Da Folha, mostrando os níveis de incompetência, falta de credbilidade e má gestão estampados na atuação de Tarso Genro como ministro da Justiça:
O ministro Tarso Genro (Justiça) condenou ontem o que chamou de "espetacularização" da prisão de pessoas pela Operação Satiagraha e afirmou que isso causou um "problema técnico" para o inquérito, o que prejudicou o andamento das investigações."Essa investigação sobre quem vazou aquela Operação Satiagraha, porque vazou, expôs aquelas pessoas publicamente sem nenhum tipo de necessidade, o que causou inclusive um problema técnico para o inquérito. Eu sou contra qualquer tipo de espetacularização das investigações, sou contra a exposição pública das pessoas, porque as pessoas ainda não foram julgadas, e esta orientação da PF está funcionando de maneira eficaz. Houve uma exceção, a exceção da Satiagraha. E essa exceção prejudicou o andamento das investigações", afirmou ontem Tarso.A Operação Satiagraha prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. As prisões foram registradas pela Rede Globo e um inquérito investiga o vazamento das informações. O inquérito também investiga como as informações sobre a investigação chegaram ao conhecimento da Folha, que revelou a preparação da Satiagraha em abril.Depois, quando questionado mais uma vez sobre o prejuízo para as investigações da Satiagraha, Tarso disse que não haverá, já que a nova equipe que comanda a operação seria totalmente técnica e que "todos os elementos probatórios que estão sendo construídos agora estão livres de qualquer eventual vício que tenha ocorrido na coleta de provas anterior".Também disse que "não tem idéia" do que deverá ser incluído como "informações obtidas de forma legal" nesse relatório.Em entrevista em julho à Folha, o ministro havia dito que os equívocos da operação, em referência à espetacularização, não iriam comprometê-la, pois a "investigação foi muito bem-feita e as provas são robustas".À época, ele afirmou ainda: "Protógenes fez um trabalho brilhante de natureza técnica, independentemente de ter cometido equívoco ou não".A Folha tentou localizar novamente o ministro após a entrevista de ontem. Por meio de sua assessoria, Tarso informou que as declarações que ele havia dado em entrevista à Folha ocorreram há algum tempo e que agora começaram a aparecer mais informações às quais ele não tinha acesso à época.Tarso não quis dar ontem detalhes sobre o inquérito que investiga Dantas, mas ressaltou que "um [inquérito] já está em andamento na Justiça, outro deverá estar em andamento imediatamente na Justiça, e outros ainda virão".Sobre o material apreendido pela PF para apurar vazamentos de informações da operação, ele afirmou que todos os documentos só serão abertos na presença de representantes da Abin. A afirmação de Tarso foi dada depois de o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Jorge Felix, manifestar formalmente preocupação com as apreensões feitas pela PF. Entre os documentos há informações estratégicas usadas em relatórios confidenciais destinados à Presidência."Eu recebi pedido do ministro Felix, ele tem toda a razão dizendo que podem estar nas mãos da PF documentos que não são relacionados com o inquérito", disse Tarso.
8 comentários
Bom dia, Coronel !
ReplyColuna CH
12/11/2008 | 00:00
Grampo-móvel?
Consta que o veículo operacional da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que a PF apreendeu, impressiona pela parafernália eletrônica.
Seria uma viatura técnica ou um batmóvel táxi do SNI ?
Fonte: OESP 12/11
Reply- "Na rumorosa operação policial houve participação INDÉBITA da Abin, VERDADEIRO SUCEDÂNEO do extinto SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES (SNI)" apontam os criminalistas Nélio Roberto Seidl e Ilana Müller, criminalistas que compõem o núcleo de defesa do banqueiro (Daniel Dantas);
- 84 agentes da Abin foram recrutados por Protógenes;
- A Abin chegou a negar, em NOTA OFICIAL, que seu pessoal tivesse participado da operação.
Dá, preliminarmente, Coronel, para acreditar num órgão desses, como o SNI, que oficialmente nega a prática de ilegalidades e acoberta ACOBERTA CRIMES FUNCIONAIS ?
Didi, Dedé, Mussum, Zacarias e... Tanso.
