(Estadão) A disputa entre o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral
da União para ver quem deve ou não ter o direito de fechar acordos de
leniência com empresas investigadas na Operação Lava Jato ganhou mais um
capítulo. O procurador do MPF junto ao Tribunal de Contas da União
Julio Marcelo de Oliveira enviou mais um pedido ao ministro do TCU João
Augusto Ribeiro Nardes solicitando que a CGU, ligada ao poder Executivo,
se abstenha de celebrar esse tipo de acordo com as companhias
envolvidas. O procurador acusa, indiretamente, integrantes do governo de
fazerem "apologia à impunidade". Também vê "terrorismo" nos argumentos
do Executivo.
"Quem
defende que apenas os executivos das empresas sejam punidos e que as
empresas não devam ser punidas, faz apologia à impunidade", escreveu em
sua petição ao TCU. Em declarações públicas realizadas em janeiro deste
ano, a presidente Dilma Rousseff defendeu que apenas pessoas devem ser
punidas e que empresas não podem ser destruídas. Em entrevista ao Estado, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams corroborou a fala da presidente.
Procuradores temem que a colaboração das empresas com a CGU
não seja tão frutífera e rigorosa como é hoje em termos assinados com o
MPF. Na petição, Julio Marcelo escreve que um eventual acordo com a
Controladoria não pode ser usado como "um pequeno e conveniente
purgatório por onde as empresas podem escapar do inferno da inidoneidade
para regressar felizes ao paraíso da impunidade".
Há cerca de um mês, O mesmo procurador já havia enviado uma
petição ao TCU com o mesmo objetivo. Entretanto, antes de decidir o
ministro Nardes quis ouvir a CGU. Agora, neste novo texto, o procurador
tenta rebater todos os argumentos apresentados pela Controladoria e
reforçar seu pedido para que o Tribunal de Contas não endosse esse tipo
de acordo.
Na petição entregue nesta quinta-feira, 5, ao TCU, Julio
Marcelo solicitou: "É preciso que se pare com a falácia de que se as
empresas não fizerem acordo de leniência com a CGU e forem punidas, o
Brasil vai parar, todas vão desaparecer, milhares de pessoas vão perder
seus empregos. Isso é apenas terrorismo e chantagem. O que se espera que
pare de funcionar efetivamente é o propinoduto alimentado por essas
empresas para o enriquecimento ilícito de agentes públicos e o
financiamento inadequado de partidos e campanhas políticas."
7 comentários
Nas ciências médicas um ´órgão irremediavelmente comprometido é extirpado. Simples!
ReplyAgora vale tudo, vale qualquer coisa para salvar a pele da trapaceira Dilma e Lula. E onde houver uma possibilidade de se salvar (CGU), irão lutar com unhas e dentes para se safar. Tudo que importa é o poder, vale até matar (Celso Daniel), irão tratorar todos, o povo, a oposição e qualquer outro.
ReplyCoronel.
ReplyErrou, pagou...., cometeu ilícitos, ficou provado, cadeia. Roubou, foi preso e condenado vai cumprir pena em penitenciária, elas estão lá para essa finalidade, é existem algumas centenas nesse vasto território brasileiro.
Coronel,
Replyparece brincadeira esta tese petralha. O problema é que não é. Quando pensamos que essa canalha não tem mais o que inventar de falcatruas, vem mais.
Empreiteiras, advogados de empreiteiras nao saiam de um buraco para se meterem em outro fiquem longe de tudo que vem do governo da Dilma.Nao sei quem manda nesse governo mais a Dilma e pertubada.
ReplyO pt sempre defendendo a impunidade! incrivel como a ausencia de valores, de carater norteia esse partido e esse governo.
ReplyConcordo com extirpar tudo o que for podre e vsmos começar do zeto mas tem que hsver liberdade nobente de expressão
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