"Sem-terrinha": para eles, outro mundo é impossível.

O governo Lula vem impondo às universidades federais a abertura de cursos especiais para os sem-terra do MST. Para eles, não existem cotas raciais. Existe exclusividade. E ainda indicam os professores e montam a grade curricular. Formam veterinários "sem-terra". Formam pedagogos "sem terra". Formam agrônomos "sem-terra". Sem contar as turmas inteiras de médicos que estão sendo formados ilegalmente em Cuba. O objetivo é um só: manter o "sem-terrismo"que, na verdade, é uma espécie de guerrilha no campo, colocada a serviço do socialismo, da tomada do poder, do fim da propriedade privada.

Tudo começa nas escolas para os "sem-terrinha", que seguem a própria pedagogia, que proíbe o uso da palavra bombom, porque as crianças ali não estão acostumadas com isso. As palavras para ensinar o alfabeto são decididas pelos líderes, com precisão cirúrgica: "A" de assentamento, "B"de...

Abaixo, alguns trechos de uma matéria publicada pela Caros Amigos, sob medida e sob encomenda, onde é feita a apologia, nas entrelinhas, de que a educação dos "sem-terrinha"deve continuar sendo especial na vida adulta. Para eles, "um outro mundo não é possível".

Com algumas tímidas palavras nos apresentamos, e por sermos da Caros Amigos fomos abençoados. "Se vocês fossem de outro jornal, expulsaríamos vocês! Os repórteres costumam entrar sem ser convidados, ficam cinco minutos, depois massacram a gente!" - Frei Laodino, "educador", Assentamento Arroio dos Ratos.

"O aluno chega em um lugar diferente onde não conhece ninguém, e já é discriminado só pelo fato de ser do campo, imagine então sendo sem-terra! Para fazer amigos, ele ignora seus valores e incorpora uma outra cultura. Os valores que a gente levou anos para plantar na cabeça deles, a mídia tira em segundos". - Juarez Cornelli, "educador", Assentamento Ramada.

"Quem convive, ainda que por um breve período, com essas crianças não consegue não se apaixonar. São doces, conversam de igual para igual, têm consciência crítica, opinião, mas ainda assim são crianças. Sem "Walt Disney", sem a erotização precoce, a sede de consumo, a malemolência dos videogames ou os "midiotóxicos globais" aos quais as crias urbanas são submetidas". - Andréa Dipp, estudante de jornalismo, autora da matéria na Caros Amigos.