Para sacudir o STF, Paulo Brossard.

A Varig, é desnecessário lembrar, foi sinônimo do Rio Grande em termos nacionais, e um dos nomes do Brasil em termos internacionais. Conheci a Varig de Rubem Berta e depois dele até sua tragada pelo infortúnio empresarial. Mas isto é outra história. O fato é que a ministra não negou tivesse participado na solução vitoriosa. Tanto que, falando pouco a respeito, alegou que seria difícil precisar a origem dos recursos do comprador. Verifica-se que a poderosa personagem não acredita muito na eficiência da Receita Federal, em relação a qual há quem pense que é tão grande que chega a ser perigosa pelo poder que tem e que pode exercer silenciosamente, sem que o cidadão inerme nem desconfie. Mas não é isto o que é importante. Eu não me considero em condições de votar nessa matéria, que é realmente complexa e encharcada de muitos interesses. Mas também é público que a venda da Varig foi feita por US$ 24 milhões, e não é pouco dinheiro para qualquer pessoa. Foi isso em julho de 2006. Ocorre que em março de 2007, oito meses depois, foi ela repassada por US$ 320 milhões, aqui a porca torce o rabo e o problema muda de figura. Para entender a variação ou para não entendê-la, o salto de US$ 24 milhões para US$ 320 milhões em oito meses, não é preciso muito. Alguma coisa tem de ser explicada e esclarecida. Leia aqui o artigo completo de Paulo Brossard, ex-senador e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, um dos maiores juristas do país.