BrOi: pelegos nem aí para fim de empregos.

Com informações da Reuters:

Os "pelegos" das duas federações de trabalhadores da área de telecomunicações, ainda que em lados políticos diferentes, pressionam apenas de leve as operadoras Oi e Brasil Telecom, sobre o fim de milhares de postos de trabalho dessas companhias caso a fusão entre elas aconteça.Em jogo está um contingente de 28 mil trabalhadores em uma operação que será quase nacional, já que, juntas, as operadoras atuam em todo o Brasil na telefonia móvel, mas na fixa ficam fora apenas do Estado de São Paulo, pelo menos por enquanto.O acordo para que a Oi assuma o controle da Brasil Telecom foi anunciado em 25 de abril, mas a transação ainda depende de uma mudança no atual Plano Geral de Outorgas (PGO), que hoje veta a união entre duas concessionárias, assim como aval dos órgãos reguladores Anatel e Cade.No dia do anúncio, o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, informou aos jornalistas que a empresa se comprometeria a manter o número de postos de trabalho por um período de três anos. O compromisso, no entanto, é considerado "insuficiente" pelo secretário geral da Fittel (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações), João de Moura Neto. Para ele, a Oi deve garantir em contrato não só o total de postos de trabalho, como a qualidade dos empregos, a redução das tarifas e a qualidade dos serviços prestados à população."A banda larga do Brasil hoje é uma das piores do mundo, a telefonia fixa está estagnada e a telefonia móvel tem qualidade ruim e preço alto", afirmou o sindicalista, em entrevista à Reuters. Segundo ele, a federação é favorável à união entre Oi e Brasil Telecom, mesma opinião da Fenattel (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas), de onde a Fittel saiu em 1987 em uma espécie de dissidência. A Fittel, entretanto, defende que o Ministério Público investigue a operação, postura criticada pela Fenattel.Segundo Moura, a federação "recomendou" aos sindicatos filiados que discutam o assunto em suas bases. Um deles, entretanto, no Rio Grande do Sul, decidiu entrar com uma representação junto ao Ministério Público Federal, algo defendido pela Fittel."Queremos que a transação seja investigada, se não tiver nada de errado, tudo bem, não tem nada de mais", disse Moura. Uma fonte ligada à Fenattel, entretanto, considerou "precipitação" a postura do sindicato de ir à Justiça.Essa federação defende que os pontos sociais do acordo sejam tratados em um diálogo com a Oi. Segundo a fonte, sindicatos de todo o Brasil irão se reunir com a operadora em outubro para tratar dos impactos da fusão.Em uma nota à imprensa, a Fenattel se diz favorável ao acordo, mas salienta o que considera o conjunto de cláusulas sociais "como condição essencial para o desfecho positivo desse processo", segundo a nota.Entre essas cláusulas, a Fenattel cita a garantia de emprego aos trabalhadores das duas empresas, o respeito aos acordos coletivos de trabalho em vigor, a garantia da não precarização dos contratos com as prestadoras de serviços, a obediência a cláusulas de contratos atípicos de aposentados e a discussão prévia sobre os planos dos fundos de pensão. A Fittel, no entanto, quer uma discussão mais ampla. "Queremos saber se os minoritários não serão prejudicados, se a competição vai ser preservada, se os rincões desse país terão acesso ao serviço", citou Moura. Na quinta-feira, o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, afirmou à Reuters em Portugal que a aprovação do novo PGO pelo conselho diretor da agência deve sair em três a quatro semanas.

2 comentários

E o Mascate louco por dinheiro ja está planejando promover um "evento" pra faturar em cima de mais essa escrescencia. É daqueles eventos que ele cobra dos parcipantes, enche o rabo de grana, e não serve para coisa alguma.

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Coronel, mais uma da nossa diplomacia:

Fracassa última tentativa de salvar Rodada Doha
20/09 - Agência Estado

Fracassou a última tentativa dos negociadores de salvar a Rodada Doha. Neste sábado, os sete principais atores das negociações chegaram à conclusão de que não há como seguir debatendo.

Nenhuma nova reunião está sendo pensada, ainda que o chanceler Celso Amorim tenha programado um encontro com a representante de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab, para os próximos dias, em Nova York.

Brasil, Índia, EUA, Europa, Austrália, China e Japão exploraram formas de solucionar o impasse na questão envolvendo a importação de alimentos por parte de países emergentes, como Índia, Indonésia ou China. Para os americanos, interessados nesses mercados, o possível estabelecimento de barreiras não era aceitável se significasse uma redução do mercado. Em julho, o processo fracassou exatamente por causa desse ponto.

"Não conseguimos avançar e não há nenhuma previsão de como podemos fazer isso", disse o embaixador do Brasil nas negociações, Roberto Azevedo. A idéia dos governos era a de tentar desbloquear o processo para que uma nova reunião ministerial possa ser convocada. Enquanto isso, Amorim debaterá com Schwab qual a real possibilidade de um acordo parcial ainda neste ano.

Diante do novo fracasso, o cenário mais provável é o de que qualquer definição fique para 2009, quando um novo governo assume o poder nos Estados Unidos.

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