A  presidente Dilma Rousseff já bateu o martelo na lista final de 
rodovias  e ferrovias que vão entrar no pacote de novas concessões de  
infraestrutura. Nesse pacote, apelidado por auxiliares da presidente de 
 "PAC das Concessões", serão oferecidos à iniciativa privada cerca de 
5,7  mil quilômetros de rodovias e 5 mil quilômetros de ferrovias. Apesar  da falta de definição sobre concessões em algumas áreas, como
 a de  aeroportos, o governo trabalha para fazer esses anúncios até o 
fim de  agosto. Na área de rodovias, o modelo de leilão por menor tarifa
 de  pedágio será mantido, sem o pagamento de outorga. 
A malha a ser  
concedida engloba corredores como o Brasília-Goiânia-Palmas, formado  
pela BR-060 e pela BR-153. Outro trecho, a BR-050, sai de Brasília  e atravessa todo o Triângulo
 Mineiro, até a divisa com São Paulo. A  partir dali, integra-se à Via 
Anhanguera, privatizada pelo governo  paulista nos anos 90. Em todas as 
estradas, além de intervenções  previamente definidas na ampliação e na 
manutenção da malha, o governo  pretende acionar "gatilhos" de 
investimento, por meio dos quais as  futuras concessionárias precisarão 
acelerar obras como duplicação de  pistas e construção de viadutos, caso
 o volume de tráfego supere as  previsões inicialmente apontadas nos 
estudos.
Outras rodovias com  forte movimentação de cargas devem constar da 
nova rodada de concessões  rodoviárias: a BR-101 na Bahia, a BR-262 
(Belo Horizonte-Vitória), a  BR-163 (entre Mato Grosso e Mato Grosso do 
Sul) e dois trechos dentro do  Mato Grosso do Sul (a BR-262 e a BR-267).
 O plano é que todas as  concessões tenham prazo de 25 anos. O governo também decidiu  buscar na iniciativa privada a expansão da 
malha ferroviária do país, um  papel que, com todos os atropelos e 
atrasos, tem sido protagonizado  pela estatal Valec.
Com o apoio de empresas, a União pretende  tocar a construção de 
novos trechos. Entre os 5 mil km de estradas de  ferro planejadas está a
 construção de uma linha entre o Rio de Janeiro e  Vitória (ES). Da 
cidade de Campos dos Goytacazes (RJ) sairá outro ramal  com destino a 
Corinto, em Minas Gerais. Parte da Ferrovia de Integração  do 
Centro-Oeste (Fico), até então sob alçada da Valec, também deverá  ser 
repassada para o setor privado. O plano é leiloar o trecho de 901 km  de
 malha que sai de Campinorte (GO), na Ferrovia Norte-Sul, e avança  até 
Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. Só as obras desse percurso são  
estimadas em R$ 4,1 bilhões. O plano das concessões ferroviárias inclui 
 ainda a ligação de Belo Horizonte a Aratu, na Bahia, além do Ferroanel 
 de São Paulo. Todas as obras deverão ser construídas com bitola larga, 
 uma estrutura mais moderna e capaz de suportar grandes volumes de 
carga,  e seguir o modelo de "via aberta" - qualquer transportador 
ferroviário  tem acesso à malha, mediante pagamento de pedágio à 
operadora dos  trilhos.
No pacote das concessões de infraestrutura, o governo  também chegou a
 uma definição sobre a execução de obras de ampliação nas  primeiras 
concessões de rodovias, repassadas na década de 90 para o  setor 
privado. O que está em jogo é um conjunto de intervenções em  rodovias 
como a Nova Dutra, a Ponte Rio-Niterói e a BR-040 (Rio de  Janeiro-Juiz 
de Fora), que não estava previsto nos contratos originais.
A  possibilidade de prorrogar os contratos dessas concessões seria 
uma  saída para que as empresas executassem essas obras, que passaram a 
ser  necessárias por conta do aumento de tráfego. Com a dilatação dos 
prazos,  o governo poderia diluir o pagamento dessa despesa nova e, 
assim,  evitar que o custo extra fosse repassado para a tarifa de 
pedágio, que é  a forma de remuneração da concessionária. Essa 
possibilidade, no  entanto, está praticamente descartada. O governo 
também decidiu que as  obras extras terão de ser feitas sem o aumento do
 preço do pedágio.
