Aviso de utilidade pública.

O Governo democrático da Colômbia acaba de informar que eliminou o narcoterrorista Raul Reyes, o número 2 e porta-voz das FARC. Sua cabeça valia U$ 5 milhões. Juan Manuel Santos, Ministro da Defesa da Colômbia, afirmou que Reyes foi morto quando tentava fugir em desabalada carreira para dentro do território equatoriano, a 1.800 metros da fronteira com a Colômbia. O ministro alegou, porém, que o ataque partiu do território colombiano e que o presidente equatoriano, Rafael Correa, foi informado da operação pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. No entanto, ainda não é claro se a comunicação foi feita antes ou depois do ataque. E precisa? Parabéns, democracia colombiana. Parabéns, Plano Patriota. Leia mais aqui.

23 comentários

O inferno ganhou mais um morador hoje. Parab�ns a Col�mbia.

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No http://www.noticias24.com/ há a notícia bem detalhada, inclusive com o press release do Ministério da Defesa da Colômbia.

Parece que, junto com ele, mataram a filha do Marulanda, mulher do RR.

Enojante é a declaração do Sarkozy, contra a ação da Colômbia. Está no Notícias 24 também.

Para os que curtem saber o que os comentaristas pensam e escrevem, os comentários de ambas as notícias devem ser lidos. É um viva geral ao Pres. Uribe e ao Exército Colombiano.

Como deve ser bom ser colombiano...

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Prezado Sr. Cel:

Lula e sua primeira aposta devem estar se lamentando sobre a morte do "cumpanhero".

Matéria da Revista Veja desta semana.

"A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, está passando por um processo acelerado de metamorfose. Habitualmente reservada, de uma hora para outra ela começou a participar de festas, viagens e reuniões com jornalistas. Deixa-se fotografar com facilidade e reserva boa parte da agenda para encontros políticos. Na semana passada, Dilma acompanhou o presidente Lula em solenidades no interior do Nordeste para o lançamento de mais um programa social. Em Aracaju, a ministra discursou sobre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento e depois se reuniu com governadores para debater os projetos. Na próxima sexta-feira, o presidente Lula vai visitar três favelas do Rio de Janeiro, onde o governo começará a implantar infra-estrutura básica. De novo, a ministra foi convidada para discursar no evento e, inclusive, já foi orientada sobre o teor do pronunciamento. Em vez de ficar citando números e estatísticas sobre as condições de vida da população carente, ela vai se dedicar a ressaltar as melhorias que o governo federal vem promovendo na vida das comunidades mais pobres. Discurso de candidata? Sim. Dilma Rousseff foi escolhida pelo presidente Lula para ser testada como a primeira opção petista para a sucessão nas eleições de 2010".

DILMA VANA ROUSSEFF LINHARES ("ESTELA", "LUIZA", "PATRICIA", "WANDA")
- Em 1967, era militante da Política Operária (POLOP), em Minas Gerais, junto com seu marido, Claudio Galeno de Magalhães Linhares ("Aurelio", "Lobato"). Saiu da POLOP e,também com seu marido, ingressou no Comando de Libertação Nacional (COLINA), tendo sido eleita, em Abr 69, quando atuava na então Guanabara, membro do seu Comando Nacional.
- Acompanhou a fusão entre o COLINA e a Vanguarda Popular Revolucionária, que deu origem à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P). Em Set 69, participou como convidada - só com direito à voz - do I Congresso da VAR-P, realizado numa casa em Teresópolis. Nessa ocasião, Darcy Rodrigues, um ex-sargento do Exército oriundo da VPR, tentou agredi-la, sob a ameaça de Dilma não mais poder participar das ações armadas. Na ocasião, recebeu a proteção de Carlos Franklin Paixão de Araújo e com ele foi viver e militar no Rio Grande do Sul e, logo depois, em São Paulo, onde foi presa em 16 Jan 70.
- Foi Secretária de Estado de Minas, Energia e Comunicações do Governo do Rio Grande do Sul.; -Ex-ministra de Minas e Energia.
-Atualmente é Ministra Chefe da Casa Civil.
Notícias sobre a posse na Casa Civil http://www.ternuma.com.br/dilma051.htm
Fonte:
http://www.ternuma.com.br/aonde.htm#Dilma

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A cara do sujeito não lembra Lula?

