À semelhança do sapo personagem da fábula, quando estiver no meio do rio, o sapo barbudo (muita coincidência na metáfora) pode levar a picada do fatal do escorpião. O sapo barbudo certamente dirá:
- Mas, escorpião, voce me picou sabendo que ambos morreremos?
Ao que o escorpião responderá:
- Sabe, como é, né sapão baurbudo, é da minha natureza.
O Brasil teria muito a lucrar com o tornar empírica a fábula, mas, isso é sonhar com o paraíso.
Quero soltar meus fogos!!!
Mas, infelizmente não morre nenhum desses canalhas. Será que nenhum vai ter diverticulite (nome dado à septicemia programda levada a cabo contra Tancredo Neves)?
PROVAVELMENTE, COM CERTEZA, O ÔMI
ReplyESTAVA SOB FORTE EFEITO ETÍLICO....
PITUZADO....PIRASSUNUNGADO.....
perai!!
Replydeixa ver se eu entendi!
quem tem ressentimentos e posa de vitima eh o Luis Inassio em relação ao Collor por causa do tal "jogo baixo" (o PT nunca fez isso, qua-qua-qua)?
imaginem então aplicar a mesma lógica invertendo o papel dos protagonistas...
e Collor, guardaria que espécie de sentimento a respeito desse barbudo que fez de tudo e mais um pouco para tira-lo da presidência, (e conseguiu!!!) ?
qual dos dois, numa analista justa e honesta intelectualmente, teria mais razoes para guardar magoas?
fosse o entrevistador outro, talvez a reciproca tivesse sido perguntada ao entrevistado.
em termos de magoas e jogo baixo os dois estariam empatados!
Coronel
ReplyPor favô, me poupa, fui eu que escrevi "Dona Flor e seus dois maridos"! Foi não Jorge Amado! Tira esse calice daqui!
Além de tudo, ele é um herege. Cadê dona CNBB para puxar as orelhas desse cara? Ou ela está procurando um Judas para fazer acordo?
ReplySds.,
de Marcelo.
Coronel, esse monte de posts sobre um jornaleco e um presimente aí embaixo, parece mais propaganda do que crítica.
ReplyPrefiro os seus posts de próprio punho.
Alô amigos
ReplyQuem sabe a relação dos processos ainda em andamento sôbre o Palacci neste momento daria uma "clareada"na massa de m...que tem a cabeça do novededos.
Já está com o Coturno.
abraços
É gente dessa laia mesmo que "elle" merece ter em torno de si, dado que é pior do que todos eles juntos!
ReplyE ficam dispensadas quaisquer justificativas.
O governo trata os políticos de acordo com o potencial de cooptar votos de cada um. O tamanho da ficha corrida não faz muita diferença. Os fins justificam os meios...
ReplyA base aliada merece ser chamada de Judas, mas por trair o Brasil e os brasileiros, crucificados pelo petismo.
ReplyEu só não sei onde entra Jesus nessa história, nem Dimas, o bom ladrão.
"Quando se chega à Presidência, a responsabilidade nas suas costas é de tal envergadura que você não tem o direito de ser pequeno."
ReplyE no entanto...
"A única coisa que não tem aqui é frouxidão moral."
Pois é, mas bandidagem tem, tráfico de influência tem, patrimonialismo tem, corrupção tem, estelionato tem, lavagem de dinheiro tem, irresponsabilidade tem...
Esse apedeuta é mil vezes mil em burrice !
ReplyComo ele ousa falar isso de Jesus?
Ignorantão!
Então ele não sabe que Jesus foi pregado numa Cruz justamente porque não se associou aos Judas do governo da época?
Não tem ninguém aí para gritar bem forte:
CALA A BOCA LULLA BURRO ?
A pergunta que me ocorreu já foi feita...Os sábios bispos do Brasil vão ficar calados? Cadê a CNBB numa hora dessas? Ou se calaram pelas gorjetas para a Pastoral da Terra? Ele não precisa fazer pacto com o capeta pois ele é o próprio Satanás.....
ReplyLula, Jesus e Judas - No blog, comentário ilustrado: Ai meu Jesus... - http://bit.ly/qna3R
ReplyPavor. Consternação. E nojo.
ReplySobretudo, nojo.