A presidente Dilma Rousseff recuou e tentou consertar a declaração de
que o papel da imprensa não é investigar e sim divulgar informações,
dada na sexta-feira. Agora, Dilma disse agora que o "jornalismo
investigativo pode fornecer elementos ou indícios". Ela citou até o caso
“Watergate”, no qual os jornalistas americanos apontaram, com base num
informante, os problemas que acabaram afetando o governo de Richard
Nixon. Irritada, a petista disse que "fizeram uma confusão" com suas
declarações e que ela estava falando na necessidade de se ter um
processo formal e legal de investigação onde as provas não sejam
comprometidas.
Dilma defendeu, por exemplo, a tipificação de crimes como a corrupção
e o do caixa dois. Bem-humorada, a candidata à reeleição ainda defendeu
seu direito de usar o Palácio da Alvorada para dar entrevistas,
afirmando que, se não puder fazer isso, vai virar uma presidente
"sem-teto".— Fizeram uma confusão danada com a minha declaração. Agora, o
jornalismo investigativo pode até fornecer elementos. Vamos lembrar de
um caso clássico: o Water Gate, que forneceu elementos. Agora, quem fez a
prova foi a investigação oficial. Se ela não fizer a prova, você não
consegue condenar ninguém. Assim é o processo. O que temos de obter cada
vez mais é maior rapidez da investigação e que seja muito mais
claramente tipificados os crimes. Vou dar um exemplo: o caixa dois não
está no Código. O processo de combate à impunidade requer tipificar e
rapidez nos julgamentos — disse Dilma, acrescentando:
—
Estávamos discutindo impunidade. O que é grave no Brasil? Se você
investigar e detectar corrupção, para você não deixar as coisas impunes,
você tem de propor uma ação penal na qual as provas são apresentadas
pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. E vai para julgamento e,
lá, ainda tem direito ao contraditório.
Para Dilma, esses são motivos que dificultam o combate à impunidade no país. — É essa discussão que estava aqui falando com vocês. A imprensa
investiga, investiga para informar e até para fornecer prova, como é o
caso do Watergate. Não é nem prova, o correto é indício. Agora, o que
no Brasil estou falando é de aperfeiçoamento institucional e legal, do
qual precisamos. Tenho certeza de que a impunidade é elemento essencial
da reprodução da corrupção. Na medida em que a pessoa se considera acima
de qualquer suspeita, doa a quem doer, atinja quem atingir, a coisa
fica complicada.
Para ela, só a investigação é eficaz no combate às práticas ilegais. — Portanto, o processo de investigar e acabar com a impunidade diz
respeito à gente acelerar o processo de investigação e garantir que não
se alegue que as provas foram comprometidas por A, B, C ou D. Que se
garanta que prova seja consistente. Isso é uma coisa. A impunidade (o
combate) se dá no âmbito dos processos judiciais. Quantos julgamentos
conhecemos que estão em andamento? — disse ela. (Globo)
5 comentários
Pelo visto, agora ela ja tomou conhecimento que existe "um tal" de jornalismo investigativo....
Replya criatura alucinada não sabe falar e os outros é que fazem confusão com o que ela diz?
ReplyCoronel,
Replyé uma tremenda cara de pau. O cinismo passou também a ser critério para participar do pt.
Coronel, falar em língua pátria com essa anta é o mesmo que chamá-la para entoar o Hino Nacional. Como presidente, letra e música deveriam estar na massa do sangue. Não sairia da primeira estrofe.
ReplyO detalhe é que ella levou uma cola para a "entrevista".
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