Na sua carta de despedida da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger afirmou:
"Em muitos aspectos, nós somos o oposto um do outro, mas o presidente foi o meu grande aliado desde o meu primeiro dia no governo".
Saindo do governo voltar à Harvard, um dos templos do conhecimento, fica clara que uma das relações pretendidas é aquela entre o intelectual e o iletrado. Há que concordar com a sinceridade de Mangabeira Unger.
6 comentários
Coronel,
ReplyTambém penso que devemos concordar com a sinceridade do Mangabeira. Mas aqui entre nós, é um grande embromador e já vai tarde.
Se Harvard tem como representante gente deste tipo, então, realmente, a América perdeu o rumo.
ReplySe Harvard tem como representante gente deste tipo, então, realmente, a América perdeu o rumo.
ReplyCachaça com Bigode
ReplyBah!Agora ele tem a satisfação de ter sido MINISTRO.Não importa de que merda.Deveria ficar e fazer par
com tantos outros que existem aos montes por aí.
E hoje deve acontecer mais um daqueles acordos políticos,
moralmente espúrios,mas,pelo bem da conveniência política.
E é aviltante esperar por isso.
Nome Próprio
Coronel
ReplyEsse agente da CIA com voz de boiola vai embora? Que morra no caminho!
"Saiba o que Mangabeira Unger escreveu (e assinou) sobre Lula, em artigo para a Folha em 15/11/2005.
Roberto Mangabeira Unger
PÔR FIM AO GOVERNO LULA
ROBERTO MANGABEIRA UNGER
AFIRMO que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos.
Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente. As provas acumuladas de seu envolvimento em crimes de responsabilidade podem ainda não bastar para assegurar sua condenação em juízo. Já são, porém, mais do que suficientes para atender ao critério constitucional do impedimento. Desde o primeiro dia de seu mandato o presidente desrespeitou as instituições republicanas.
Imiscuiu-se, e deixou que seus mais próximos se imiscuíssem,em disputas e negócios privados. E comandou, com um olho fechado e outro aberto, um aparato político que trocou dinheiro por poder e poder por dinheiro e que depois tentou comprar, com a liberação de recursos orçamentários, apoio para interromper a investigação de seus abusos.
Afirmo que a aproximação do fim de seu mandato não é motivo para deixar de declarar o impedimento do presidente, dados a gravidade dos crimes de responsabilidade que ele cometeu e o perigo de que a repetição desses crimes contamine a eleição vindoura. Quem diz que só aos eleitores cabe julgar não compreende as premissas do presidencialismo e não leva a Constituição a sério.
Afirmo que descumpririam seu juramento constitucional e demonstrariam deslealdade para com a República os mandatários que, em nome de lealdade ao presidente, deixassem de exigir seu impedimento. No regime republicano a lealdade às leis se sobrepõe à lealdade aos homens.
Afirmo que o governo Lula fraudou a vontade dos brasileiros ao radicalizar o projeto que foi eleito para substituir, ameaçando a democracia com o veneno do cinismo. Ao transformar o Brasil no país continental em desenvolvimento que menos cresce, esse projeto impôs mediocridade aos que querem pujança.
Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou.
Afirmo que a oposição praticada pelo PSDB é impostura. Acumpliciados nos mesmos crimes e aderentes ao mesmo projeto, o PT e o PSDB são hoje as duas cabeças do mesmo monstro que sufoca o Brasil. As duas cabeças precisam ser esmagadas juntas.
Afirmo que as bases sociais do governo Lula são os rentistas, a quem se transferem os recursos pilhados do trabalho e da produção, e os desesperados, de quem se aproveitam, cruelmente, a subjugação econômica e a desinformação política. E que seu inimigo principal são as classes médias, de cuja capacidade para esclarecer a massa popular depende, mais do que nunca, o futuro da República.
Afirmo que a repetição perseverante dessas verdades em todo o país acabará por acender, nos corações dos brasileiros, uma chama que reduzirá a cinzas um sistema que hoje se julga intocável e perpétuo.
Afirmo que, nesse 15 de novembro, o dever de todos os cidadãos é negar o direito de presidir as comemorações da proclamação da República aos que corromperam e esvaziaram as instituições republicanas."
Olá,Filoxera!
ReplySabe, meu marido não gosta de comentar, mas adora ler os comentários! Ele me pediu que juntasse os votos dele aos seus votos ao indefectível Mangabeira...
Abçs