A  União, dessa forma, irá indenizar as concessionárias pela 
construção de  estruturas que não estavam previstas, ou seja, sem 
repasse direto para o  usuário da rodovia. Uma das obras de maior 
dimensão é o aumento do  número de pistas da Serra das Araras, trecho 
bastante crítico da Nova  Dutra, a rodovia que conecta São Paulo ao Rio 
de Janeiro. Os  empresários esperam com ansiedade o anúncio dos projetos para  
concessões. Para o presidente do Conselho de Infraestrutura da  
Confederação Nacional da Indústria (CNI), José de Freitas Mascarenhas, o
  governo está sendo "realista" e entendeu a importância de se aliar ao 
 capital privado para superar os gargalos logísticos do país. "Não só o 
 governo não tem recursos suficientes para atender às demandas 
crescentes  de infraestrutura, como enfrenta dificuldades institucionais
 para  gastar o orçamento de que já dispõe", afirma Mascarenhas.
Apesar  da pressa em definir o que será objeto de concessões, o 
governo ainda  deverá percorrer um longo caminho até leiloar os projetos
 e assinar os  contratos. A advogada Letícia Queiroz de Andrade, 
especialista em  direito regulatório do escritório Siqueira Castro, 
lembra que existe uma  série de procedimentos necessários: realização de
 estudos de  viabilidade econômica (com projeções de demanda e 
necessidade de  investimentos), apreciação do Tribunal de Contas da 
União (TCU),  audiências públicas e publicação dos editais. "Tudo isso 
varia de  projeto para projeto, mas pode levar facilmente de nove a 12 
meses", diz  Letícia. Se o governo iniciar os trâmites em agosto, os 
primeiros  investimentos podem sair no fim de 2013, segundo ela. Uma 
forma de  ganhar tempo é com um processo seletivo simplificado para a 
contratação  dos estudos, com posterior pagamento pelo vencedor dos 
leilões,  dispensando os mecanismos da Lei de Licitações. Isso já 
ocorreu no  leilão de aeroportos, lembrou a advogada. (Valor Econômico)
 

 
 
 
 
15 comentários
Coronel,
Replypara quem foi eleito e eleita contestando e enganando os otários sobre privatizações feitas pelo FHC, nada mais justo que a "oposição" cobre as promessas dessa canalha. Não, não significa ser contra, e sim cobrar dessa corja o que eles prometeram.
"Isso não e privatização,isso e dividir o Brasil com a malandragem"
ReplyTodos sabem que concessão de rodovias,pertence a empresas de politicos.
Esse discurso sobre Privatizações desse governo corrupto mostra o quanto esses petralhas são bandidos. Para se manter no governo usam esse discurso hoje, que é justamente o oposto do discurso que usaram para se eleger.
ReplyComo são calhordas! Tentam enganar o povo conforme seus interesses no momento, a verdade é que não entendem bulhufas de coisa nenhuma. Se privatizar é bom ou ruim eles não têm a menor noção, mas como nada dá certo nesse governo, eles vão mudando a prosa para continuar enganando o curral de imbexis que vota neles. Grandes FDP! Enquanto isso o barco vai afundando, mas eles continuam mamando.
Como o eleitorado energúmeno do fedorento de Garanhuns não saca as maracutais que os petistas praticam, a quadrilha continua a postos saqueando os cofres públicos.
"PAC das Concessões"
ReplyComentar, ou não comentar, eis a questão.
Mais uma cópia do governo FHC. Com certeza, brevemente, a corja dirá "nuncanestepais" alguem fez mais privatisações que "nóis". E será o trunfo deles para 2014.
Tiraram a minha escada, fiquei sómente com a brocha na mão.
PT rouba até projetos.
Quero ouvir as explicações, quero dar muitas risadas. Os militontos estão que nem cusco (cachorro) caído de mudança.
Coroné,
ReplyNão tem jeito. Eles não aprendem...
