Agora a Aeronáutica quer dizer que Lula não disse o que disse. Querem sumir com o piloto da confusão toda. Em entrevista à Folha, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, afirmou ontem que toda confusão da semana foi por "uma precipitação" da imprensa, porque o processo de seleção dos caças que vão renovar a frota da FAB continua e em nenhum minuto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse o contrário.
FOLHA - O favorito no FX [programa de renovação da frota de caças iniciado no governo FHC] acabou sendo o Gripen sueco. Por que não manter isso?
SAITO - Naquela época, concorreram o Sukhoi, o Mig, o F-16, o Gripen e o Mirage 2000-5 e, com esses concorrentes, o Gripen C e D recebeu uma boa colocação, sim. Agora, é um outro certame. Quem concorre é um outro Gripen, o NG, um avião ainda em desenvolvimento, o F-18 Super Honet, muito mais moderno, e o Rafale, que não é o Mirage, é um outro avião.
FOLHA - Por que o Sukhoi russo foi excluído?
SAITO - Não atendeu, por exemplo, o requisito de transferência de tecnologia.
FOLHA - Se o Sukhoi foi descartado porque os russos não transferiam tecnologia, conclui-se que todos os três transferem. Por que o governo diz que o Rafale é preferido por isso?
SAITO - Em que grau, eu não sei, mas todos os três transferem tecnologia.
FOLHA - O que significa transferência de tecnologia nessa área?
SAITO - Há várias áreas e vários graus de transferência de tecnologia e, numa determinada área, eu quero me capacitar ao ponto de ficar autônomo. No AMX, nos anos 80, que foi um consórcio Brasil-Itália, coube à Embraer uma participação importante na fabricação de componentes. Foi com esse conhecimento que a Embraer conseguiu evoluir para fabricar todos esses aviões que estão aí.
FOLHA - Há uma gradação nessa transferência de tecnologia?
SAITO - Pode haver uma parte muito sensível, e que o país diga assim: "Olha, eu cedo tecnologia nessa parte daqui, mas nessa outra, não". O avião é uma plataforma importante, mas o que vai nela é muito mais importante. Você tem de considerar o sistema de armas.
FOLHA - Quando afunila em três concorrentes, qual o peso do requisito preço?
SAITO - Lembre-se de que se trata de um produto de segurança e cada item tem seu peso específico. Você sabia que esse processo tem mais de 26 mil páginas? Há ofertas, contraofertas, e tudo está assinado.
FOLHA - Vocês falam em cinco aspectos da seleção, como os operacionais e a transferência de tecnologia. E o político?
SAITO - Fazemos uma análise técnico-comercial, mas isso tudo vai para o governo, que é quem analisará a parte estratégica, qual o país melhor... Sei lá. O governo tem uma estratégia que nós não conhecemos. A decisão final é dele.
FOLHA - Por que tanta turbulência com o comunicado de que a preferência era pela França?
SAITO - Eu não recebi do presidente: "Saito, encerra o processo porque eu já escolhi". Então, eu não sei por que tanto alarde. Quando me mostraram o comunicado, dizendo que tinha terminado, eu disse que não tinha entendido assim, não.
FOLHA - Foi uma surpresa?
SAITO - O que foi uma surpresa foram as manchetes dos jornais, porque, na minha interpretação, o comunicado conjunto não era para terminar e escolher um.
FOLHA - O comunicado explicitou que a aliança com a França englobava a área aeronáutica e usou o verbo "decidir" para anunciar o início de negociações para a aquisição dos Rafale. Não é claríssimo?
SAITO - Quando o comunicado fala em "aeronáutica", isso abrange vários setores, inclusive helicópteros, cuja compra já estava decidida.
FOLHA - Por que o governo manifestou preferência pelo Rafale?
SAITO - Não digo que é um indicador, mas foram eles que ofereceram transferência de tecnologia dos submarinos, ofereceram fazer o helicóptero aqui na Helibras.
FOLHA - Todo mundo acha que houve essa confusão toda, mas vai acabar dando o Rafale. Vai?
SAITO - Eu não sei. Pode até ser.
FOLHA - O favorito no FX [programa de renovação da frota de caças iniciado no governo FHC] acabou sendo o Gripen sueco. Por que não manter isso?
SAITO - Naquela época, concorreram o Sukhoi, o Mig, o F-16, o Gripen e o Mirage 2000-5 e, com esses concorrentes, o Gripen C e D recebeu uma boa colocação, sim. Agora, é um outro certame. Quem concorre é um outro Gripen, o NG, um avião ainda em desenvolvimento, o F-18 Super Honet, muito mais moderno, e o Rafale, que não é o Mirage, é um outro avião.
