Em editorial intitulado "Irresponsabilidade como método", o Estadão, um dos maiores jornais do Brasil, pede o impeachment de Dilma, por maquiar sistematicamente as contas públicas do país. Publicamos a seguir na íntegra.
A petista Dilma Rousseff não pode mais permanecer na
Presidência da República pela simples razão de que adotou a
irresponsabilidade como método de governo. Sua administração violou de
forma sistemática e deliberada as leis referentes à gestão das contas
públicas, mas não o fez porque foi obrigada por circunstâncias adversas e
passageiras, como costumam alegar Lula, Dilma e a tigrada, e sim em
razão de certezas ideológicas da petista, derivadas de uma visão
deletéria do papel do Estado.
Ao longo do primeiro mandato
de Dilma, mesmo diante de insistentes alertas de técnicos do governo
segundo os quais tal conduta estava comprometendo a capacidade do Estado
de honrar seus compromissos, a equipe econômica da petista – por ordem
expressa dela – continuou a cavoucar o erário para dele extrair os
recursos necessários para manter as políticas populistas do PT, enquanto
maquiava as contas para enganar o País a respeito do estado putrefato
das finanças nacionais.
Se ainda havia alguma dúvida a respeito
dessa irresponsabilidade, mesmo diante das contundentes conclusões do
Tribunal de Contas da União (TCU), um documento sigiloso produzido por
técnicos do Tesouro Nacional em julho de 2013, revelado agora pelo
jornal Valor, comprova de uma vez por todas
que o governo sabia perfeitamente dos riscos que assumiu ao recorrer às
mutretas fiscais para sustentar a malfadada “nova matriz macroeconômica”
– um delírio estatista nascido das convicções de Dilma.
O relatório dizia que, a se manter aquela
política inconsequente, o Brasil perderia o grau de investimento em até
dois anos e teria um passivo de R$ 41 bilhões em razão das “pedaladas”
no pagamento de diversos subsídios. Afirmava também que a chamada
“contabilidade criativa” – conjunto de truques para simular superávit em
contas que apresentavam déficit – minava a credibilidade da política
fiscal.
Esse estudo foi apresentado ao secretário do Tesouro, Arno
Augustin, em novembro de 2013. Na época, já estava claro que a “nova
matriz” fazia água por todos os lados – a inflação subia mesmo com a
contenção dos preços administrados, as despesas do governo cresciam mais
do que a arrecadação e as desonerações já atingiam R$ 70 bilhões.
Com
esse cenário, informa a reportagem, os técnicos alertaram que a situação
fiscal se tornaria em breve insustentável e que a meta de superávit
primário daquele ano, de 2,3% do PIB, não seria atingida. O secretário
reagiu. Disse que aquela reunião tinha o objetivo de acabar com o
“motim” dos técnicos contra a política econômica – que, segundo
Augustin, era fundamental para manter o crescimento do País. Ademais,
afirmou ele, somente quem havia sido eleito – Dilma Rousseff – tinha a
prerrogativa de ditar a política econômica. Aos técnicos, portanto,
cabia somente acatá-la. Qualquer forma de crítica era considerada uma
sabotagem.
Ao longo de 2014, em razão da campanha eleitoral, o controle
de informações e decisões no Tesouro e na Fazenda, do ministro Guido
Mantega, ficou ainda mais rígido. Naquele ano, as “pedaladas” já haviam
inflado os resultados fiscais em quase 300% – tudo para que Dilma
pudesse garantir, no palanque, que o País estava com as contas em ordem e
pronto para dar um formidável salto a partir de sua reeleição. “O
Brasil vai bombar em 2015”, chegou a declarar a presidente, acusando os
adversários de “alarmismo”.
Naquela oportunidade, como agora ficou claro, Dilma já sabia
qual era o tamanho do desastre que estava por vir e mentiu
deliberadamente para se eleger. Portanto, que as aparências não enganem.
Arno Augustin pensava e agia conforme suas convicções, mas todas as
suas atitudes resultaram de ordens diretas de Dilma, de quem o
secretário era apenas um “soldado”, um “cumpridor de tarefas”, na
definição de alguns dos entrevistados pelo Valor.
Arno cometeu vários delitos, mas o principal foi não ter contrariado a
chefe – esta sim, inteiramente responsável por todas e cada uma das
medidas que resultaram no flagelo fiscal que o Brasil enfrenta hoje.
12 comentários
Mais um prego no caixão do governo da organização criminosa.
ReplyTudo isto, e mais a extinção do PT.
ReplyAí o Brasil tem chance de retomar o caminho de se tornar Nação civilizada.
Se a imprensa não tivesse se vendido à organização criminosa construída pelos petistas, a realidade do País seria bem diversa do caos em que hoje estamos mergulhados.
Em outros paises bastaria um fato criminoso para o impeachment do Presidente. Para mim, a autorizacao para a compra de uma refinaria ultrapassada, enferrujada e superfaturada , Pasadena, ja bastaria para o impeachment. Afinal, a Presidente era a Presidente do Conselho da Petrobras , e autorizou a pessima compra em tempo recorde. So isto basta !!!
ReplyPor favor, assinem e passem adiante esta petição que está no citizengo:
Reply"Chega de ativismo judicial!
Ao Sr. Ministro Edson Fachin,
Escrevo esta mensagem para exigir que o STF deixe de se intrometer nas atribuições do Legislativo.
As notícias de ontem e de hoje a respeito das decisões do Sr. Fachin não representam de modo algum a vontade da maioria dos brasileiros, além de serem uma clara afronta às atribuições do poder legislativo. ...":
http://www.citizengo.org/pt-pt/pc/node%3Anid%5D-diga-nao-interferencia-do-judiciario-no-legislativo?m=5&tcid=18301937
Quando o Arno falou manda quem tem votos algum de vocês tem votos.Já confessava que recebia ordens de Dilma.
ReplyO Brasil não pode ficar parado até 2018. Se Dilma tem um pingo de amor pelo Brasil, deve renunciar e assim manter a sua dignidade.
ReplyIrresponsabilidade não é apenas o método dela, está na natureza dela ser pródiga ( o mesmo que irresponsável), rasgando dinheiro desde a infância.
ReplyA população compreende exatamente o que significa roubar ou furtar, e sabe distinguir, mesmo sem profundidade técnica, o esforço que se faz para implicar a Dilma em um crime mal tipificado, chamado por um apelido.
ReplyCadeia pra ela e sua trupe, pois o povo agora está pagando com preços alto, desemprego e empobrecimento.
ReplyIrresponsável!
É!? demorou. Aliás, vamos combinar, só agora viram isto? Só agora um editorial ¨narrando¨ a merda toda que vem acontecendo há milênios. A sorte da mídia traíra e comprada (e dos bandidos, e dos corruptos, e do PT, e da Dilma, etc) é que os bananeiros esquecem tudo que é importante e relevante e tudo acaba em carnaval mesmo.
Replyassino , estao blindando, engavetando.... ela maquiou as contas mentiu na campanha, com isto destruiu o pais
ReplyO Estadão é parte da falcatrua do PSDB.
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