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Prezado Sr. Cel:

O vínculo entre os "cumpanheros"

Em 24/08/2003, o comandante das Farc, Raúl Reyes, concede entrevista à Folha de São Paulo, em algum ponto da Amazônia colombiana.

Folha de S.Paulo - Qual é a sua avaliação do governo Lula?

Reyes - Tenho muita esperança em que o governo Lula se transforme num governo que tire o povo brasileiro da crise. Lula é um homem que vem do povo, nos alegramos muito quando ele ganhou. As Farc enviaram uma carta de felicitações. Até agora não recebemos resposta.

Folha de S.Paulo - Vocês têm buscado contato com o governo Lula?

Reyes - Estamos tentando estabelecer --ou restabelecer-- as mesmas relações que tínhamos antes, quando ele era apenas o candidato do PT à Presidência.

Folha de S.Paulo - O sr. conheceu Lula?

Reyes - Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo.
Folha de S.Paulo - Houve uma conversa?

Reyes - Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele.

Folha de S.Paulo - Qual foi a última vez que o sr. falou com ele?

Reyes - Não me lembro exatamente. Faz uns três anos.

Folha de S.Paulo - Fora do governo, quais são os contatos das Farc no Brasil?

Reyes - As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais. Na época do presidente [Fernando Henrique] Cardoso, tínhamos uma delegação no Brasil.

Folha de S.Paulo - O sr. pode nomear as mais importantes?

Reyes - Bem, o PT, e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas...

Folha de S.Paulo - Quais intelectuais?

Reyes - [O sociólogo] Emir Sader, frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos outros.

Folha de S.Paulo - Que relação as Farc mantêm com o governo venezuelano?

Reyes - Estamos propondo ao governo de Hugo Chávez uma explicação sobre a política das Farc em relação aos países vizinhos.

Folha de S.Paulo - Existe contato ou não?

Reyes - Temos informações muito positivas sobre Chávez, um bolivariano patriota que luta pela dignidade do seu povo. Nós o admiramos muitíssimo.

Foro São Paulo
Depois da queda do Muro de Berlim em 1989 e da derrubada do comunismo na ex-União Soviética, Fidel Castro decidiu substituir o apoio que recebia do Bloco Oriental pelo de uma transnacional latino-americana.
Aproveitando o poder parlamentar que tinha o Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil, Fidel Castro convocou em 1990, junto com Luis Inácio “Lula” da Silva, todos os grupos guerrilheiros da América Latina a uma reunião na cidade de São Paulo. Além do próprio PT e do Partido Comunista de Cuba, acudiram ao chamado o Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC); a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua; a União Revolucionária Nacional da Guatemala (URNG); a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador; o Partido da Revolução Democrática (PRD) do México; e várias dezenas mais de grupos guerrilheiros e partidos de esquerda da região que iam se juntando ao longo dos anos, como o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) do México. Alí decidiram formar uma organização que se auto-denominou Foro de São Paulo.
Para dirigi-lo centralizadamente, criaram um Estado Maior civil, dirigido por Fidel Castro, Lula, Tomás Borge e Frei Betto, entre outros, e um Estado Maior militar, comandado também pelo próprio Fidel Castro, o líder sandinista Daniel Ortega, e no qual tem um papel importante o argentino Enrique Gorriarán Merlo.
(Mídia sem mascara 2002)

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Prezado Sr. Cel:

A cabeça dele "valia" US$ 5 milhões

É a recompensa dos EUA por um dos líderes das Farc colombianas. Reyes falou com exclusividade a ÉPOCA 28/01/2008 -
RODRIGO RANGEL