FOLHA - Por que o Sukhoi russo foi excluído?
SAITO - Não atendeu, por exemplo, o requisito de transferência de tecnologia.
FOLHA - Se o Sukhoi foi descartado porque os russos não transferiam tecnologia, conclui-se que todos os três transferem. Por que o governo diz que o Rafale é preferido por isso?
SAITO - Em que grau, eu não sei, mas todos os três transferem tecnologia.
FOLHA - O que significa transferência de tecnologia nessa área?
SAITO - Há várias áreas e vários graus de transferência de tecnologia e, numa determinada área, eu quero me capacitar ao ponto de ficar autônomo. No AMX, nos anos 80, que foi um consórcio Brasil-Itália, coube à Embraer uma participação importante na fabricação de componentes. Foi com esse conhecimento que a Embraer conseguiu evoluir para fabricar todos esses aviões que estão aí.
FOLHA - Há uma gradação nessa transferência de tecnologia?
SAITO - Pode haver uma parte muito sensível, e que o país diga assim: "Olha, eu cedo tecnologia nessa parte daqui, mas nessa outra, não". O avião é uma plataforma importante, mas o que vai nela é muito mais importante. Você tem de considerar o sistema de armas.
FOLHA - Quando afunila em três concorrentes, qual o peso do requisito preço?
SAITO - Lembre-se de que se trata de um produto de segurança e cada item tem seu peso específico. Você sabia que esse processo tem mais de 26 mil páginas? Há ofertas, contraofertas, e tudo está assinado.
FOLHA - Vocês falam em cinco aspectos da seleção, como os operacionais e a transferência de tecnologia. E o político?
SAITO - Fazemos uma análise técnico-comercial, mas isso tudo vai para o governo, que é quem analisará a parte estratégica, qual o país melhor... Sei lá. O governo tem uma estratégia que nós não conhecemos. A decisão final é dele.
FOLHA - Por que tanta turbulência com o comunicado de que a preferência era pela França?
SAITO - Eu não recebi do presidente: "Saito, encerra o processo porque eu já escolhi". Então, eu não sei por que tanto alarde. Quando me mostraram o comunicado, dizendo que tinha terminado, eu disse que não tinha entendido assim, não.
FOLHA - Foi uma surpresa?
SAITO - O que foi uma surpresa foram as manchetes dos jornais, porque, na minha interpretação, o comunicado conjunto não era para terminar e escolher um.
FOLHA - O comunicado explicitou que a aliança com a França englobava a área aeronáutica e usou o verbo "decidir" para anunciar o início de negociações para a aquisição dos Rafale. Não é claríssimo?
SAITO - Quando o comunicado fala em "aeronáutica", isso abrange vários setores, inclusive helicópteros, cuja compra já estava decidida.
FOLHA - Por que o governo manifestou preferência pelo Rafale?
SAITO - Não digo que é um indicador, mas foram eles que ofereceram transferência de tecnologia dos submarinos, ofereceram fazer o helicóptero aqui na Helibras.
FOLHA - Todo mundo acha que houve essa confusão toda, mas vai acabar dando o Rafale. Vai?
SAITO - Eu não sei. Pode até ser.
22 comentários
Verdade é o seguinte: não dá para distinguir se o japa da Aeronautica é uma espécie Dilma de saia ou se Ela é um japa de calça, quepe e bota. De qualquer forma os magnâminos falam pouco, isto é certo, principalmente quando a coisa prenuncia mal feitos. Dá pra contar nos dedos quantas vezes Dilma falou depois que mentiu sobre o encontro, que segundo ela não existiu, com Lina Vieira. Não tenho dúvida que a NEGOCIATA com os produtos - submarino, helicópteros, caças, outros oferecido pelo mascate francês foi fechado nos porões do Palácio. Não fosse isso o DESgoverno Lulla não usaria o dia 7 de Setembro para bufar para todos os lados o fechamento do negócio milionário para beneficiar os Franceses.
ReplyEstes tres comandates militares me dao nojo!
ReplyMilitares comunistas FDP! Enfiaram a constituição no rabo!
ReplyNão ficarão impunes!
Coronel
ReplyQuando vejo esse saito, fico-lhe com asco. Ele juntamente com os outros dois (marinha e exercito) são porcas melancias. Sujas, nojentas!
Outro corno a dizer que não sabe de nada! Tanto cornudo estupido, êita!
A França já mandou aviso: os Rafale são totalmente construidos lá, na fabrica da Dassault. Mais nada! E só a partir de 2012, poderão começar a serem entregues! Até lá, defendemos a soberania com os..cof...cof...Tucanos, pois os 20 Mirages são para defenderem Brasilia e parapentes, nossa arma secreta. Fazem com que os pilotos dos caças que invadirem o nosso teritório, morram de tanto rir. Para as FFAA, Brazil è só Brasilia, coito de escroques, corruptos e safados.
