O esforço para tornar Dilma não uma candidata: uma mulher com alma.

Não é só a fama de grosseira e estúpida com os assessores que distancia a candidata Dilma Rousseff(PT) da graça, da leveza e da espontaneidade da mulher brasileira. É a falta de uma biografia de mulher. Ainda jovem, optou por pegar em fuzis e aterrorizar o país participando de uma fratricida luta armada, em vez de fazer, por exemplo, como Norma Bengell, de quem se apropriou da fotografia: ser, naquela época,a atriz que, hoje, ela tenta ser. Falta para Dilma uma foto com a filha no colo, uma foto ajudando a menina a fazer o tema de casa, uma foto das duas no sofá, abraçadinhas. Talvez seja por isso que ela tanta fala na "guria" Vitória que encontrou no aeroporto, forçando na expressão a gaúcha que ela não é, que encontrou no aeroporto e que simboliza todos os seus remorsos de mãe sem registro histórico. Falta para Dilma uma foto de casamento, uma foto cortando o bolo, uma foto jogando o buquê, que não tem mesmo tendo sido casada por duas vezes. Falta para Dilma as imagens que toda a mulher brasileira tem, seja obtida por um retratista nos velhos estúdios do interior, seja flagrada por um amigo, uma amiga ou um parente nos rápidas festinhas e encontros das grandes cidades. O flagrante de um sorriso. O instantâneo de um abraço entre amigas. Uma cena de escritório ou de lar. Cruzando todos os estes fatos com a gerentona que grita com os seus subordinados e que chama jornalistas de "minha filha" como se isso fosse uma repreensão, chegamos ao perfil da Dilma e ele está muito longe de uma figura com a feminilidade, a doçura e o charme inconfundível da mulher do nosso Brasil. Por isso, ontem, mais do que mostrar uma candidata viável, o marqueteiro do PT tentou "encostar" uma série de grandes mulheres em Dilma, para ocupar aquele vácuo que existe na sua vida. O vácuo da feminilidade que as mulheres brasileiras já perceberam que há naquela pessoa e que, por isso, recusam-se a votar nela. Não é esta mulher sem alma de mulher que o Brasil merece como a sua primeira presidente. Ela é muito pouco mãe, esposa e mulher para isso, ao ponto de ter que se projetar em figuras históricas, pois a sua história de vida não a sustenta.