Raúl Reyes, de 59 anos, é um dos sete integrantes do restritíssimo secretariado das Farc. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia são consideradas o maior grupo insurgente da América Latina, com cerca de 16 mil membros. Ao longo de seus 44 anos de existência, foi perdendo o caráter ideológico e comunista de origem, e hoje abriga de esquerdistas a bandidos e narcotraficantes. Recorrem a táticas de terror, como o seqüestro de civis. Reyes ironiza: “Os reféns não estão fazendo turismo ecológico na selva”. Relatos de recém-libertados, que vieram à tona, revelam maus-tratos de todo tipo: dormem acorrentados, não recebem tratamento médico e são obrigados a andar dias e dias em condições adversas. Reyes admite os excessos de maneira curiosa: “Nós, revolucionários, também somos humanos”. Há quem pense diferente. Na semana passada, a ministra-chefe da Casa Civil do presidente Lula, Dilma Rousseff, ela própria ex-guerrilheira durante a ditadura militar brasileira, declarou que até a palavra “terrorista” é inadequada para classificar as Farc: “Elas pularam a fronteira daquilo com o qual se pode compartilhar, dividir, dialogar. Seqüestrar e manter acorrentado é abominável, inadmissível, é contra a humanidade”. (Será que ela falou sério sobre os Cumpanheros? Ou foi mais uma manobra diversionista?- Acrescentado por Paulistanóide).;
Existe hoje uma disputa pela sucessão do líder atual das Farc, Manuel Marulanda (apelidado de Tirofijo – tiro certeiro), que estaria gravemente enfermo, com câncer. Entre os favoritos para substituí-lo, Reyes é apontado como mais moderado que Jorge Briceño, o Mono Jojoy, chefe militar afinado com os seqüestros. O outro candidato à sucessão de Tirofijo é o antropólogo Alfonso Cano. Raúl Reyes chefia a Comissão Internacional das Farc e é um dos encarregados de levar adiante as negociações para a libertação de 44 reféns políticos, entre eles a ex-senadora e candidata à Presidência Ingrid Betancourt, que tem dupla nacionalidade, francesa e colombiana. Em troca, as Farc exigem que o governo de Álvaro Uribe liberte mais de 500 guerrilheiros presos. Ao todo, as Farc mantêm hoje em cativeiro 774 reféns.
As perguntas de ÉPOCA foram enviadas a Reyes por e-mail e passaram por diferentes intermediários. As respostas chegaram na quarta-feira 23. O paradeiro de Reyes é desconhecido. Acusado de expandir o narcotráfico na Colômbia, ele está entre os 50 homens mais procurados do mundo. Embora o líder das Farc se mostre disposto a negociar (“Queremos a paz”), não hesita em defender a estratégia dos seqüestros, nem esconde as práticas violentas denunciadas pelas recém-libertadas Clara Rojas e Consuelo González. E comenta que o filho de Clara com um guerrilheiro, Emmanuel, de 3 anos, foi fruto de uma relação “entre um homem e uma mulher”, e não “obra do Espírito Santo”.
ENTREVISTA
Raúl Reyes
QUEM É Um dos líderes máximos das Forças Revolucionárias da Colômbia. Seu nome de batismo é Luis Edgar Devia Silva. Nasceu em 30 de setembro de 1948, na cidade de La Plata, na Colômbia

O QUE FAZ Chefia a Comissão de Relações Internacionais e comanda o Bloco Sul da guerrilha, na região da fronteira com o Equador