Então tá.
"Aviões serão feitos na França
Escrito por Defesa Brasil
Proposta da Dassault não prevê montagem no Brasil.
Dos 36 caças Rafale que deverão ser adquiridos da fabricante aeronáutica francesa Dassault pelo Ministério da Defesa, nenhum deverá ser produzido no Brasil. Os seis primeiros deverão ser montados na França e com peças francesas. Os 30 seguintes sairão das mesmas linhas de montagem, mas incorporarão peças brasileiras.
Esse plano de produção foi apresentado ao governo brasileiro pela Dassault e servirá de base para a negociação que será aberta para a compra dos primeiros 36 aviões, a serem construídos na usina da companhia em Mérignac, no sudoeste da França, e entregues a partir de 2012 ou 2013 ao Brasil".
(...)
http://defesabrasil.com/site/noticias/projeto-f-x2/avioes-serao-feitos-na-franca.php
Coronel
ReplyTemos aqui um admiravel artigo da Eliane Catanhêde.
Quem diria!! Afinal não è tão burra e petralha como quer fazer parecer!
"Papel de trouxas
Coluna de Eliane Catanhêde na Folha de São Paulo critica confusão gerada em torno do F-X2.
A norte-americana Boeing e a sueca Saab gastaram milhões de dólares para disputar a seleção de renovação da frota da FAB. E eis que de repente, não mais que de repente, Lula vai comer uma moqueca com Sarkozy e ambos anunciam ao mundo a escolha dos Rafale, da francesa Dassault.
O anúncio, num texto em diplomatês e à parte do comunicado conjunto longamente negociado, correspondeu a dizer que o processo não era para valer. Era só para americanos e suecos verem.
Isso, evidentemente, criou problemas na Aeronáutica, que comanda a indicação com seu jeito militar de ser: tudo tem regra, cronograma, informação técnica. Ou, como explicou Jobim no Planalto, processos de seleção, principalmente internacionais e na área de defesa, seguem "prazos e ritos".
Então, como explicar para a milicada, aqui dentro, e para os países e empresas concorrentes, lá fora, que a decisão foi tomada antes da conclusão do parecer técnico? Esse tipo de voluntarismo cabe bem em lutas sindicais, mas pode criar problemas em negociações muito mais complexas."
(...)
http://defesabrasil.com/site/noticias/projeto-f-x2/papel-de-trouxas.php
Ih, o Saito amarelou, digo avermelhou. Seu chefe corrupto disse em alto e bom som que prefere a França. Já até sabemos o resultado. E assim vai, a outrora Força Aérea Brasileira, a qual pertenci, entregue a um bando de ratos.
ReplyCoronel e leitores
ReplyJá foi o tempo em que os chefes militares, ou então quando éramos da ativa e mais jovens não enxergávamos, tinham posições firmes e simplesmente abandonavam a cena num tipo de situação como esta. O que vemos hoje é o apego ao cargo ( exemplo do Gen Félix ) e às favas a honra e o pundonor. O que na sociedade já foi um misto de admiração está se transformando num ódio potencializado pelas constantes evocações ao ditos anos de chumbo. Se fomos "gorilas", agora somos macacos amestrados. E ouvir um comandante de força militar dizer " Sei lá. O governo tem uma estratégia que nós não conhecemos. A decisão final é dele." dói na alma, para não dizer que dá asco.
Cel Luiz Veríssimo de Castro
Coronel
ReplyNum país sério, esse psicopata já estava fora do Poder. Na melhor das hipóteses, preso por incitamento à violência. Já são tantos crimes lesa-pátria fomentando discórdia e criando a desunião entre os brasileiros analfabetos e com poucos estudos, um ódio, que começa a ser preocupante seu estado de indigência total.
Repare Coronel.
O estudo para aquisição de novos caças para a Força Aérea arrasta-se há anos. No entanto, o Sarkozy chega a Brasília e vemos lulla, jobim, o porco do garcia, o saito, o embaixador do Brasil na França, josé maurício bustani, o chefe do Estado-Maior francês se reunir em uma suíte do hotel Royal Tulip, duas horas da madrugada do dia 7, para elaborarem uma carta de Sarkozy que levou Lula a fazer o que fez ao fim do desfile da Independência: anunciar a abertura da negociação com a Dassault para a compra de 36 caças Rafale.
Como se pode ao fim de tantos anos de encontros, viagens, negociações, terminar tudo à pressa em uma diplomacia em cima dos joelhos, num obscuro quarto de um Hotel, fazendo nós brasileiros, uma carta como se fosse o próprio Sarkozy a escrevê-la?
