Vida longa à crise.

"A crise que envolve o Senado pode ir até 2008, se isso continuar", afirma o senador Renato Casagrande, líder do PSB no Senado, sobre as manobras de Arthur Virgílio, líder do PSDB, para prorrogar ao máximo a votação da cassação de Renan Calheiros, evitando o uso da mesma pela base governista para aprovar a CPMF.

A frase apenas comprova que os senadores vivem num mundo à parte, completamente dissociados dos seus eleitores, da opinião pública e da sociedade. Acreditam que basta que façam os seus conchavos, arreglos e "por debaixo dos panos" para que tudo se resolva.

Estão enganados, o povo brasileiro não tem a mínima pressa de ver a crise do Senado resolvida. A crise é pedagógica, escancara a verdade, permite que o povo possa avaliar a qualidade, a honestidade e a responsabilidade dos políticos que elegeu.

Ao sangrar, o Senado está prestando um serviço da mais alta relevância pública: mostrar-se exatamente como é, nu em pelo como a moça que começou tudo isso.