Primeiro, porque o sistema de pedágio "baratíssimo" significa expandir a Fernão Dias para o país inteiro, ou seja, cobrar para as já sucateadas rodovias. Como o usuário não terá retorno para a tarifa, será, na verdade, o pedágio mais caro do Brasil;
E, em segundo lugar, o problema é de mentalidade, de concepção. Não adianta o governo estabelecer os planos de expansão ferroviária que a iniciativa privada poderá construir: devem, pelo contrário, flexibilizar para que a própria iniciativa privada realize seus planos de investimento em expansão, conforme esses interesses -- e não os interesses do governo.
Portanto, assim como com as rodovias, não sei se conseguirão que a iniciativa privada expanda a malha ferroviária, não. Mas, veja bem, falo da iniciativa privada "verdadeira", e não daquela "amiga do poder", sabe?
Um abraço,
Se o preço dos pedágios seguir o mesmo padrão dos que estão sendo cobrados na 101 -SC, e na BR116-SP/PR, devemos dar o parabéns ao governo, pois nessas rodovias o pedágio não é abusivo e as rodovias estão cada vez melhores. Diria até que nunca estivem tão boas. Ando por elas há mais de 40 anos.
Replypac do entreguismo
ReplyA primeira vista, o tal PAC das PRIVATIZAÇÕEs parece uma confissão de incompetencia dos petralhas em administrarem obras e órgãos públicos. Mas é exatamente o contrario: já imaginaram o que vai rolar de comissão. O caixa das campanhas de 2014 vai engordar.
ReplyAliás, falando em obra petralha: aqui em Foz do Iguaççu, as obras da tal universidade bolivariana, a UNILA, montada para doutrinar e para servir de cabidão de emprego a comunistóides, estão paralisadas. Mais uma greve da gerentona. Trabalho escravo!!! va~u,
Notica da internet
Reply"13 DE AGOSTO O DIA DO DESGOSTO"
"OU DIA "DESGOTO"
"A incorporação da Venezuela ao Mercosul só ocorrerá, juridicamente, no dia 13 de agosto, pois é necessário cumprir os prazos para análise dos documentos até a sua conclusão, conforme regras do bloco.
Dependendo do veredito do STF. Podera dar uma basta em muita coisa no pais!.
ReplyPor conta de R$ 100 mil, autoridades europeias deixaram de vir ao Rio+20.
ReplySua alteza real, Dilma II, foi à Londres a gastou R$1 milhão. Poderia ter ficado na Embaixada brasileira e não teria gastado nada.
Perdulária!!!
O que usaram para incriminar a oposição e se elegerem no passado, hoje usam para se vangloriarem de que fazem um bom governo. Só não são mais desonesto e corruptos porque já ocupam o grau máximo possível. Mas como sempre surpreendem em matéria de escândolos, pode ser que ainda consigam mais.
ReplyEsse partido sujo e rasteiro prova com esse programa de privatizações o quanto é incompetente . Dez anos 'tentando' copiar os programas de governo do PSDB para ver se consegue governar o Brasil. Nem competência para copiar tem, porque tudo dá errado nas mãos deles.
ReplyUm partido indígno como o PT, devia ser desmascarado e punido agora, diante de tanta cara de pau.
Privatizando hoje, a Dilma e o Lula provam que as acusações feitas ao Alckimin eram SÓRDIDAS ILAÇÕES. O que era crime nas mãos do PSDB, hoje a descarada ANTA pratica e glorifica. SÓ SENDO DO PT PARA SER TÃO CALHORDA! Viva a privataria dos corruptos petralhas.
"O plano é leiloar o trecho de 901 km de malha que sai de Campinorte (GO), na Ferrovia Norte-Sul, e avança até Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. Só as obras desse percurso são estimadas em R$ 4,1 bilhões"
ReplyTá! E quem foi que contou para a presidanta que empresário brasileiro tira dinheiro do bolso para receber depois?
Nem a pau Nicolau, se o governo quiser obras vai ter que abrir as burras do BNDES e torcer para as obras saírem e os empresários pagarem o empréstimo.
"O plano é leiloar o trecho de 901 km de malha que sai de Campinorte (GO), na Ferrovia Norte-Sul, e avança até Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. Só as obras desse percurso são estimadas em R$ 4,1 bilhões"
ReplyTá! E quem foi que contou para a presidanta que empresário brasileiro tira dinheiro do bolso para receber depois?
Nem a pau Nicolau, se o governo quiser obras vai ter que abrir as burras do BNDES e torcer para as obras saírem e os empresários pagarem o empréstimo.