Base do governo rejeita plebiscito golpista da Dilma.

Dos dez principais partidos da base aliada na Câmara, apenas PT e PC do B apoiam a sugestão da presidente Dilma Rousseff de realizar plebiscito para discutir uma reforma no sistema político brasileiro que tenha efeitos nas eleições do ano que vem.  Pressionada, Dilma sugeriu a consulta popular em resposta às manifestações de rua no país e anteontem enviou ao Congresso mensagem propondo que a população seja ouvida sobre cinco pontos.
 
O plebiscito sugerido pela presidente discutiria mudanças no financiamento de campanhas eleitorais e no sistema de votação, o fim dos suplentes no Senado, do voto secreto no Congresso e das coligações partidárias para eleições de parlamentares.A proposta de Dilma esbarrou em duas questões principais: nas reações de políticos que entendem que a presidente atropelou o Congresso ao impor pauta de discussão sem consultá-los e no tempo dado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) necessário para elaborar um plebiscito."Vamos conversar com o PT para mostrar que não há como realizar plebiscito já. Não há tempo", afirmou o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ).
 
Principal aliado do Planalto e a segunda maior bancada da Casa, o PMDB faz ressalvas ao projeto do Planalto. Peemedebistas defendem uma reforma política produzida no Congresso, que, depois, seja levada a referendo dos eleitores.Os deputados aliados, em sua maioria, defendem basicamente dois pontos: que uma reforma política seja elaborada pelo Congresso e submetida a referendo ou plebiscito no ano que vem com efeitos para as eleições de 2016; e que sigam as votações de mudanças pontuais na legislação no próprio Congresso.
 
"O ideal é um plebiscito junto com a eleição de 2014. Assim se economiza dinheiro e será possível dar aos eleitos atribuição para revisar a Constituição", afirmou o líder do PR, Anthony Garotinho (RJ).O PR e o PDT defendem o plano da presidente para o plebiscito, mas querem uma consulta sobre a realização ou não da reforma.Assim, o próximo Congresso funcionaria como constituinte e teria a prerrogativa de formular mudanças no sistema político.
 
Ontem, o líder do PSD na Câmara, Eduardo Sciarra (PR), levou ao presidente do partido Gilberto Kassab a rejeição à proposta de consulta popular imediata.O PSD propõe que as mudanças comecem a ser elaboradas pelo Legislativo e, se não avançarem, que ocorra um plebiscito em 2014. "Não queremos assumir um desgaste de que vamos fazer algo que depois não vai sair. Temos que ser cautelosos", disse Sciarra.
 
PSB e PSC pregam um plebiscito somente nas eleições de 2014. O PSB quer votar imediatamente o fim das coligações e o fim do voto secreto no Congresso.O PSC já tem pronto um esboço de um projeto de decreto legislativo para a consulta aos eleitores. São dez perguntas, entre elas sobre o financiamento de campanha.
 
Para o PT e PC do B, mesmo que as medidas não tenham efeito para a disputa eleitoral de 2014, é importante ouvir a sociedade sobre quais as mais importantes mudanças que seriam necessárias para o sistema político do país. "A decisão [da bancada] foi, como centralidade, a defesa do plebiscito. Vamos conversar com a sociedade civil e com outras forças políticas na Câmara, para que não prospere o movimento conservador, que defende não sair nada", disse o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE). Na terça-feira, os líderes da Câmara se reúnem para definir os rumos do plebiscito. Se a proposta não decolar, um grupo de trabalho será criado para em 90 dias propor mudanças no sistema político eleitoral. (Folha de São Paulo)

6 comentários

Quer ouvir a sociedade e usar instrumentos que já existem? Muito bem...abra uma "CONSULTA PÚBLICA" online, como muitas Agência Reguladoras fazem. Deixe isso a cargo do Ministério da justiça e publique dia-a-dia as sugestões. Não pcisa de p..ra de plebiscito nenhum.

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Esse troço todo de plebiscito, referendo, constituinte não vai dar em nada, a não ser perda de tempo e desgastes. Pura perda de tempo.

Enquanto isso, os multinacionais continuam produzindo e comercializando; altos impostos sendo arrecadados; preços aumentando; E tomem protestos.