Pode-se levar este negócio a sério?
Não pode coronel! Nem aqui nem em lado algum!
Coronel
ReplyO que afirmei, está aqui:
http://www.defesanet.com.br/md1/fr_br_35.htm
Esse japa juniti está mais pra "olho de sogra" do que pra brigadeiro. Nessa festa de arromba do Planalto o que não falta é docinho, de todo tipo, alguns dão até nojo como o "beijinho doce" da Ideli no Sarney, vichiiii!
ReplyCoronel
ReplyAgora esta explicado "as férias" de Lula na França, naquele hotel o que meu poder econômico nem me permite saber o nome, com aquele aero-lula cheio piratas.
Não bem ao certo o percentual da comissão, alguns falam 3% outros falam 5%.
Comissão internacional do Rafale é 5%.
Alguém ficou milionário com essa venda dos Rafales. Os especialistas no comércio internacional de armas e equipamentos sabem que a comissão que se paga pela venda de um tanque, míssil ou avião é de 5% do total líquido.
Cada avião. Essa comissão é obrigatória, paga pelo fabricante ao vendedor, como se fosse uma lei natural. É a lei não escrita do comércio mundial de armas. ALGUÉM ESTA RÍQUISSIMO NA FRANÇA. SERÁ QUE É SÓ NA FRANÇA?
Vem cá
Replyesse japa ainda não fez o harakiri?
realmente, o "sei la" seria aceitavel de um recruta...jamais de um comandante. patetico. patetico! se estavamos com medo de nossas forcas armadas estarem mortas e dominadas, este dia chegou.
Replyaté tu saito ??
Replyaté tu saito ??
Replyaté tu saito ??
ReplyDescobriram o Ovo de Colombo.
ReplyDeixar o bobo da corte só falando e fingindo que governa.
Coronel,
ReplyA disputa agora é em quanto será o percentual de comissão que os PeTralhas irão receber!
Átila
Esse comandate não passa de um boiooola cagão.
ReplyEu tenho quase certeza que esses comandantes militares devem estar com seus rabos muito bem presos, pela quadrilha do PT.
ReplyCoronel
Replylulla, psicopata, assumiu-se como "Deus" no Brazil. Um outro louco como chavez. Só não falou nem na propina, na pressa de fazer o negócio, nem na carta de Sarkozy escrita por brasileiros num quarto anônimo de um Hotel em Brasilia, nem em ficar 40 minutos no aeroporto esperando pelo avião francês.
Só nos envergonha esse psicopata!
"Lula diz que decisão sobre compra de caças é política e do presidente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que a decisão sobre a compra dos 36 aviões de caças para a FAB (Força Aérea Brasileira) é política e estratégica e será tomada pelo presidente da República.
"A FAB tem o conhecimento tecnológico para fazer a avaliação [dos aviões]. E ela vai fazer e eu preciso que ela faça. Agora, a decisão é política e estratégica, e essa é do presidente da República e de ninguém mais", disse Lula em entrevista em Ipojuca (PE)."
(...)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/
ult96u622659.shtml
Coronel, comentaristas,
ReplyBoa tarde,
Li ha pouco que o apedeuta trouxe para si a decisao de escolha do Caca Projeto-FX.
Nao precisa pensar muito pra prever qual sera` o resultado, a partilha do butim ja` foi ate` feita.
Torna-se de dificil compreensao, como um oficial-general de qualquer forca, se submete a situacoes de saia-justa como esta.
Vasculhando lembrancas de situacoes em oficiais-generais tomaram posicao, defendendo principios assumidos veio-me:
- Costa e Silva, sou o mais antigo e serei o presidente.
- General Frota, enfrentou Geisel e entregou o cargo de Ministro.
- Brigadeiro Camarinha, ex-EMFA, na luta por melhores soldos.
- No governo FHC, houve um brigadeiro que entregou o cargo no episodio Ler-Jet, o nome nao recordo do nome, e nada ficou provado contra ele.
Enfim, militares que passaram e fizem hitoria.
Na caserna, existem militares e Militares, no inicio dos ano 70 conversando com um oficial reformado, comentou que carreira militar comeca no soldado e acaba no coronel, oficial-general e` cargo politico, nem todos bons, dignos, competentes e patriotas homens de farda chegam a general, mas quando saem vao de cabeca erguida, orgulhosos da boa luta lutada.
Acho que o nosso Brigadeiro Saito esta` deixando passar um cavalo arriado, pronto para ser montado e passar para historia, quem entende de aviao e` ele e nao o apedeuta, que porcamente e incompetentemente desgoverna o Brasil.
.50