Rio+20: fome e crise em primeiro lugar.

Rascunho do discurso que a presidente Dilma Rousseff prepara para a quarta-feira na Rio+20 cobra o compromisso de líderes mundiais com ações imediatas para combater a extrema pobreza e conter efeitos das mudanças climáticas, a despeito da crise econômica. A estratégia dos negociadores brasileiros, no entanto, aposta no pós-2015 como um novo marco na agenda do desenvolvimento sustentável.

Atenta aos desdobramentos das negociações da declaração final da conferência, a presidente estimulou o adiamento da definição de fontes de financiamento para o combate à pobreza e adoção de tecnologias ambientalmente sustentáveis. Com isso, o debate não fica contaminado pela crise. Ganha-se tempo.

A versão mais recente do documento final apresentada pelos negociadores brasileiros no sábado prevê discussão até 2014 dos chamados "meios de implementação", a ajuda aos países mais pobres. Esse debate, delegado a uma comissão de representantes de governos, vai considerar até mesmo a mobilização de recursos privados e não apenas dos orçamentos de governos, diz o texto, que abandona a proposta de criação imediata de um fundo de US$ 30 bilhões anuais, defendida pelo grupo de países em desenvolvimento.

Dilma Rousseff aposta no estabelecimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável a partir de 2015 como principal resultado da Rio+20. Essa proposta – ainda sem detalhamento das metas e dos temas em torno dos quais os países se comprometeriam – foi lançada informalmente nos fóruns internacionais pelo próprio governo brasileiro no início do ano passado, como forma de dar uma roupa nova à defesa do desenvolvimento sustentável, 20 anos depois da Eco-92.

A proposta de declaração final apresentada pelos negociadores brasileiros economiza palavras ao tratar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Diz que eles não poderão ser muitos, deverão considerar as diferentes realidades nacionais e respeitar as políticas e prioridades locais. O detalhamento virá, segundo a proposta, até 2014.

O rascunho do discurso da presidente Dilma para quarta-feira vai um tom além do adotado no início da conferência, na semana passada. Na ocasião, Dilma afirmou que sustentabilidade não se faz "só em momentos de desenvolvimento econômico". O recado trabalhado com mais ênfase agora é que a crise não pode ser usada como pretexto cruzar os braços.

Ao mesmo tempo, o rascunho do discurso atenua elogios à performance brasileira no combate à pobreza e ao desmatamento, destaques no discurso da semana passada. O tom agora é afirmar que o Brasil ainda tem muito a fazer, considerado mais adequado ao figurino de país anfitrião, empenhado em tornar viável um consenso entre os 193 países das Nações Unidas.

O discurso será calibrado de acordo com o avanço das negociações do Riocentro. A estratégia tocada pelo Itamaraty é acompanhada por Dilma Rousseff. A presidente definiu com a equipe de negociadores, por exemplo, que não poderia haver retrocessos em relação a alguns pontos, como o princípio "das responsabilidades comuns, porém diferenciadas", acertado 20 anos atrás e que impõe aos países ricos a maior parte da conta para promover o desenvolvimento sustentável.

Na avaliação dos negociadores brasileiros, a proposta de declaração final foi bem recebida e será objeto de novas rodadas de conversas antes da reunião de chefes de Estado, na quarta-feira. Integrantes do governo não descartam que o resultado da Rio+20 venha a ser considerado "um fracasso", pelo conteúdo pouco ambicioso e vago da declaração final. (Estadão)

5 comentários

"..."das responsabilidades comuns, porém diferenciadas",

kkkkkk..

tipico de negociador petista mesmo...

provavelmente o que terá de comum nas responsabilidades, sera tudo o que os petebas conseguirem faturar de positivo para si...

a parte das responsabilidades diferenciadas, que deve ser a parte mais grossa e enrugada (uia!) do pepino - como entrar com grana e trabalho - ai eles deixarão para os outros, os chamados países ricos, imagino que seja...

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!!! ILmo CoroneLeaks ; infelizmente qualquer atitude_movimento partindo do executivo_*desmoralizado*_presidencial_Brasil virá sempre do nada indo para lugar nenhum pois absolutamente ninguém de bom_senso escuta ou segue direções de criminosa anistiada !!!

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A PresidAnta participando ativamente da Rio + 20 deixa certo vagabundo velhaco e canalha se torcendo de inveja, queria ele estar aparecendo ao mundo como grande chefe da conferencia.

O bêbado imbecil não se deu conta ainda que inveja mata, por isso ele está morrendo.

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CORONEL, sem muito alarde e economizando palavras, este é mais um encontro que se enquadra naquele conhecido por, mais do mesmo, onde o que realmente acontece são aqueles minutos de fala e de fama que muitos se propõe a conquistar, defendendo idéias que não passam de meras atitudes sem respaldo, não só para as pessoas, mas principalmente para o meio ambiente, mas com certeza, a conta de tudo isso que não é nada em conta, será paga por todos.

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Que cocô insustentável este discurso da tia Dilmona. Ela e o Brazil não lideram porcaria nenhuma. Perda de tempo, só gastos com churrascarias e bailes funk para os bocós estrangeiros.

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