Dilma tenta ser política.

Nada que um Eduardo Cunha não resolva para uma Dilma que tenta ser política e enfraquecer o PMDB... 

Ao entregar o Ministério das Cidades para Gilberto Kassab, presidente do PSD, e a pasta da Educação para Cid Gomes, principal nome do PROS, a presidente Dilma Rousseff tenta fortalecer e criar novas linhas de articulação política em seu segundo mandato. Ao mesmo tempo, procura reduzir o poder de influência dos dois principais partidos da coalizão em seus palcos favoritos: o PT dentro do próprio governo e o PMDB, no Congresso.

A prioridade para o início do segundo mandato é dar liberdade de trabalho ao novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele foi escolhido para adotar uma política econômica de ajuste fiscal severo, a fim de fazer convergir a inflação no centro da meta planejada (4,5%), produzir o superávit primário sem truques contábeis e manter o câmbio sob controle, com o dólar a R$ 2,40. Na visão da presidente, essa é uma questão que está fora da pauta dos partidos, por significar a própria sobrevivência do projeto de governo.

Por isso, conforme um auxiliar do Planalto, Dilma sabe da necessidade de reduzir o poder de seu partido. Tendências mais à esquerda, como o PT de Lutas e Massas, exigem a demissão de Levy antes mesmo da posse e ainda chiam da escolha para a Fazenda. O raciocínio da presidente é o de que quanto maior for o protagonismo de petistas e peemedebistas, mais ela ficará refém das exigências das duas legendas. O PMDB, sempre pedindo mais espaço político e dificultando votações no Congresso; o PT, pregando a volta da doutrina econômica heterodoxa de Guido Mantega. 

Ministro, Kassab vai mais uma vez trabalhar pela criação de uma nova legenda. Em 2011, ele fundou o PSD a partir de dissidências do DEM. Agora, buscará a fusão do partido com outros menores, o que resultaria no criação do novo Partido Liberal (PL). Nas contas do ex-prefeito de São Paulo, assim que o plano for executado, sua legenda será catapultada da quarta para a primeira ou segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, passando dos atuais 37 para cerca de 70 deputados - mesmo número do PT e 4 a mais que o PMDB, a partir de 2015.

Articulador inconteste, como já provou na formação do PSD, Kassab poderá ampliar o poder de atrair parlamentares para o novo partido ao comandar Cidades. Trata-se de uma das canetas mais cobiçadas da Esplanada, com alto poder de fogo e capilaridade. Em 2015, o ministério continuará a ser o terceiro maior orçamento ministerial para despesas discricionárias (de investimento e custeio não fixo), em torno de R$ 26,3 bilhões. É nessa pasta que se concentra fatia significativa das emendas parlamentares ao Orçamento.

Como ministro da Educação, Cid Gomes vai administrar o a maior fatia da Esplanada, com estimados R$ 46,7 bilhões em despesas não fixas. Além disso, comandará uma das pastas com maior poder para catapultar políticos para cargos eletivos.

Trocas. Faz parte ainda da tática de Dilma acabar com feudos partidários de pequenas legendas, como PC do B e PRB. Dos primeiros, aliados do PT desde a primeira campanha de Lula, em 1989, a presidente tirou o Ministério do Esporte. O PC do B vinha usando a pasta para criar programas voltados à juventude, o que facilitava o recrutamento de novos militantes, trabalho antes restrito às entidades estudantis. Agora, vai assumir Ciência e Tecnologia.

Já o PRB havia usado a estrutura da Pesca para conquistar votos em redutos dependentes de benefícios dessa atividade, como a concessão de carteiras de pescador. Dilma passou o Esporte ao PRB e a Pesca para o filho do senador Jader Barbalho e ex-prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho (PMDB), derrotado ao governo do Pará, mas que a auxiliou a ter votos no Estado.

Ciente de que Dilma joga para dividir a base aliada, a cúpula peemedebista orienta deputados e senadores para que se aglutinem em torno de algumas lideranças do partido, como o vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).

Vice-líder do PMDB, o deputado Lúcio Vieira Lima (BA) afirma que o único ministério de ponta entregue ao partido, o de Minas e Energia, dará uma visibilidade às avessas para a legenda. "O grande feito de nosso melhor ministério será o anúncio do reajuste de tarifas. Os bons foram entregues ao PSD, ao PROS, ao PR (Transportes) e ao PP (Integração Nacional)." (Estadão)

11 comentários

Nojo dessa imprensa oficial, chapa branca sujíssima, que transmite de forma acrítica e na íntegra, como se reportagem fosse, a versão do governo. O Estadão virou um porcão.

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O único objetivo dessa corriola é roubar escancaradamente.....malditos ladrões filhos da puta....

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O Nove Dedos Gatunão, já já vai fingir que está brigado com o Governo, pra em 2018 voltar como Oposição..Este engodo, tem que ser denunciado sempre que possivel, e associar toda e qualquer merda que vem pela frente, ao Lularápio......Essa campanha tem que ser imediata....senão ele , como gatunão que é, rouba essa bandeira...

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Coronel, a grande verdade é que a Vaca Vermelha terá um 2015 diabólico.
Desde o primeiro dia do ano novo Madame Satã terá o impeachment mordendo seus calcanhares.
É muito provável que ela não termine 2015 como presidente do Brasil.

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OSSIANI
Agora realmente o time está completo com o CID GOMES.

O Metrô de Fortaleza é o maior exemplo de ralo de dinheiro público neste país e claro não aparece no noticiário da TV Estatal Global cujo noticiário tem 90% do seu espaço dedicados a idiotices e esporte.
Abreu e Lima da Petrobrás perde longe para o Metrô de Fortaleza.
O ilustre foi flagrado em uma confraternização da Cooperativa da Construção Civil do Ceará fazendo um rolo com empresários que envolvia desapropriação, construção de estação, etc.
Vejam no filme do UOL no Youtube a sórdida conversa entre Cid Gomes e os empresários da construção civil.
Prestem atenção no empresário que fala: "traga o tatuzão que nós fazemos de volta um negócio desse".

Depois em entrevista ao UOL Cid Gomes tenta explicar o significado da palavra rolo no Ceará.

https://www.youtube.com/watch?v=05aVDt8KvkM

OSSIANI

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Parece a fábula do escorpião morrendo afogado pedindo carona para o sapo.

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Nojo desta imprensa bovina e da elite financeira oportunista. Estadao, Folha, Globo, Bradesco ... buscam energicamente evitar o impeachment deste governo ilegítimo.

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Nojo desta eleição vencida graças ao dinheiro destivado do Estado e suas estatais para coronéis do voto dos desinformados.

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Nojo da aliança entre os velhos e os novos coronéis.

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O Gilberto Kassab e a Kátia Abreu são a grande decepção da política este ano!

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O Gilberto Kassab e a Kátia Abreu são a grande decepção da política este ano!

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