O QUE FEZ Foi sindicalista e funcionário da Nestlé

ÉPOCA – A libertação neste mês das reféns Clara Rojas e Consuelo González é um sinal de que as Farc vão ceder?
Raúl Reyes – Por decisão do comando de nossa organização, elas foram postas em liberdade como um ato de desagravo ao comandante Hugo Chávez, presidente da República Bolivariana de Venezuela (referência à intermediação feita pelo presidente da Venezuela). Com esse ato, quisemos demonstrar nossa vontade de buscar a paz. O narcoparamilitar (presidente colombiano Álvaro) Uribe está se tornando um soldado desconhecido.
ÉPOCA – As reféns libertadas relataram as condições desumanas em que vivem os reféns, acorrentados e sob constantes ameaças de morte. Se as Farc abandonassem essas práticas, não seria mais viável negociar a paz?
Reyes – As condições da guerra são duras. E, como dizia Che (Guevara), é preciso endurecer sem perder a ternura. Vocês viram o bom estado de saúde das prisioneiras libertadas, mesmo após terem caminhado durante vários dias na selva, em meio aos bombardeios de operações militares. O governo negou, mas essas operações estavam em plena execução para impedir o ato de desagravo. Foi possível ver também o tratamento entre as reféns e os guerrilheiros. Foi uma despedida sem ódio, sem rancor, em meio a abraços e expressões de amizade. Nós, revolucionários, também somos humanos, por convicção, ideologia e princípio. Que os prisioneiros passam por dificuldades, isso é apenas o óbvio. As operações do governo para resgatá-los a força só aumentam essas dificuldades. Os prisioneiros não estão fazendo turismo ecológico na selva.
ÉPOCA – A política de seqüestros é considerada abominável por líderes de todo o mundo, inclusive no Brasil. Por que mantê-la?
Reyes – Quando a confrontação alcança todas as camadas da sociedade e os poderes constituídos, caracterizados pela violência e pela corrupção, isso faz com que haja presos nos dois lados. Por isso, propomos a troca de prisioneiros. Não chamamos de seqüestros.
ÉPOCA – O que impede a libertação dos mais de 700 reféns?
Reyes – É lamentável e absurda a idéia de que (o presidente americano George W.) Bush e seu cão de caça na Colômbia, (presidente Álvaro) Uribe, acreditem que o povo colombiano vá se colocar de joelhos diante de golpes de violência, de massacres, desaparecimentos, expulsões, enfim de um terrorismo de Estado. Lembro-me do que disse Jorge Eliécer Gaitán (candidato à Presidência da Colômbia pelo Partido Liberal) há 60 anos, antes de ser assassinado pela CIA: “A oligarquia está ajoelhada ante o imperialismo e vira sua metralhadora contra o povo”.
ÉPOCA – Como é o cotidiano dos prisioneiros na selva?
Reyes – Isso depende da situação militar na área onde eles se encontram. E como a decisão do governo é fazer o resgate militar, isso complica bastante a situação desses presos.
ÉPOCA – Em que condições de saúde se encontra a refém franco-colombiana Ingrid Betancourt? Quais são as reais possibilidades de libertá-la?
Reyes – Ela e seus demais companheiros suportam com estoicismo as dificuldades impostas pela selva tropical. Seu dia-a-dia é determinado pelas duras condições geradas pelo conflito. Tanto Ingrid como todos os demais prisioneiros querem que a troca seja realizada quanto antes. Esse é o assunto que ela menciona diariamente. Algum desses dias será o último, o dia da troca. A libertação de Ingrid, de seus companheiros e de todos os guerrilheiros presos dentro e fora da Colômbia conta com o apoio da maioria do povo colombiano e também de grande parte da comunidade internacional. Há anos estamos prontos para fazer a troca. Ela é possível. E o governo não terá outra saída. Terá de aceitar. O fato de o governo seguir impedindo a troca entre reféns carece de realismo político.
ÉPOCA – Por que as Farc insistem na desmilitarização dos municípios de Florida e Pradera como condição primordial para levar adiante a troca?
Reyes – Pela segurança dos negociadores e dos prisioneiros de ambas as partes. E, sobretudo, porque não acreditamos em Uribe.
ÉPOCA – Ante a negativa do governo colombiano em ceder à exigência, os dois lados não estariam diante de um impasse?
Reyes – Quem está num beco sem saída é Uribe. Ele terminará o segundo mandato frustrado, pois não terá nos derrotado.
ÉPOCA – O que é necessário para cessar a guerra na Colômbia?
Reyes – Que as armas da República não sejam disparadas contra o povo e que não haja mais violência na forma de governar. Que cesse a demoníaca ingerência do império dos Estados Unidos da América do Norte e que a oposição política na Colômbia não seja assassinada.
ÉPOCA – No fim do ano passado, o líder das Farc, Manuel Marulanda, exortou a guerrilha a fazer uma ofensiva geral em 2008. Isso significa que a guerra se tornará ainda mais sangrenta?