ReplyO bando de terroristas que comandam a PF /ABIN não tem a mínima noção de como justificar tanta incompetência. Dentre as diversas m... ditas pelo sinistro Beria destaco:
Reply"(...) a nova equipe que comanda a operação seria totalmente técnica (...)"
Isso significa que a equipe anterior não era técnica, correto? Então, que raios de tipo era? Política?
Da preocupação do Jorge Félix: "Entre os documentos há informações estratégicas usadas em relatórios confidenciais destinados à Presidência.
Que história é essa? Como é que numa investigação iminentemente policial há "informações estratégicas destinadas à presidência"?
Aaaahhhh ... sim... claro! Só pode ser: a presidência está envolvida nos possíveis crimes.
Por falar em ABIN... PF.... ninguém comentou:
ReplyO Cláudio Humberto perguntou para quê a Casa Civil tem CINCO MALETAS PARA GRAMPO.
Uma situação muito grave e com repercussões sérias, Coronel.
ReplyCorreio Braziliense 12/11
Os apuros de Lacerda
Diretor afastado da Abin corre risco de ser um dos acusados no inquérito que apura vazamentos da investigação do caso Daniel Dantas. O Palácio do Planalto está preocupado com essa possibilidade
Edson Luiz e Gustavo Krieger
Da Equipe do Correio
A Polícia Federal pode acusar o delegado Paulo Lacerda, diretor afastado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ao fim do inquérito que investiga irregularidades na Operação Satiagraha, que investigou o banqueiro Daniel Dantas. Lacerda cedeu agentes da Abin para ajudar o delegado Protógenes Queiroz, que comandou a ação policial. A PF considera ilegal o envolvimento dos arapongas e pode dizer que Lacerda cometeu usurpação da função pública.
A possibilidade de citação do nome de Lacerda preocupa o Palácio do Planalto. O delegado comandou a Polícia Federal durante todo o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tornou-se uma espécie de símbolo. Tanto da corporação quanto das ações anticorrupção do governo. A cada vez que a oposição dizia que havia escândalos demais em sua administração, o presidente respondia que a diferença era a independência da PF. Lacerda personificou essas ações. A avaliação do governo é que será muito ruim se ele acabar responsabilizado num inquérito policial.
Além disso, Lacerda é um dos homens que mais conhece os bastidores do governo. É um banco de dados sobre assuntos potencialmente comprometedores. O Planalto não quer vê-lo no olho de um furacão político.
O inquérito mais próximo de citar o diretor da Abin é o que investiga o vazamento de informações sobre a Satiagraha. Relatórios feitos pela Corregedoria-Geral da PF em Brasília confirmam que os arapongas a serviço de Protógenes tiveram acesso a elementos da investigação, inclusive ao Guardião, o equipamento de escutas e rastreamentos telefônicos.
O indiciamento de Lacerda é pouco provável, já que não há indicações de que tenha envolvimento na divulgação das escutas e este inquérito é específico. Mas a simples menção de que ele teria cometido usurpação de função pode ser suficiente para impedir que ele retorne ao comando da Abin.
Lula disse a interlocutores próximos que não pretende tomar nenhuma decisão a respeito do destino de Lacerda antes da conclusão dos inquéritos da PF. Ele está dividido. De um lado, diz ter uma dívida de gratidão com o delegado, pelos serviços prestados no primeiro mandato. De outro, ficou muito irritado ao saber que ele autorizou, sem informar o Planalto, o envolvimento de arapongas numa ação da PF. “O presidente não quer demitir Lacerda, mas gostaria que ele pedisse para sair”, diz uma fonte do Planalto.
Lacerda nunca negou que tenha autorizado a participação dos agentes de inteligência na Operação Satiagraha, por solicitação de Protógenes. Investigadores que atuam no inquérito sobre o vazamento dizem que 72 arapongas de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal teriam sido utilizados na ação policial, mas admitem que esse número pode chegar a 100, contando as diversas fases da operação, enquanto que o total de policiais federais não passou de 24. Em depoimentos prestados à Corregedoria da PF, delegados e agentes afirmaram que os espiões faziam trabalho interno e também externo, como o de coleta de imagens de alvos suspeitos.
