A indústria pisou no freio em maio depois de ter exagerado no otimismo nos
dois meses anteriores, quando acelerou sua produção à espera de uma recuperação
do consumo --que não se confirmou em boa medida em razão da inflação mais alta.
Com estoques altos, a produção caiu e a indústria zerou o ganho acumulado
entre março e abril.
A queda de 2% em maio ante o mês anterior surpreendeu analistas, que
esperavam um recuo na faixa de 1%. Causou ainda preocupação o fato de o tombo
ter sido generalizado, atingindo todas as categorias de produtos e 20 dos 27
setores analisados pelo IBGE.Para André Macedo, economista do IBGE, a perda de maio praticamente elimina a
expansão de 2,6% acumulada entre março e abril."O fato de ter eliminado o crescimento e o perfil generalizado de queda
revertem uma expectativa de melhora mais firme da indústria." O técnico ressalta, porém, que a indústria ainda está melhor no começo deste
ano do que no fim de 2012. De janeiro a maio, a produção soma uma alta de 1,7%.
Para Aurélio Bicalho, economista do Itaú, a queda "não altera o quadro" de
recuperação da indústria, "embora em ritmo moderado". Por outro lado, o dado esfria as previsões de que a economia possa ter ido
melhor do que o previsto no segundo trimestre --a estimativa da instituição para
o PIB foi mantida em 0,8%.
Outro ponto de dúvida, diz, é o investimento, que recuou em maio. O IBGE
considera, no entanto, que a queda de 3,5% na fabricação de bens de capital
(máquinas e equipamentos) não anula o saldo positivo acumulado de janeiro a
abril --de 15,3%. Por trás da retração da indústria, os estoques elevados e a piora do otimismo
dos empresários são ingredientes novos que se somam à invasão de produtos
importados a baixo custo e às dificuldades do país em exportar.
Outro foco da pressão veio da inflação mais alta, que inibiu o consumo e
levou as empresas a formar estoques indesejados. Com o aumento principalmente dos alimentos, sobrou menos dinheiro para a
compra de outros produtos. As vendas do varejo já apontavam nessa direção, com queda do setor de
supermercados. Agora, o setor industrial sentiu o baque e o ramo de alimentos
registrou queda de 4,4% --a de maior impacto no índice geral da indústria. O
ramo de veículos também foi mal.
"O consumo esfriou e as empresas não conseguiram desovar seus estoques. O
cenário é de uma produção estagnada e o PIB caminha para um crescimento de não
mais de 2% neste ano", afirma Reinaldo Nogueira, professor do Ibmec. (Folha de São Paulo)
12 comentários
Coronel,
ReplyO 2o. Sem. será "negro". PIB 2014 abaixo de 2%!! Talvez bem a baixo!!! (minha previsão particular: +- 1,7%)
Venho afirmando desde FEV/MAR 2013 porque analiso a China, USA e EU.
Não escuto o Mantega ou Tombini. Não confio na capacidade Dillma+PT e etc...
A proposta de plebiscito é o ponto chave para entender a esquizofrenia em que o PT mergulho o Brasil.
JulioK
Só a Indústria Coronel ?
ReplyImagina quando sair os dados do Comércio ?
Com a paralisação do centro das cidades, bloqueio de avenidas e ações de vândalos em todo país devido as manifestações, o comércio perdeu muito mais, daí a queda nas encomendas e consequentemente queda na produção industrial.
Este ano será pior que 2012, além dos protestos, ainda tem a incerteza política e a fuga do capital internacional, além do término dos efeitos positivos das obras para a Copa das Confederações.
Enfim, 2013 será micro pibinho.
Coronel,
Replyinteressante, não ouvir os "analistas" falar sobre a capacidade de endividamento que já extrapolou tudo que podia. Os bancos estão cheio de dinheiro e aqueles que tem crédito não estão querendo. Os que querem são os que não podem pagar. A bolha artificial criada pelas medidas capengas desse desgoverno começou a murchar.
aquele golpe da coruja que o ébrio 51 deu na ind. automobilista, foi fatal e colocou o país a beira do abismo. 0 povão se individou de tal maneira que não tem mais saída.E agora a dona presidenta ainda quer enterrá-lo mais ainda, com este plano minha casa minha cozinha. Tenho pena dos donos dos cartões de crédito e/ou das financeiras que embarcaram nesta canôa do financiamento de automóveis.
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ReplyAlimentos? Ué? Mas cade aquela classe media do velhaco ordinário que estava comendo mais?
Deixaram de comer para "APRICAR" NA POUPANÇA?
Pode observar a curva de expectativa de crescimento da economia no ano.
ReplyHá 3/4 meses se falava, inclusive BC, em crescimento de 3,5%. De lá para cá, a cada 15 dias novas projeções, e sempre para menores.
Garanto que este ano da graça de 2013, o crescimento do país será 0%, se não for negativo...
É a coisa está feia. Para evitar demissões, eles deram tudo para a indústria automobilística achando, que o povo iria continuar comprando carros continuamente e pior para ocupar a mão de obra indústria continuou com uma produção elevada e os pátios se encheram. Além da inflação a redução na oferta de crédito e o alto nível de endividamento está parando o consumo no Brasil. Outro dia em tratamento diferente a dupla dinâmica Dilma/Mantega aumentou o IPI da linha branca e o ministro afirmou que a indústria/Comércio não iria repassar o aumento para os consumidores. Acabo de ouvir uma entrevista de um alto funcionário de uma grande rede varejista e ele afirmou, que talvez dê para segurar o aumento só em julho, depois... . O que fazer? Difícil. Agora é torcer para a indústria não começar um programa de demissões para equilibrar as coisas e ai é o fim.
ReplyEsse é o custo Dilma. Custo com o qual, tenho certeza, o Aécio contava quando, atuando no interesse pessoal, contribuiu para a vitória da presidanta. Derrotar a Dilma hoje, depois que sua incompetência está escancarada, está mais fácil do que antes? Sim, claro que está e é com isso que o Aécio contava com o "agora é a vez de Minas". Esse refrão levou o eleitor mineiro a comportar-se um torcedor num Cruzeiro e Santos. O Aécio derrotou o Serra mas a conta é paga pelo Brasil.
Replynessa toada os petralhas terão que montar um Fome Zero para toda a brasileirada...
Replycomo o programa foi um fiasco, muitos morrerão de fome...
Coronel, off topic.
ReplyAs empresa do Eike estão derretendo, foi rebaixado ao alto risco de calote, lembrei que as empresas dele foram contempladas com 6,4 bilhões da CEF e do BNDES com o aval do lula/dilma. Faço uma observação importante, sou contador de um fundo de pensão de um município do interior de Alagoas e tenho conversados com outros colegas sobre as aplicações dos respectivos fundos na CEF, o prejuízo é enorme, só nesse fundo de previdência que trabalho o prejuízo foi de 382.000,00, negativos até maio deste ano. Esse é um bom assunto para investigar. a CEF já era.
Os dados do setor varejista são ainda piores.
ReplyPT= Perda total
Em 2014 a gente põe os petralhas para correr ,É claro isso se o Serra não ajuda-los ...
Gabriel-DF
Precisamos começar a cunhar a desgraça que o ex deixou para a sua cria (o poste) que, claro, não conseguiu enganar a população até o fim do mandato - sugiro algo como: A herança diabolica de Lula da Silva! ou parodiando às avessas JK: 5 anos em cincoenta (para pagar)!!!
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