China: capitalismo selvagem.

Do Estadão:

Nas docas, as pilhas de contêineres que eram vistas nos viadutos próximos desapareceram. De acordo com encarregados de logística, toda semana eles negociam descontos cada vez maiores com os navios que deixam o porto só com metade da carga. Na província de Guandgong, fábricas fecham as portas sem pagar os empregados. Em Sichuan e outras, autoridades municipais procuram desesperadamente meios de dar emprego a milhões de trabalhadores, que não estão sendo mais procurados para a agricultura. Esses são os efeitos do fato de milhões de americanos terem perdido confiança na economia, sentirem-se mais pobres e, por isso, reduzirem seus gastos. Os varejistas americanos, depois de uma temporada desalentadora de compras de fim de ano, estão adiando o pagamento de produtos chineses para 90 ou até 120 dias depois do embarque, em contraste com os costumeiros 30 a 45 dias, obrigando os fornecedores a tomar emprestado mais dinheiro para cobrir a diferença. Alguns deles, não conseguindo levantar um empréstimo , estão fechando as empresas. Leia mais aqui.

5 comentários

Finalmente estamos em vias de assistir o resultado da eficiência do, digamos, “Comuno-capitalismo” chinês.
A verdadeira selvageria do capitalismo só se sustenta em regimes autoritários, que condenam à morte, em praça pública, pretensos criminosos, e, ainda por cima, debitam o custo da bala à família.
Esse tipo de distorção não passa de uma “pirâmide” econômica, que se sustenta a gordos índices de crescimento, da ordem de 12, 15% ao ano – vide Brasil durante o “milagre econômico” – distribuindo migalhas a uma multidão de esfomeados, represados em províncias longínquas e convenientemente inacessíveis, mantidos a salários de fome e fuzil.
Investimentos estrangeiros são permitidos, desde que admitam, na “sociedade”, membros da “Nomenklatura”. Normalmente os riscos políticos são debitados no preço dos produtos, em retornos de investimento que chegam a menos de um ano, e só são possíveis por conta da inexistência dos famosos “custos sociais”, tão caros aos nossos pelegos sindicais.
Deus queira que a China não imploda, situação não tão improvável, diga-se, com crescimento de 5 a 6% ao ano. Assim, com perdão da prerrogativa da anta presidencial brasileira: Vida longa ao comunismo chinês. Do contrário, “SiFu”... ou melhor, NosFu!

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Prezado Coronel,

São os efeitos de um tipo de "marolinha ou barrigada" conforme os nossos dirigentes disseram, para o Brasil.

Já para o gigante da Asia...

Boolas

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Coronel

Preocupante o que escreveu. Nos EUA a economia vai mal. Na China, mesma coisa! E são dois gigantes da industria!

Mas confiemos nas doutas e sábias palavras do noço grande líder analfabeto: Estão torcendo para que aqui a coisa dê mal! Aqui è só uma marolinha!

Então, tá!

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Há grande chance desses primeiros meses de 2009 serem o "tranco" que vai despertar o eleitor de Lula e fazê-lo sacudir a cangalha incomodado com a consciência pesada de carregar um mito que se desfaz.

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Coronel

Nem de propósito!
Tinha guardado nos favoritos este artigo e não resisto a transcrever uma parte:

(...)

"Wang Zhicheng, escreveu para AsiaNews que os falsos propagandísticos durante os Jogos não foram acidentais. Eles obedecem a uma estratégia do governo.

O mesmo sistema de enganos e falsificações atinge os dados da economia.

Segundo números oficiais, que a mídia ocidental não reproduz, perto de 67 mil empresas pequenas e médias faliram em apenas um ano deixando 20 milhões sem emprego. Os dados não-oficiais podem ser piores. E a mesma crise pode atingir as empresas grandes.

(...)

Falta crédito, os juros sobem e, sem mão de obra barata, as multinacionais procuram outros países para mudar suas fábricas.

No vale do Yangtze, segue o relatório, i. é, em volta de Shangai, aonde estavam as “fábricas do mundo” que alimentavam o crescimento econômico, é rotina os estrangeiros fecharem instalações e empresas chinesas falirem." (...)

http://pesadelochines.blogspot.com/2008/11/o-regime-acena-com-campo-de-concentrao.html

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