Auxílio
Em depoimentos prestados à PF, o diretor de Contra-Inteligência da Abin, Paulo Maurício Pinto, também afastado do cargo, afirmou que a cessão de agentes da corporação para auxiliar na Satiagraha, não modificou a rotina da agência. Ele explicou que as solicitações foram feitas de várias formas, inclusive verbais. Paulo Lacerda não foi encontrado para comentar a informação da PF. Porém, técnicos da Abin disseram que os arapongas fizeram trabalho de inteligência e não atuaram em ações policiais, o que descartaria a acusação de usurpação das funções públicas.
"Das mentiras constatadas", Coronel, que vexame !
ReplyPF: depoimentos de agentes têm contradições
Autor(es): Soraya Aggege
O Globo - 12/11/2008
CRISE INSTITUCIONAL: Declarações de arapongas divergem até em relação ao material usado para investigar Dantas
Relatório sobre vazamento de informações na Operação Satiagraha tem capítulo intitulado "Das mentiras constatadas"
A Polícia Federal já constatou diversas contradições nos depoimentos de funcionários da Abin no inquérito que apura o vazamento de informações na Operação Satiagraha, apelidado "Operação G". "Das mentiras constatadas" é o título do capítulo do relatório que a PF entregou à Justiça semana passada, mostrando incoerências entre arapongas e com relação aos agentes da PF investigados com o delegado Protógenes Queiroz, afastado da Satiagraha.
Enquanto o diretor do Departamento de Contra-Inteligência da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto, declarou que não houve designação de equipe específica, mas "apenas um apoio à PF", e que todos os pedidos foram formais, sem relatórios, o coordenador de Operações de Contra-Espionagem da agência, José Ribamar Reis Guimarães, declarou que houve mobilização de dezenas de agentes, de vários estados.
Guimarães disse que foram selecionados oito servidores para São Paulo, para "trabalhar na rua", em levantamentos de campo. Depois, citou cerca de 30 agentes que teriam atuado em São Paulo. Ele teria levado uma planilha com a designação dos agentes para a PF. Ainda segundo Guimarães, também foi mobilizado o escritório da Abin no Rio e designados seis agentes do Ceará, três de Brasília, seis de Minas, quatro de Goiás, um do Pará, um da Bahia, além de dois de São Paulo enviados ao Rio.
Já o chefe de Operações Superintendência estadual da Abin no Rio, Vicente Ernani Filho, afirmou à PF que houve designação de equipes exclusivas para a PF, e que os agentes receberam 13 telefones Nextel e uma máquina fotográfica da PF. Outros agentes ouvidos descrevem o recebimento de mais equipamentos.
Protógenes disse que caso era de espionagem internacional
O diretor de Operações de Inteligência da Abin, Thelio Braun D"Azevedo, disse que recebeu determinação superior para indicar quatro agentes que iriam cumprir uma missão especial. Teriam sido escolhidos "Nagib, Lúcio, Luiz e Márcio Seltz". D"Azevedo disse que não sabia que os escolhidos trabalhariam para a PF. Um dos designados, Lúcio, procurou-o 20 dias depois, dizendo-se preocupado com a missão e pediu para ser desligado, o que aconteceu.
Já o oficial de inteligência da Abin Lúcio Fábio Godoy de Sá disse que Protógenes explicou que o caso envolvia "espionagem internacional", daí a participação da Abin. Ele disse à PF ter ouvido do delegado que o filho do presidente Lula teria sido cooptado por essa organização. E ainda que o espião israelense Avene Shemesh teria sido contratado pela organização, o que aumentaria a necessidade de a Abin entrar no caso.
Coronel
ReplyA Justiça está no brejo e todos sabemos de inúmeros exemplos. Agora vai ficar na merda! Isso mesmo! Leu bem. M-E-R-D-A. Os impossíveis acontecem! Vem no CH.
"12/11/2008 | 00:00
Sig ministro
O preferido do presidente Lula na eventual substituição do ministro Tarso Genro (Justiça) é o advogado e ex-deputado Sigmaringa Seixas, seu amigo do peito, que tem livre-trânsito no governo e na oposição."