Um dia depois de a senadora Marina Silva afirmar em entrevista à Folha
que tanto ela quanto o governador Eduardo Campos são "possibilidades" para 2014,
integrantes do PSB afirmaram que o nome que aparecerá na urna no dia 5 de
outubro de 2014 como o candidato do partido à Presidência será o de "Eduardo
Henrique Accioly Campos". "Não tem isso de discutir lá na frente posição na chapa. A candidatura posta
é a de Eduardo e ela vai até o dia da eleição. A cabeça de chapa se chama
Eduardo Henrique Accioly Campos e esse será o nome na urna no dia da eleição",
afirmou o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira.
Um dos congressistas que participaram da articulação para a aliança
Campos-Marina, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) também negou a
possibilidade de que o governador possa vir a ceder a vaga a Marina, a depender
das circunstâncias. "Os que apostarem em uma disputa entre Eduardo e Marina vão perder. Não tenho
nenhuma dúvida de que a Marina fez opção pela candidatura do Eduardo, e essa
candidatura vai até o fim." Ontem, Marina reclamou do destaque dado à sua declaração e disse que falava
só em possibilidades para o Brasil, mas voltou a se negar a responder
diretamente se descarta a sua postulação.
Apesar de reconhecerem o constrangimento, integrantes do PSB dizem, nos
bastidores, que Marina não deixará clara agora a sua possível desistência de
concorrer ao Planalto por dois motivos: risco de desmobilização na Rede, o
partido que ela tentou criar, mas foi barrado pela Justiça Eleitoral, e
possibilidade de que Campos vire o foco principal dos adversários.
A ameaça tácita de possível "inversão" de papéis na chapa é só um dos
potenciais curtos-circuitos que já surgiram após o anúncio da aliança. Nos Estados, há chances reais de que Rede e PSB caminhem em lados distintos.
Em São Paulo, o PSB tendia a apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB), mas
integrantes da Rede já passaram a defender o nome do deputado federal Walter
Feldman, "marineiro".
Em Goiás, a ex-senadora "vetou" publicamente a aliança do PSB com o deputado
ruralista Ronaldo Caiado (DEM). No Distrito Federal, Marina anunciou apoio à pré-candidatura do deputado
federal Reguffe (PDT), apesar de o PSB também ter um nome para a disputa, o de
Rollemberg. "O Reguffe trabalhou pela criação da Rede, e é natural que ela manifeste
preferência por ele", disse o senador. Em entrevista ontem, Marina disse que o limite para os acertos com o PSB nos
Estados será a "coerência". (Folha de São Paulo)
3 comentários
é bom ficar com os pés no chão. Campos como vice na chapa com Aécio e Marina para o Senado;
ReplyCel
ReplyO tal do Curt - 06:21 só pode ser PETRALHA, ou está de sacanagem???
Chris/SP
Marina pensa que o tal de Rede de Sustentabilidade ainda existe.
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