Já se fala, até, na ocorrência de lock out, que é greve de patrões!!!

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Plebiscito só se for para propor também:

O Parlamentarismo;

Exigir que Presidente da República,Senadores, deputados estaduais federais, tenham no mínimo nível e vereadores estejam cursando o último semestre da faculdade; (Não é admissível que em pleno século XXI a única exigência para cargos tão relevantes é saber desenhar o nome. O Congresso Nacional é lugar para pessoas altamente qualificadas, não é banco de escola nem picadeiro de circo. Simplesmente não dá mais).

Fim de propagandas políticas com crianças que ainda usam fraldas dando opinião, ensinando como votar, etc. Nada de palhaços nem artistas esportistas qualquer pessoa que lida com o público como porta voz do partido; (É uma vergonha o que vemos pior que as propagandas ridículas de telefonia com Ronaldo, Neymar etc . Temos mais que dois neurônios).

Urnas eletrônicas com o voto impresso;

O fim do voto de analfabeto e dos beneficiados do bolsa família incluindo os familiares mais próximos;

E o fim de aposentadoria proporcional dos parlamentares. Que se aposentem com 65 anos como nós. Tratamentos médicos somente se eles pagarem seu próprio plano de saúde.

Sem falar do numero de partidos, em cada boteco nasce um novo, se proliferam como as ONGs. Não quero analfabetos, nem salvadores da Pária quero os melhores homens para me representar ou então não voto mais. Chega de escolher o menos pior. Ninguém merece.




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Esses partidos que se cuidem, o pt que engolir todos eles, inclusive o pmdb, quando perceberem já foram engolidos pelo golpe.

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CEL,

Ainda bem que o golpe foi abortado, por ora. sobre a frase: " é importante ouvir a sociedade sobre quais as mais importantes mudanças que seriam necessárias para o sistema político do país" ...

É importante ouvir mas é interessante também eles quererem ouvir da sociedade o ÓBVIO. Então os partidos não sabem o que é o óbvio? Os parlamentares não sabem o que é o óbvio? Se não sabem está tudo muito pior do que eu pensava, fechemos o Congresso Nacional, NÃO SERVE PARA NADA. Eliminemos os partidos políticos NÃO SERVEM PARA NADA.

A maior parte da sociedade não sabe escolher seus representantes mesmo porque o sistema eleitoral não permite uma boa escolha, é tão CAPENGA que não sobra muita opção a não ser a de votar nos menos ruins. Quiçá os Tiriricas sejam os menos ruins(?)(Será?) Tiririca, parlamentar brasileiro, eleito pelo estado de São Paulo o estado mais desenvolvido da União, não compareceu à tribuna para pronunciar um único discurso até hoje(?) Como fica o Óbvio aqui? Só mesmo uma reforma profunda e decente tanto do sistema eleitoral quanto do sistema de governo poderia mudar o paradigma.

Uma pergunta que não quer calar: A sociedade NO SEU TODO sabe quais as mais importantes mudanças necessárias na política do país? Que a coisa não anda bem todo mundo sabe mas o que deve ser feito para solucionar a questão nem todos sabem.

A verdade é que o Brasil não é um país sério e quem está no poder quer se perpetuar nele, como exemplos Sarney e Renan. Chega uma ora em que nem o dinheiro conta tanto, o que conta é o PODER, estar na mídia, se achar poderoso, ser chamado de excelência, ser paparicado, ser bem recebido em certa esferas, etc. Um exemplo disso em São Paulo é Paulo Maluf.

E assim caminha o Brasil, país do futuro, futuro que deveria ser o HOJE, o AGORA.

Fora sistema eleitoral CAPENGA, Fora urnas eletrônicas FRAUDÁVEIS, Fora PT, Fora corrupção, fora incompetência.

Índio Tonto/SP

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Gostaria de fazer uma reflexão! Porque os ministros do Supremo tem que se aposentar compulsóriamente aos 70 anos e continuarmos assistindo discursos quase arrastados de senhores que já deviam ter largado essa boquinha há muito tempo, é de doer assistir senadores e deputados octagenários, nada contra a idade, mas a boquinha deve ser muito boa...

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