Nem Chávez teve a ousadia de Lula.

Não bastasse o Brasil ter participado do plano de retorno de Manuel Zelaya à Honduras, transformando-se em pivô de uma guerra civil iminente, a embaixada brasileira em Tegucigalpa foi transformada em palanque político, com direito a comício da sacada. Logicamente que Zelaya teve o aval e a participação do Itamaraty para voltar ao país, rompendo com todas as tradições da nossa diplomacia. Zelaya tem jatinho do Chávez, dinheiro da OEA e agora tem a embaixada do Brasil. Lula e sua cambada colocaram o país no olho do furacão. Honduras, com quem o Brasil já rompeu relações diplomáticas, deverá ser instado a conceder asilo à Zelaya, para que o refugiado seja trazido imediatamente para fazer companhia à Cesare Battisti e Oliverio Medina. O mais grave é que as mãos de Lula, que já estavam sujas por rasgar a constituição brasileiras, estão prestes a ficar encharcadas de sangue hondurenho. Qualquer morte que ocorra será culpa exclusivamente do presidente do Brasil que, desde o início da crise, tem sido um dos maiores responsáveis por fomentar a discórdia na crise de Honduras. A participação de Lula no retorno de Zelaya superou todos os limites do bom senso. Nem Chávez teria tanta ousadia.