Corte na conta de luz inventado por Dilma destrói setor elétrico.

Em pouco mais de um ano, o setor elétrico saiu de um quadro de estabilidade para desequilíbrio. Entre indenizações pela renovação das concessões e prejuízos com a falta de chuvas, a conta do setor já soma R$ 32,4 bilhões. Pior: se for considerada a perda de valor das companhias na Bolsa de Valores a conta já supera R$ 60 bilhões e pode aumentar ainda mais, dependendo do humor de São Pedro nas próximas semanas. Em algum momento, essa crise poderá pesar no bolso do consumidor.

Na avaliação de especialistas, a origem do problema se deve à intempestividade do governo na renovação das concessões de geração e transmissão, que venceriam em 2015. Crente de que todas as empresas aceitariam a proposta, a presidente Dilma prometeu, em rede nacional, que a conta de luz cairia 20% a partir de 2012. A equação era baseada no fato de que os contratos, que respondiam por 22% da geração do País, seriam renovados a preços módicos.

"Como algumas empresas (Cesp, Cemig e Copel) não aceitaram, as distribuidoras ficaram sem contrato de fornecimento de energia para honrar 100% de seu mercado", explicou o professor do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica da UFRJ, Nivalde Castro. Uma das bases do modelo começou a cair, já que a regra de que as distribuidoras teriam de estar 100% contratadas, com fornecimento garantido, foi quebrada.

Para piorar a situação, a falta de chuvas deteriorou o nível dos reservatórios das hidrelétricas, elevou o preço no mercado à vista (a R$ 822 o MWh) e obrigou o governo a pôr todas as térmicas caras – usadas apenas em emergências – em operação.

O uso das usinas, aliado à falta de contratos das distribuidoras, que tem obrigado as empresas a comprar energia ao custo atual, provocaram um rombo de R$ 11,4 bilhões, que pode chegar a R$ 25,6 bilhões até dezembro. Em 2013, o Tesouro financiou o prejuízo das distribuidoras, que vão cobrar o valor dos consumidores em cinco anos.

Neste ano, o governo definiu apenas uma solução para janeiro. Na sexta-feira, publicou decreto autorizando que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) pague pela descontratação das distribuidoras, mas não mencionou se vai incluir na conta os gastos com as térmicas. Ou seja: não está descartado o repasse dos valores para os consumidores.

Contas. A conta para bancar os 20% de redução nas tarifas é salgada. Além do rombo das distribuidoras, o governo gastou R$ 21 bilhões para indenizar ativos não amortizados. O valor foi retirado de fundos setoriais formados com o dinheiro dos consumidores. O governo vai pagar ainda cerca de R$ 10 bilhões em indenizações por investimentos das transmissoras feitos antes de 2000.

A proposta de renovação revelou-se bastante impopular entre investidores. O valor de mercado das empresas do setor despencou R$ 28 bilhões desde setembro de 2012, aponta a consultoria Economática. A Eletrobrás caiu 75% e perdeu R$ 23,2 bilhões. "Acabaram com a empresa", diz o presidente do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), Roberto Pereira D’Araujo. Segundo ele, as estatais precisam submeter decisões à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Hoje, elas não têm mais orçamento. Recebem só pela operação e manutenção.

Com isso, o risco hidrológico vai ficar com o consumidor, por meio do sistema de bandeiras tarifárias, afirma Walter Froes, presidente da CMO Comercializadora. Pelas regras, se o nível dos reservatórios cair, o preço sobe. Se chover e o armazenamento melhorar, cai. "O modelo tem seus méritos. O problema é que, numa canetada, um monte de coisa mudou." (Estadão)

8 comentários

Brasileiros,

Imaginem um burro bem grande, enorme, gigantesco, e multiplica por mil o tamanho desse burro. Pronto esse o tamanho da nossa presidenta.

O que essa presidenta fez, é inaceitável, só faz as coisas pensando na reeleição, e na base da caneta, trabalhar que é bom nada. É uma verdadeira vagabunda.

Reply

Engraçado, tudo quanto é de prolema neste país é preço.
Se o custo da luz aqui é quase 5X mais que nos EEUU, é o preço.
Os "especialistas" então adoram culpar o preço.
Competência não conta.
Só o preço.
Aumenta que resolve tudo.
Oh país onde impera a incompetência.
A mentira idem. Pior, com "especialistas" vomitando besteira.
Não tem problema. Aumenta o preço.

Reply

Pior que o prejuízo atual, é o prejuízo futuro. Dilma escolheu o pior momento da história para tirar as verbas do setor de energia. O mundo inteiro está se modernizando nesse setor para se tornar mais competitivo. Dilma nos condenou a mediocridade e destruiu nossa esperança de um futuro melhor.

Reply

Retrato do desastre anunciado. Essa é a cara do PT e seus incompetentes amestrados. Fora pt!

Reply

Coronel,

Esta é uma grande lição de como criar um problema que não existe!!

JulioK

Reply

Eu juro que nunca ouvi ninguém do governo passado atribuir incompetencia ao período anterior gritando FHC tem "Ministro do Apagâo". Queriam que eu acreditasse .
E agora, José !.

Reply

Importante ressaltar que a questão da falta de chuva foi sempre apontada e alertada como um fato que teria grande possibilidade de acontecer, e isso desde meados de 2012.
Porém, o governo insistiu também em "canetar"os despachos de energia, privilegiando as fontes hídricas em relação às térmicas, para garantir que o preço da energia não subisse muito na época das eleições de 2012, além de ter mantido esta mesma tática durante o ano de 2013, por conta dos fortes protestos, já que o aumento do preço da energia, poderia causar maior impacto nos movimentos.

Agora, teremos que pagar a conta pelos desmandos, pela falta de competência, e o pior, pelo uso político de uma área estratégica como é a Energia.
Isso é PT. Esse é o resultado de um País governado por uma pessoa que sofre de dislexia até mesmo em seus discursos…

Reply

Preocupante a situação do Pais. Crise energética anunciada com soluções totalmente esdruxulas que atentam contra o desenvolvimento econômico. Pergunto qual o modelo de desenvolvimento seguido pelo brasil?. Como sair do patamar de crescimento de 2% quando a taxa de crescimento da população supera essa taxa. Ridículo esse PT.

Reply