PSDB: São Paulo é o meu país

O PSDB da Câmara é um, o do Senado é outro. Na Câmara, os deputados tucanos paulistas defenderam com unhas e dentes o projeto do trem-bala, contra o qual o senador tucano Aloysio Nunes votou contra, ontem, reafirmando a posição do maior nome do tucanato paulista, José Serra, na campanha presidencial. Geraldo Alckmin, o tucano paulista que governa o estado, é um entusiasta do trem-bala, que vai passar pelo Vale do Paraíba, seu reduto eleitoral. Além disso, a obra tem grande impacto na Grande São Paulo, tendo em vista a ligação com Campinas.  A verdade é que, para o PSDB, São Paulo é o meu país. E se o trem-bala fosse em Minas, seria a mesma coisa.  O discurso nacional é um, a prática de cada estado é outra.  Para os que duvidam disso, leiam a matéria abaixo, da Folha de São Paulo.

Numa tentativa de mudar a imagem das sucessivas gestões do PSDB em São Paulo e fazer frente às ações desenvolvidas pelo PT no Planalto, o governador Geraldo Alckmin prepara o lançamento de um pacote de programas sociais, no qual pretende investir cerca de R$ 3 bilhões até o fim do mandato. O projeto deve ser lançado em até 30 dias e tem as linhas finais traçadas em meio à polêmica aberta por artigo publicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, antecipado pela Folha. No texto, FHC defende que o PSDB desista de conquistar o "povão". "Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT a influência sobre os "movimentos sociais" ou o "povão" [...], falarão sozinhos." Entre os líderes tucanos, Alckmin foi o único que evitou comentar o artigo.

A previsão de investimentos para a implantação do pacote equivale a tudo o que foi destinado para a Secretaria de Desenvolvimento Social de 2002 a 2010 (R$ 2,9 bilhões). Caberá ao órgão chefiar as ações. O secretário da pasta, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), evitou polemizar com o artigo de FHC. "Uma coisa é a discussão política, outra é a gestão. O governo tem um o compromisso que é o de atender a todos os paulistas", afirmou. Apontando estratégia oposta à pregada por FHC, o governo paulista lançará novos programas, ampliará os de transferência de renda já existentes e tratará com ênfase a chamada "porta de saída" para os beneficiários.

A opção por destacar programas de escolarização e formação profissional tem viés político. O tucano tentará se contrapor ao governo federal, criticado por não ter conseguido dar igual força a ações complementares à transferência de renda. A rede de restaurantes populares conhecidos como Bom Prato será reformulada para dar formação de mão de obra e inclusão digital. Os beneficiários dos programas serão estimulados a participar do Via Rápida para o Emprego, anunciado por Alckmin na campanha como sua principal plataforma para formação profissional. "O caminho da inclusão é esse: aumentar o grau de empregabilidade", destacou o secretário da Casa Civil paulista, Sidney Beraldo.

A estratégia de Alckmin conta com o envolvimento das prefeituras. O governo estimará metas de adesão aos programas nos municípios e dará mais recursos aos que as superarem. O Estado oferecerá treinamento a "agentes sociais" das prefeituras, que recrutarão famílias a serem incluídas nos programas. As metas serão baseadas em um "mapa social", que listará bolsões de pobreza nas cidades. O mapa é novidade no governo estadual, mas segue fórmula usada para estimar a demanda do Bolsa Família.

4 comentários

O pobre vai ter condições de andar nesse tal de trem bala?

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Cel.

"Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), evitou polemizar com o artigo de FHC. "Uma coisa é a discussão política, outra é a gestão."

É claro que Geraldo Alckmin vai fazer de tudo para rivalizar com o governo federal. Afinal, PT está louco para se apoderar de SP, tanto em 2012 como em 2014. Ele tem mais é que mostrar serviço (fazer uma boa gestão), abrangendo todas as classes sociais. Afinal ele está no poder, e irá querer ser reeleito. Em time que está ganhando, quem irá querer mudar, não é mesmo ????


Chris/SP

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Governador é governador e senador é senador. Muitos amigos mineiros elogiaram Aécio, mas como senador ele é um desastre.

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O programa social do sr. Geraldo não é eleitoreiro, como o dos petralhas (que alías copiaram do PSDB).
Na gestão anterior do Geraldo, dona Lú, sua esposa, coordenava o fundo de solidariedade. Um dos projetos era ensinar o povão de baixa renda a trabalhar. A ter uma profissão. Um dos exemplos, era o de ensinar as pessoas a trabalharem com panificação, entre muitos outros.
.A frase "São paulo é o meu país" não é nenhum pouco constrangedora, pelo contrário.
O Brasil e o mundo inteiro estão em São Paulo. É um país sim, pois todos os brasileiros estão aqui representados.
Podem deitar a lenha em SP, mas aqui se trabalha, não somos amadores.
.
Me lembro que a esposa do entao governador Geraldo esteve em Santo André para inauguração desse programa. Na época a prefeitura lá era petralha. Elles foram de uma falta de educação tão sem medida, que sequer compareceram à inauguração de um desses projetos. Ah, e a comida do "Programa bom prato" é ótima. Já comi uma vez e paguei R$ 1,00, tem uns 5 anos isso.


Maria, SP

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