O totalitarismo mostrou a calcinha.

"Nunca, nem em sonhos, despreze qualquer bandeira esquisita desenrolada e exibida como politicamente correta. Ela pode parecer frango congelado, coisa sem pé nem cabeça, mas atenção: não importa o tempo que leve nem os meios requeridos, cedo ou tarde, haverá militantes em número suficiente para mobilizar ingênuos e a bandeira vai em frente. Ou vai pela via do Congresso, ou pela do Judiciário, ou pelo aparelhamento de movimentos e conselhos criados e controlados pelos que a conceberam. E, quando nada disso funciona, sempre há alguma instituição internacional bem alinhada com os projetos de poder onde ela será cravada.

A lista de antecedentes é imensa! Sem esgotá-la, lembro alguns. Durante anos, por exemplo, tentaram criar a tal Comissão da Verdade, cujos redatores sagrados definirão o que é verdadeiro e o que é falso em quatro décadas da nossa história. Algo tão ridículo quanto parece. Mas cresceu e já deu cria. Começam a pipocar filhotes da comissão em todo o país. Trazer as uniões homossexuais para o Direito de Família demorou um pouco mais. Mas os ministros do STF saíram do armário, substituíram-se ao Congresso, legislaram e pronto. Reduzir o embrião humano à condição de coisa dispensável pelo ralo da pia foi mais rápido, pela mesma trilha. Embrião não faz passeata. Como se vê, a coisa vem de longe e está apenas começando. Foi assim com os exageros do ECA, com a lei de quotas raciais, com as políticas de gênero, com as manipulações ideológicas dos concursos públicos e do Enem, com os escandalosos livros didáticos do MEC, com o fim do ensino religioso. E anote aí: cedo ou tarde, como feto não vota, também estará aprovado o estatuto que disciplinará sua extração em vida, aos pedaços.

Não será diferente com o controle da imprensa. Lula assumiu a presidência em 2003 e já em 2004 o Ministério da Cultura apareceu com o projeto de lei dos audiovisuais, nascido do “diálogo com alguns segmentos sociais”. Foi a primeira tentativa de impor esse controle. E a primeira inútil rejeição, porque é só uma questão de tempo e de achar o jeito. O recente congresso da legenda que manda no país deixou bem claro o quanto é intolerável a opinião de quem se lhe opõe. Ao mencionar a corrupção, o partido proclamou que a combaterá “sem esvaziar a política ou demonizar os partidos, sem transferir, acriticamente, para setores da mídia que se erigem em juízes da moralidade cívica, uma responsabilidade que é pública, a ser compartilhada por todos os cidadãos”. Os “setores da mídia” não perdem por esperar.

Agora foi a vez da feminista que Dilma pôs na Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. Do alto de suas tamancas de ministra, dona Iriny Lopes denunciou ao Conar o anúncio da Hope estrelado por Gisele Bündchen. Na opinião daquela autoridade federal, a peça reforça “o estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual e ignora os grandes avanços alcançados para desconstruir práticas e pensamentos sexistas”. Estamos diante do mesmo tema – o desejo de controlar tudo. Até o pensamento! O totalitarismo é assim mesmo, voraz. Intolerável uma mulher enfeitar-se para seduzir o marido! Fosse para algum sexo casual, estaria tudo bem. Fosse para uma mulher, melhor ainda, Gisele ganharia medalha de honra das políticas de gênero. Mas, no Brasil do politicamente correto, enfeitar-se para o marido virou dominação machista. Para com isso, Gisele! Bota um camisolão comprido, de florzinhas. Roxas. Dona Iriny e o governo federal agradecem."

O artigo acima é de Percival Puggina, intitulado "Gisele, o sexismo e o totalitarismo" e está publicado na edição dominical de Zero Hora.

21 comentários

Nossa querida ministra sofre a famosa Sindrome de Tribufú, Sindrome de baranga, ou Sindrome de Turú, é uma doença grave que afeta as mal amadas, e mortal para as não amadas.
Pobre Ministra.

