De Augusto Nunes, da Veja, em artigo de quem sabe sobre o que está falando. E que, elegantemente, não deixa um anônimo Coronel falando sozinho:
Pelo que vivi e pelo que sei, não dou maior importância a pesquisas eleitorais (que o Gallup, aliás, deixou de realizar). Não perco tempo sobretudo com as realizadas a léguas do dia da eleição. Vi como são feitas. Nem desperdiço textos com institutos que escondem nomes de candidatos, ou trabalham para o governo entre uma eleição e outra, ou servem apenas a um único patrão. As fábricas de índices devem a sobrevivência à pesquisa de boca de urna, que corrige os desvios colossais registrados nas anteriores. Mas no dia da eleição os entrevistadores não perguntam em quem alguém pretende votar, e sim em quem votou. Pesquisa de boca de urna não faz sondagens. Faz constatações, e aí sim a estatística vira ciência. Malandramente, a avaliação do desempenho dos institutos se baseia no último levantamento. Se os resultados oficiais fossem confrontados com índices colhidos dias antes, quem encomendou as pesquisas poderia devolvê-las por defeito de fabricação e pedir o dinheiro de volta.Brasileiros vigiam com muito mais rigor as coisas do futebol que as coisas da política. E nem os gramados escapam. É difícil acreditar que resultado de pesquisa esteja fora do alcance de trapaceiros que mudam até resultado de final de campeonato.
Pelo que vivi e pelo que sei, não dou maior importância a pesquisas eleitorais (que o Gallup, aliás, deixou de realizar). Não perco tempo sobretudo com as realizadas a léguas do dia da eleição. Vi como são feitas. Nem desperdiço textos com institutos que escondem nomes de candidatos, ou trabalham para o governo entre uma eleição e outra, ou servem apenas a um único patrão. As fábricas de índices devem a sobrevivência à pesquisa de boca de urna, que corrige os desvios colossais registrados nas anteriores. Mas no dia da eleição os entrevistadores não perguntam em quem alguém pretende votar, e sim em quem votou. Pesquisa de boca de urna não faz sondagens. Faz constatações, e aí sim a estatística vira ciência. Malandramente, a avaliação do desempenho dos institutos se baseia no último levantamento. Se os resultados oficiais fossem confrontados com índices colhidos dias antes, quem encomendou as pesquisas poderia devolvê-las por defeito de fabricação e pedir o dinheiro de volta.Brasileiros vigiam com muito mais rigor as coisas do futebol que as coisas da política. E nem os gramados escapam. É difícil acreditar que resultado de pesquisa esteja fora do alcance de trapaceiros que mudam até resultado de final de campeonato.
8 comentários
foi muito elegante o Augusto, mesmo...
Replysempre eh, vale muito a pena participar daquele blog;
foi elegante e humilde, inclusive, por abordar um assunto levantado aqui, em um blog amador;
já outros...
um continua no seu eterno ensaio sobre a cegueira;
e um outro, o ego inflado não permite que ele faca gentilezas;
alias, sobre esse último, esta pau a pau a corrida pra ver quem eh mais egocêntrico, ou ele ou o Luis Inassiu...
alias, Augusto tambem fez a observacao que sempre faco em relacao a pesquisas eleitorais:
Replyo voto dos indecisos vai para quem esta na frente nas pesquisas!
os indecisos ficam nessa condição exatamente por terem preguiça de decidir e acreditar que, se "a maioria esta com fulano, a maioria deve estar certa"
desse modo ele anula pra si mesmo frustrações e arrependimentos futuros por ter escolhido o candidato "errado" por si próprio;
ele diz pra si mesmo: me enganei, mas não fui somente eu;
e ai segue a vida, feliz, livre de culpas e arrependimentos...
O Augusto Nunes sempre foi referênçia em decênçia, honestidade, sabedoria e humildade.
ReplyCoronel, o Augusto está certo, mas nem pesquisas de boca de urna são confiáveis: lembra o que aconteceu na Venezuela, onde o Chávez dava como certa a vitória, e se deu mal. O povo estava com medo . Medo de perder o emprego, de sofrer represálias. Medo de falar. Falta muito pouco para chegarmos a isso.
ReplyNem a boca de urna colobora com a ciência.Uma coisa é perguntar:
Reply— Votou em quem?
— A.
Mas votou mesmo foi em B,ou nenhum.
Sei porque já fiz isso.A outra resposta mais inteligente,mas que não é tabulada,é a seguinte:o voto é secreto,não revelo em quem votei.
¬¬
blaise2
É importante que se diga que o "comportamento de manada" do brasileiro é um fenômeno real. Assim, se as pesquisas fraudam os números em favor da Dilma (e existem indicadores de que isso está ocorrendo),um número expressivo de brasileiros indecisos VAI VOTAR em quem "está ganhando" nas pesquisas. Isso ACONTECE de fato e faz o candidato da oposição perder muitos e decisivos votos. Fica difícil responsabilizar os institutos pois tudo se esquece após as eleições e eles sempre dão um jeito de se justificar. Acho que os blogueiros deveriam sim considerar a importância da ação nociva das pesquisas manipuladas, independente das discussões filosóficas sobre se os números estão certos ou não, se estão coerentes ou não. Se aqueles que se dizem defensores da democracia querem prestar um serviço efetivo para combater esses terroristas travestidos de políticos, terão que se juntar e "atacar em todas as frentes". Lembrem-se que essa "turminha" maligna do PT mente, calunia e comete crimes. Farão de tudo para faturar mais essa eleição. Não vão entregar assim, de mãos beijadas, até porque eles tem dinheiro e conseguiram aparelhar todos os setores da sociedade.
ReplyAdoro o Augusto, Coronel.
ReplyAcho, porém, que o senhor bateu de frente com um fato muito mais sério do que aparentemente é.
Trata-se do TSE, que ACEITOU este material. Podemos confiar na lisura de qualquer outro procedimento que passe pelo tribunal? Acho que não.
Somos um país de boçais desdentados. Esperar o quê, se os que pensam estão mais preocupados em amealhar fundos para as 3 encarnações próximas? Nojo!
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