Caso encerrado?

Quem de vocês, que atua como profissional de mercado, pode receber um compadre na sua empresa, em seis oportunidades, em horário de trabalho, de portas fechadas, sem que o compromisso esteja na sua agenda? E se este compadre, após estas visitas, passar a ser apoiado por você, tendo como base o seu prestígio e influência no mercado, para realizar negócios com outra organização que esteja sob sua responsabilidade, ganhando milhões de dólares com isso, sem que a sua empresa receba um tostão com isso? O que a sua empresa vai pensar de você, ao saber que este seu compadre já lhe emprestou casa e já foi seu avalista? É exatamente isto que aconteceu entre Luiz Inácio Lula da Silva e Roberto Teixeira. É esta relação, que gerou bilhões de reais de prejuízos para os cofres públicos em renúncia fiscal, que Lula quer dar como "caso encerrado". Por que Lula não recebeu o compadre na sua casa, na Granja do Torto, à noite ou em sábados e domingos? Por que não fez um churrasco para ele? É inaceitável visitas pessoais para a presidência da república, na mesma sala onde ele despacha em nome da nação. É injustificável visitas secretas ao supremo mandatário do país, a não ser que este queira esconder alguma coisa, suprimir informações à opinião pública, praticar atos que não primem pela necessária e obrigatória transparência que a ele é imposta, por lei. A revista Veja publica um quadro completo de como Roberto Teixeira se aproximou de Lula para montar toda a venda ilegal e imoral da Varig, usando do seu relacionamento para obter favores. Sabem a única coisa que sustenta toda a argumentação do Planalto? O parecer de um único juiz, que mudou de idéia da noite para o dia, após uma visita de quem ao Palácio? Do compadre do presidente. Assinantes de Veja podem ver aqui, de forma esquemática, o roteiro da patifaria.