Quando a crise começou, parecia que era "apenas" dos EUA, mais exatamente do modelo de capitalismo americano, mais aberto, menos regulamentado. Governantes dos países da zona do euro e asiáticos, com seus modelos de maior intervenção estatal, apressaram-se em recriminar os colegas americanos. "Parece que os professores estão com alguns problemas", comentou o primeiro-ministro da China. "A era do laissez-faire acabou", decretaram os presidentes do Brasil, Lula, e da França, Nicolas Sarkozy. Ambos diziam que seus países estavam relativamente bem protegidos.Não era bem assim. A crise avançou, atingiu a todos e mostrou-se mais virulenta ainda fora dos EUA. Mesmo assim, todos continuaram a pôr a culpa no modelo americano, que teria contaminado os demais. É fácil fixar a culpa dos excessos financeiros de Wall Street e da falta de regulamentação pelo governo americano. Até Allan Greenspan acha que algo saiu muito errado com o sistema financeiro. Leia a íntegra.