Na última terça, o Coturno Noturno destacava um fato que passou batido pela imprensa desatenta do Brasil. Ou talvez tenha sido devidamente abafado. Mas não passou pela pena maldita de Diogo Mainardi, na Veja desta semana:
Ninguém segura este país
"De quarenta em quarenta anos, o Brasil acredita que chegou a hora de sair da Rua do Valongo. Mas agente sempre acaba sendo arrastado de volta para lá"
Um empresário tinha um projeto para montar uma usina de biodiesel em Caarapó. O que ele fez para acelerar o licenciamento do governo? Telefonou para Marcelo Sato, genro de Lula, e disse:
– Nosso processo está na área jurídica da ANP. Preciso que você fale com o diretor ou o presidente.
O genro de Lula obedeceu:
– Estou ligando agora.
A conversa foi grampeada pela PF e vazada ilegalmente, na última quarta-feira, para a imprensa catarinense. O genro de Lula é mencionado em outros grampos. Num deles, o mesmo empresário manda um de seus funcionários comprar imediatamente um computador portátil para Marcelo Sato, argumentando que ele o punha "na frente do presidente, do ministro".
Feche os olhos e reúna todos os elementos desse episódio: usina de biodiesel, Caarapó, genro de Lula, diretor ou presidente da ANP, grampos da PF, vazamentos ilegais, computador portátil, presidente da República, ministro. Qual é o resultado? O resultado é um retrato do nosso atraso, do nosso primarismo. É como se fosse o Mercado de Escravos na Rua do Valongo, de Debret, só que ainda mais tosco. Captura, numa única cena, com pinceladas esparsas, a nossa indolente selvageria. Na falta de um Debret, temos os grampos naturalistas da PF.
Duas semanas atrás, no Ministério da Fazenda, Dilma Rousseff anunciou o fim do neoliberalismo. Aparentemente, era a senha que o mercado financeiro internacional aguardava para implodir. Atendendo à peremptória palavra de ordem da ministra da Casa Civil, os maiores investidores do mundo venderam atabalhoadamente todos os seus ativos. A queda da Bolsa de Valores de Nova York foi comparada à de 1929. Os jornais americanos passaram a evocar imagens daquele tempo. Filas de desemprego. Mendigos nas ruas. Bancos falidos. Por alguns dias, os Estados Unidos sentiram-se num melodrama de Frank Capra, à espera do galante Mr. Deeds.
Enquanto isso, Lula, o nosso Mr. Deeds, o Gary Cooper de Caetés, fazia chacota dos americanos, passando um pito no presidente George W. Bush e garantindo que o Brasil estava imunizado contra a crise financeira. O Brasil ainda é aquele retratado por Debret: arcaico, analfabeto, corrupto, piolhento, com sua economia baseada em matérias-primas. E nossos governantes ainda ostentam aquela triste pompa imperial, que se esfrangalha diante da realidade.
No número especial que comemora os 40 anos de VEJA, foram selecionadas as frases que melhor sintetizam o período. A primeira delas é o lema da ditadura militar: "Ninguém segura este país". A última foi pronunciada recentemente por Lula: "Ninguém segura este país". De quarenta em quarenta anos, o Brasil acredita que chegou a hora de sair da Rua do Valongo. Mas a gente sempre acaba sendo arrastado de volta para lá.
Ninguém segura este país
"De quarenta em quarenta anos, o Brasil acredita que chegou a hora de sair da Rua do Valongo. Mas agente sempre acaba sendo arrastado de volta para lá"
Um empresário tinha um projeto para montar uma usina de biodiesel em Caarapó. O que ele fez para acelerar o licenciamento do governo? Telefonou para Marcelo Sato, genro de Lula, e disse:
– Nosso processo está na área jurídica da ANP. Preciso que você fale com o diretor ou o presidente.
O genro de Lula obedeceu:
– Estou ligando agora.
A conversa foi grampeada pela PF e vazada ilegalmente, na última quarta-feira, para a imprensa catarinense. O genro de Lula é mencionado em outros grampos. Num deles, o mesmo empresário manda um de seus funcionários comprar imediatamente um computador portátil para Marcelo Sato, argumentando que ele o punha "na frente do presidente, do ministro".