Reply

Aconselho nossa atraente ministra ir a algum baile funk observar certas coreografias femininas cujo mérito é diretamente proporcional à similaridade com o ato sexual e o reconhecimento pelo desempenho vem na forma dos brados de "Cachorra!" pelos presentes. Nada contra, até gosto de ver por uns quinze segundos, mas me parece que o comercial com a Giselle é um pouquinho menos degradante para a imagem da mulher brasileira.

Reply

Caramba... até parece que o BR não tem problemas... ela tem uma fixação na calcinha da louraça.

Por que não proíbem criança de ouvir funk.... tem cada letra...

Reply

Segura essa, Iriny e aquele promotor que diz que o comercial da Gisele está humilhando os coitadinhos dos homens. Vai censurar?

Borracha Fraca.


http://www.youtube.com/watch?v=rJaIFcyIKQk

Reply

Iriny teve seus 15 minutos e fama, pronto, pode voltar agora para a insignificância de sempre.

Reply

Deviam proibir alguns (muitos) funks de tocar. As letras são horríveis e as crianças escutam e ficam dançando essas porcarias. Depois as meninas ficam embuchadas ainda adolescentes.

Mas isso é normal. Cultura popular e coisa e tal...

Na verdade a intenção é alienar e animalizar os pobres para mantê-los sobre controle. Qual o futuro de alguém que só escute essas porcarias?

Reply

A fala do promotor sobre o Caso Hope.


http://coturnonoturno.blogspot.com/2011/10/e-este-cidadao-e-um-promotor-de-justica.html

Reply

Gentem, esse post do R. A é demais. E com direito a vídeo da TV Pirata...


http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/agripina-inacia-chegou-ao-poder-a-caricatura-e-melhor-do-que-o-retrato-ou-ira-ny-censura-flaubert/

Reply

Coronel,
neste governo as mulheres estão mandando. Começando pela "presidenta". Acontece que só tem bruacas e a inveja mata. Se pelo menos fossem umas coras transadas, com certeza isto não estaria acontecendo.

Reply

A medida passa no congresso porque há também alguns "peludos" travestidos de nobres parlamentares atuando como vaselina...

Reply

O Post do R.A. é definitivo. A Iriny é mais caricatural do que a caricatura. A realidade supera a arte. Agora chega de falar dessa criatura, por favor.

Reply

Já imaginou... Dilma, Iriny e Ideli no lugar das gostosudas. Haja borracha fraca com essas cachorras! rsrs...

Reply

Coronel,
complementando meu post, cometi uma falta grave. Temos sim uma musa e mulher muito bonita no governo, a Gleise, ministra da casa civil. Acontece que ela e tão apagada, tão apagada que esquecemos que ela existe.

Reply

Cel, pura inveja dessa ai,pois já imaginou a ideli ou a dilma ou a erenice fazendo a propaganda da hope ,o marido mandava prender por atentado ao visual.

Reply

"I don't make jokes. I just watch the government and report the facts." - Will Rogers

Hereticus

Reply

When half of the people get the idea that they do not have to work, because the other half is going to take care of them, and when the other half gets the idea that it does no good to work, because somebody else is going to get what they work for, that is the beginning of the end of any nation!

Hereticus

Reply

Percival Puggina se esperneia, berra, grita, com toda a razão, mas entre e em meio as bactérias deste jornal "capa branca".

Reply

Coronel, que tipo de calcinha a "baranga satanás" Irany Lopes usa, hein?

http://www.youtube.com/watch?v=OA0EwjOGNoQ

Reply

Ai que meda!
Hora de ir atualizando o passaporte, gente de bem, porque senão, quando o sem-dedo voltar (bate na madeira!), o Brasil vai se parecer mais com uma ficção de Orwell do que um país.

Reply

Bem lembrado. Se a giselle estivesse vestida para seduzir uma mulher, certamente agora o movimento gay, os petistas e todos os defesores da diversidade já teriam até nomeado ela como rainha dos gays. E certamente giselle já estaria fazendo mil e uma propagandas para petrobrtas, banco do brasil, correios, caixa, etc. Tudo a convite da irany.

Esse é o mundo petista de ser.

Reply

São elucubrações (ou alucinações?) dos (das) parasitas do erário.

Reply