MPF investiga 10 casos de transposição de dinheiro do Rio São Francisco para bolsos de corruptos.

A obra de transposição do Rio São Francisco, principal projeto tocado pelo Ministério da Integração Nacional, é alvo de pelo menos dez investigações do Ministério Público Federal (MPF). A maior parte dos inquéritos concentra-se em Pernambuco, Estado do ministro Fernando Bezerra Coelho. Três investigações foram abertas na gestão do ministro. A Procuradoria da República em Pernambuco apura indícios de superfaturamento no Eixo Leste e de descontrole no pagamento de aditivos na gestão de Bezerra. Entre os contratos suspeitos estão o 34/2008, que será retomado na primeira quinzena de fevereiro, e o 29/2008. O primeiro teve reajuste de 14,6% do valor inicial, que passou de R$ 235,5 milhões para R$ 269,9 milhões. O aumento contratual do segundo foi de 21% (de R$ 250,9 milhões para R$ 303,6 milhões). 

Outro fato que está sendo apurado é que as medições dos serviços executados estavam sendo feitas pelas empresas construtoras e não pelas supervisoras. Os problemas foram apontados por uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), realizada entre 7 de abril e 27 de maio do ano passado, e remetida ao MPF. A procuradoria solicitou ainda informações sobre uma denúncia formulada pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon). O sindicato aponta a omissão da comissão de licitação do ministério na concorrência 2/2007. A investigação está em fase de instrução e a procuradoria aguarda a manifestação final da Corte de Contas para tomar as providências judiciais, caso as irregularidades sejam confirmadas.

Os processos sobre a transposição do São Francisco estão nas mãos da ministra Ana Arraes, mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O governador é presidente do PSB, partido do ministro da Integração. Bezerra está no centro de uma crise política desde que o Estado revelou que quase 90% da verba antienchente do ministério foi destinada para Pernambuco. 

Há investigações em outros Estados. No Ceará, dois procedimentos foram abertos no ano passado pelo Procurador da República Marcelo Mesquita. O primeiro apura, com base em relatório de fiscalização do TCU, aditivos feitos pelo ministério em contratos do Eixo Norte. O segundo apura a instalação de trechos do Eixão das Águas, projeto do governo estadual que irá escoar na transposição em áreas indígenas. De acordo com a Procuradoria, o estudo de impacto ambiental não considerou a existência da terra indígena Tapeba.Leia mais aqui.

6 comentários

Coronel,

Vamos esperar que STF na pessoa do CAPACHÃO LEVANDOWSKI também faça alguma coisa neste caso.

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Isso tudo parece uma grande injustiça com o ministro Fernando Bezerra. Sua Excelência é se-rís-si-mo. Trata a coisa pública como privada fosse. E a ministra Ana Arraes, em que pese correligionária, do mesmo Estado de Pernambuco, mãe do governador padrinho de Bezerra, é uma garantia de i-sen-ção. O Brasil está bem servido. Não há o que tremer, digo, temer.

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Enquanto isso...

O ministro Fernando Bezerra diz estar "firme como as pirâmides do Egito" e Dilma elogia o crápula em cerimônias públicas, além de apontar Haddad como um dos melhores Ministros da Educação que o país já teve.

Socorro!!!

Mariana

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O cargo de Procurador precisa mudar de nome.

O procurador esta sempre procurando, e quando acha, a bandidagem petista, metida na fuzarca, procura esconder.

O procurador procura achar, e o pt procura esconder.

Enquanto isso, os militontos que votaram na bandidagem ainda continuam acreditando que vão melhorar de vida.

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A transposição do dinheiro, deve estar sendo desviada para o bolso de alguns politícos!!!


Izabel/SP

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No Brasil, acho que temos mais ESCONDEDOR do que PROCURADOR.

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