Feche os olhos e reúna todos os elementos desse episódio: usina de biodiesel, Caarapó, genro de Lula, diretor ou presidente da ANP, grampos da PF, vazamentos ilegais, computador portátil, presidente da República, ministro. Qual é o resultado? O resultado é um retrato do nosso atraso, do nosso primarismo. É como se fosse o Mercado de Escravos na Rua do Valongo, de Debret, só que ainda mais tosco. Captura, numa única cena, com pinceladas esparsas, a nossa indolente selvageria. Na falta de um Debret, temos os grampos naturalistas da PF.
Duas semanas atrás, no Ministério da Fazenda, Dilma Rousseff anunciou o fim do neoliberalismo. Aparentemente, era a senha que o mercado financeiro internacional aguardava para implodir. Atendendo à peremptória palavra de ordem da ministra da Casa Civil, os maiores investidores do mundo venderam atabalhoadamente todos os seus ativos. A queda da Bolsa de Valores de Nova York foi comparada à de 1929. Os jornais americanos passaram a evocar imagens daquele tempo. Filas de desemprego. Mendigos nas ruas. Bancos falidos. Por alguns dias, os Estados Unidos sentiram-se num melodrama de Frank Capra, à espera do galante Mr. Deeds.
Enquanto isso, Lula, o nosso Mr. Deeds, o Gary Cooper de Caetés, fazia chacota dos americanos, passando um pito no presidente George W. Bush e garantindo que o Brasil estava imunizado contra a crise financeira. O Brasil ainda é aquele retratado por Debret: arcaico, analfabeto, corrupto, piolhento, com sua economia baseada em matérias-primas. E nossos governantes ainda ostentam aquela triste pompa imperial, que se esfrangalha diante da realidade.
No número especial que comemora os 40 anos de VEJA, foram selecionadas as frases que melhor sintetizam o período. A primeira delas é o lema da ditadura militar: "Ninguém segura este país". A última foi pronunciada recentemente por Lula: "Ninguém segura este país". De quarenta em quarenta anos, o Brasil acredita que chegou a hora de sair da Rua do Valongo. Mas a gente sempre acaba sendo arrastado de volta para lá.
11 comentários
Será que o Sato resolveu o caso do jornalista de Floripa que vivia reclamando que queria um dos canais abertos da RBS aqui?Ele tinha um programa bagacento num canal daqueles que perdem o sinal bem no meio da transmissão...Um dia, num daqueles faniquitos que lhe são peculiares,disse, no programa, que o genro do Lula era gente fina,e que, note bemmmm, estaria vendo isso pra ele...
ReplyDaí tanto elogios ao governo Lula, aliviava o que podia e não podia.Agora é mero repórter stand by noutro programa bagaça de certo deputado famoso aqui, cujo filhinho quer ser prefeito.
Pelo jeito o Sato não tem lá tanto cacife assim. Não resolveu o caso do jornalista 'policial',ou resolveu e ninguém sabe?
AHHH, essas escutas...Que algumas são do bem, são mesmo, ou jamais saberíamos do mar de lama que é a política no Grotão.
¬¬
lia
Coronel, tutto buona gente...
ReplyE os cartões corporativos, o dito general vai abrir ou não ? Ou será por esse motivo que ele continua lá ?
Coronel, diante desse quadro dantesco da GRAMPOLÂNDIA patrocinado pelo eixo SNI-GSI, já comparado ao evento Riocentro do governo lula, a Ministra Dilma e o Ministro Franklin Martins devem ter um amargurado arrependimento ao terem participado daquela fatídica coletiva ao lado do general jorge felix, acerca dos cartões corporativos. Por acaso, a Ministra Dilma e o Ministro Franklin se manifestaram sobre a GRAMPOLÂNDIA, ultimamente?
ReplyO evento de que se tem notícia recente sobre a Ministra foi que ela chorou ao falar sobre o período em que combateu o Regime Militar brasileiro (1964-1985), durante uma homenagem na noite de segunda-feira, 15, a 11 alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mortos na época por lutarem contra a ditadura. O silêncio deles é intrigante. Ou não ?
