O delegado Paulo Lacerda teve seu afastamento da direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) renovado por mais 60 dias. Despacho cifrado publicado na edição de ontem do Diário Oficial manteve o "exílio" do delegado e traduziu o desconforto do Palácio do Planalto com a extensão da participação de arapongas na operação da Polícia Federal que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas, no dia 9 de julho.A publicação da portaria coincide com a apreensão, pela PF, de documentos, laptop, rádio e celular do delegado Protógenes Queiroz, no hotel onde estava em São Paulo. Houve blitze também em outros dois endereços do delegado, em Brasília e no Rio - onde mora seu filho Felipe, de 22 anos. Também nesses locais foram recolhidos pertences e equipamentos do delegado, alvo de inquérito que investiga vazamento de informações sigilosas da Operação Satiagraha, da qual foi o executor. Leia mais aqui.
4 comentários
Coronel
ReplyFérias forçadas pagas pela tetas Viuva! Mas também como a ABIN já está oficialmente totalmente infiltrada pelos cubanos e venezuelanos para protegerem o cachaceiro juntamente com os brasileiros, tudo continua funcionando com ou sem Lacerda!
Bom dia, Coronel. O GLOBO de hoje, 07/11, acrescenta mais detalhes. Será que outros supostos crimes praticados no GSI SNI virão à tona. É aguardar.
Reply"Na apuração do vazamento de informações da Operação Satiagraha,
além de investigar o delegado Protógenes Queiroz, a Polícia Federal
apreendeu documentos e computadores em escritórios da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin). A medida acirrou a crise interna da
PF e entre as duas instituições. O Supremo manteve o habeas corpus que
libertou o banqueiro Daniel Dantas, numa sessão marcada por críticas
ao juiz do caso.
As buscas realizadas por policiais federais que investigam vazamento de
informações da Operação Satiagraha não se limitaram a endereços
do delegado Protógenes Queiroz e de outros policiais vinculados à
primeira fase da apuração dos supostos crimes do banqueiro Daniel
Dantas. Numa ação sem precedentes em inquéritos sobre vazamentos,
policiais da Corregedoria-Geral apreenderam computadores e documentos
na sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e em
escritórios da instituição em São Paulo e no Rio. A busca acirrou a
crise interna na PF e na Abin."
Coronel, gsi sni pelo visto anda mal, muito mal... é preciso ter sappiência...busca, é o fim da picada para o sni.
ReplyAs buscas realizadas por policiais federais que investigam vazamento de informações da Operação Satiagraha não se limitaram a endereços do delegado Protógenes Queiroz e de outros policiais vinculados à primeira fase da apuração dos supostos crimes do banqueiro Daniel Dantas. Numa ação sem precedentes em inquéritos sobre vazamentos, policiais da Corregedoria-Geral apreenderam computadores e documentos na sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e em escritórios da instituição em São Paulo e no Rio. A busca acirrou a crise interna na PF e na Abin.
- É uma coisa totalitária. Eu nunca vi isso. A Abin é um órgão público. Basta requisitar os computadores e a agência teria que entregar - protestou o presidente da Associação dos Servidores da Abin (Asbin), Nery Kluwe.
Cinco policiais foram à sede da Abin na quarta-feira de manhã e, com uma ordem expedida pelo juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal de São Paulo, apreenderam o computador usado pelo analista de inteligência Délio Brown, da Diretoria de Operações. Os policiais fizeram buscas nas residências de Délio e de um outro analista, que também participou da Satiagraha. Numa das casas, os policiais levaram até equipamentos que pertenciam à mulher de um dos analistas, uma médica. Mais de 50 agentes da Abin participaram da equipe de Protógenes na primeira etapa da Satiagraha. Protógenes e mais sete policiais envolvidos na operação tiveram computadores, documentos e telefones apreendidos.
A situação na Abin é tensa desde o afastamento do diretor Paulo Lacerda, há dois meses. Segundo Kluwe, a perplexidade é geral com a medida da polícia e com a indefinição sobre o comando da Abin, que está parada e aguardando o desfecho do inquérito sobre o grampo nos telefones do presidente do STF, Gilmar Mendes.
O clima também é de revolta em setores da PF contra a ação comandada pelo delegado Amaro Lucena, da Corregedoria. O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Sandro Torres, classificou-a de "preocupante". Para Torres, é preciso checar se houve ofensa às prerrogativas de Protógenes e se a ação terá repercussão negativa sobre a investigação:
- Minha preocupação é porque envolve um delegado num momento delicado de uma outra investigação muito maior (a Satiagraha).
Data venia, Coronel, pelo andar da carruagem, a prorrogação será ad aeternum para aqueles.
ReplyVamos aguardar. E conferir.