No dia em que os jornais publicam que o Tesouro Nacional está fazendo uma dívida de R$ 100 bilhões para injetar dinheiro no BNDES, estamos publicando, em partes, a entrevista da semana da Revista Veja, com o economista Raul Velloso, de 63 anos, ex-secretário adjunto de Planejamento e Ph.D. pela Universidade Yale, nos Estados Unidos. Para Velloso, o custo da máquina pública no Brasil já passou da medida há muito tempo. Agora, segundo ele, a crise reduzirá a arrecadação de impostos, e o setor público terá de frear suas despesas na marra: "Durante muito tempo, os cidadãos engoliram pagar novos tributos para financiar os gastos. Isso acabou. Ao contrário da China, por exemplo, o Brasil vai ter de enfrentar ao mesmo tempo o déficit nas contas externas e a ameaça da inflação. Por isso não poderá aumentar os gastos para combater a desaceleração na economia".
2 comentários
O feudalismo e a sociedade hierarquizada não acabaram. Ao contrário, a arbitrariedade atual chega mesmo a superar aquela da idade média. Atualmente a idéia de justiça se perdeu completamente, nem as populações nem seus proprietários (sim os governantes são proprietários do rebanho social ou rebanho dos laicos, não iniciados. Por isso arbitram sobre o seu rebanho.
ReplyPagamos impostos não mais em troca de serviços e nem mesmo em troca de uma pretensa proteção. Atualmente já nem precisam ludibriar "o social" pois que fundam-se na estupidez ideológica de que o Estado/governo tem pleno direito sobre a população (o rebanho) devendo "cuidar do povo" coletivamente através do que, então, tem pleno direito de extrair dele para "cuidar da coletividade".
Algo como se cada indivíduo tivesse a obrigação (obriga-ação) natural de prover necessidades alheias, sendo então os governantes (MANDANTES) aquinhoados com o direito divino ou transcendental de arbitrar sobre os laicos (rebanho social) em nome do "bem coletivo". Ou seja, o cidaão nasce com a obrigação natural e os governantes e agregados são ungidos com o direito transcendental de IMPOR SUA VONTADE ao rebanho em nome do rebanho.
Tal idéia é a de que o mistico Estado é uma entidade superior, acima de todos e que transfere a seus intermediários e portavozes o seu direito sobre a plebe, sobre o rebanho social. Tal e qual a idéia de um deus dono da verdade e da luz, que acima da humanidade não pode ser contestado, sua vontade é a justiça (daí chamam o aparato judiciário de justiça), como se a justiça fosse a vontade do deus todo poderoso (é a idéia de que a justiça é a vontade do mais forte, e o místico e poderoso Estado é a força maior, e não o já transitório ocupante do cargo estatal ...hehehe! com essa astúcia JJ. Rousseau não contava!).
Enfim, a idéia é a de que cobrar impostos é um direito do Estado e, desta forma, usufruir dos impostos, locupletar-se nababescamente e realizar caprichos, segundo a hierarquia, é direito dos ocupantes de cargos no místico Estado: entidade superior a humanidade. Ou seja, o deus Estado aquinhoa seus intermediários com o direito que lhe é natural.
...hehehe!
...MUTATIS MUTANDIS, A MERDA É A MESMA.
Ainda somos místicos, primitivos, supersticiosos, irracionais e imbecilizados por idiotices que remontam a idéia tribal com morubixabas e unção de lideranças.
Compare-se com o feudalismo e teremos que a nova nobreza nada é senão os títulos dos cargos. Que aliás prestam vassalagem aos superiores em nome de manter a mesma ordem das coisas e persistirem EXPLORANDO OS SERVOS DE GLEBA, A PLEBE E ATÉ MESMO A BURGUESIA a quem já aceitam para que possam contribuir para a manutenção ideológica.
Plus ça change plus c'est la meme chose!
Abs
C. Mouro
Aqueles que vivem nababescamente atraves do Poder (e não do trabalho) constituem uma classe organizada e hierarquizada militante ideológicamente.
A questão dos impostos (roubo por parte de uma gigantesca quadrilha irresistivel em sua força) é muito antiga. É assunto que pertinente a ideologias que se criam para sustentar o Poder de uns sobre o resto, dos iniciados sobre os laicos ou rebanho social.
C. Mouro,
ReplyExcelente texto.
Senhores, apertem os cintos porque a turbulencia na economia vai aumentar bastante.