Sobre o primeiro "ninguém segura este pais",ao menos tínhamos segurança,não havia ECA pra juizinho da infância e juventude mandar oficial de justiça intimar comandante da EAMSC,em nome do Conselho Tutelar,dando ordem de como o Comandante dever tratar os "dimenor" de 16 a 18 anos, que entram pra Marinha.Nada de mandar fazer faxina e exercícios físicos puxados pros 'dimenor' senão mamãezinha reclama de novo e Comandante vai ser ver com a lei num belo processo...É mole?
ReplyDepois dessa alguém divida de como estão as outras escolas não militares?
Se alistem como voluntários pra ver...
Com relação ao segundo "Ninguém segura este país",prefiro não comentar...Cansei.
¬¬lia
É o alpinista quadrilheiro
ReplyÉ a escala çoçial da corja de analfabetos-
O PROJETO COMUNISTA PARA O BRASIL E A AMÉRICA LATINA
Por Taiguara Fernandes de Sousa
Há décadas os comunistas planejam a instauração de um regime ditatorial comunista no Brasil e em toda a América Latina.
No dia 23 de maio de 2008, uma reunião em Brasília tornou realidade a UNASUL (União das Nações Sul-Americanas), através de um Tratado Constitutivo que crio uma personalidade política própria para o Bloco e, entre outras coisas, um Conselho Sul-Americano de Segurança.
Este Bloco – estipulado nos moldes da União Européia como união política e econômica, com moeda única e parlamento comum – é divulgado como a última salvação econômica da América do Sul, como se o simples ingresso no mesmo fosse tornar qualquer país sul-americano desenvolvido instantaneamente.
E promessas como esta atraem mentes ingênuas...
http://www.veritatis.com.br/article/5309
Coronel,
Reply... liderados pelo petralha mor e seus quarenta ladrões.
Sds.,
Coronel
ReplyNinguém segura este país?
Então chamem de novo dos militares de 1964!
Coronel,
ReplyO irmão do Franklin Martins trabalha na ANP. Que coincidência em!
Terrorista PeTralha em toda parte!
Fazem qualquer negocio por 30% de comissão! Este é o socialismo comunismo do Governo Lula/PT!
Ué, porque não está sendo investigado?
ReplyNão é a primeira vez que este casal20%, aparece em escãndalo.
Aliás, eles são um escândalo:ÔOOOOgente feia!
Desculpe, Coronel, mas é melhor corrigir a legenda dessa foto. O Lula foi a Florianópolis conhecer o neto. Essa foto foi tirada em casa do bebê Sato. Não foi tirada no Planalto.
ReplyNão sei se houve alguma visita da Lurian e seus filhos ao Planalto ou ao Alvorada. Nunca ouvi falar.
Mas recordo perfeitamente a foto do Lula na janela do apartamento da Lurian mostrando o bebê para os jornalistas.
Não sei se ele lá voltou...Creio que não. É uma das coisas que me incomoda no presidente da República: nunca vi uma foto dele com todos os filhos e netos, incluindo aí a Lurian e seus filhos. Nunca.
A imprensa noticiou fartamente o nascimento desse bebê. O avô não tinha outro jeito: teve que ir lá.
Um abraço,
Maria Helena R R de Sousa
VOCÊ SABIA?
ReplyA doutora Elizabete Sato, delegada que foi escalada para investigar o processo sobre o assassinato do Prefeito de Santo André, Celso Daniel, é tia de Marcelo Sato, marido da Lurian, que, apenas por coincidência, é filha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ou melhor, a coincidência é que Marcelo Sato, o genro do presidente da república, é sobrinho da Delegada Elisabete
Sato, Titular do 78º DP, que demorou séculos para concluir que o caso Celso Daniel foi um "crime comum",sem motivação política.
Também apenas por coincidência, Marcelo Sato é dono de uma empresa de assessoria que presta serviços ao Besc - Banco de Santa Catarina – BESC (federalizado), no qual é dirigente Jorge Lorenzetti churrasqueiro oficial do presidente Lula e um dos petistas que o presidente chamou de "aloprado" no escândalo do dossiê contra os tucanos).
E ainda, não por coincidência, o marido de Ideli Salvatti, lider do PT no Senado, é o Presidente do BESC.
Copiado de mail que circula por aí, porém são verdades, não se trata de Fake...