Reyes – A crise no governo colombiano deixa transparecer que os governantes não têm mais poder. Por isso, apesar de o Exército colombiano contar com imensos recursos, alta tecnologia e a participação direta do império americano, estamos assistindo a um ressurgimento do movimento popular contra os militares. O principal é que caminhamos para uma disputa política. As transformações que a Colômbia requer podem acontecer sem o uso de armas. Isso é possível.
ÉPOCA – O governo brasileiro se ofereceu para intermediar a crise. É possível haver uma mediação internacional em prol de uma troca de reféns das Farc por prisioneiros do governo?
Reyes – Tanto o Brasil como outros países, especialmente nossos vizinhos, podem nos ajudar a construir a possibilidade de novas conversações que nos levem a acordos reais de paz. A troca de prisioneiros das Farc por presos pelo governo da Colômbia seria um primeiro passo. De nossa parte, estamos prontos. Mas Uribe não está interessado na paz, e sim na guerra. A presença do professor Marco Aurélio Garcia (assessor para questões internacionais do governo brasileiro, enviado à Venezuela) sugere que o governo Lula entende perfeitamente a existência de um conflito armado. O Brasil compreende também que a solução do conflito passa por um processo de diálogo entre as partes envolvidas. Como sempre afirmamos, o destino da Colômbia não pode ser a guerra civil. A América Latina e o Caribe querem que a Colômbia conquiste a paz e a justiça social por caminhos distintos da guerra.
ÉPOCA – Como analisa a proposta do presidente Lula de oferecer o território brasileiro como zona neutra para uma eventual negociação?
Reyes – Toda proposta que nos ajude na solução política do conflito será bem-vinda.
ÉPOCA – Como são hoje as relações entre as Farc e o PT, partido do governo Lula?
Reyes – Nos países amigos, as relações conosco são manejadas segundo as condições locais. É só o que posso dizer.
ÉPOCA – O presidente Hugo Chávez é hoje o maior aliado das Farc?
Reyes – O principal aliado é o povo colombiano, especialmente os camponeses. Sem dúvida, o presidente Chávez é um grande líder. E queremos que ele siga avançando. Temos o apoio de organizações sociais e políticas de várias partes do mundo, assim como personalidades progressistas, de dentro e de fora dos governos.
ÉPOCA – Há um crescente temor das autoridades militares brasileiras em relação à atuação de guerrilheiros na fronteira entre o Brasil e a Colômbia. Do mesmo modo, as Farc têm sido acusadas de usar o território da Venezuela para suas ações. A guerrilha tem pretensões de expansão para além da Colômbia?
Reyes – Que deixem o temor de lado e durmam tranqüilos. Temos um conflito interno e queremos solucioná-lo por caminhos políticos. Em relação a nossos países vizinhos, nossa política é que as fronteiras sejam um espaço de encontro e convivência de cidadãos irmanados por uma história comum, que têm os mesmos problemas, as mesmas esperanças e um mesmo destino.
ÉPOCA – Qual é o projeto das Farc hoje?
Reyes – É construir um país soberano, independente, com justiça social e em paz. E que a participação democrática do povo seja o mecanismo principal desse processo que nos conduzirá ao socialismo. Não estou falando aqui uma frase bonita. É o que queremos, é por isso que lutamos.
ÉPOCA – O narcotráfico é o principal negócio da guerrilha?
Reyes – A guerra não se ganha com campanhas no rádio e na TV contra a insurgência. Agora nos chamam de terroristas. E, de tempos em tempos, trocam de pretexto. O narcoparamilitarismo, que tem Uribe como seu representante mais visível, se infiltrou nos Três Poderes e em outras instâncias do Estado colombiano. Para acabar com o narcotráfico, temos feito propostas concretas, sem obter respostas. É bom lembrar que é exatamente dos Estados Unidos que o narcotráfico extrai 90% de sua renda.
ÉPOCA – As Farc consideram ter, de fato, apoio internacional para sua causa?
Reyes – Desde Marquetalia (cidade da Colômbia), onde nasceram as Farc em 1964, até hoje recebemos ajuda internacional. Ainda nos anos 60, vários intelectuais franceses se dirigiram ao então governo colombiano para pedir que não fosse usada a força militar contra os camponeses. Liderados por Jean Paul Sartre (filósofo existencialista francês, de esquerda, que viveu de 1905 a 1980), esses intelectuais já proclamavam que a solução de um problema político é também política.
ÉPOCA – O presidente Uribe ainda é o alvo preferencial das Farc?
Reyes – Nós lutamos contra as desigualdades sociais, uma afronta à dignidade humana.
ÉPOCA – Afinal, quem é e onde está o pai de Emmanuel, o filho da ex-refém Clara Rojas, encontrado num orfanato em Bogotá?
Reyes – O que podemos dizer é que Emmanuel não foi obra do Espírito Santo, e sim fruto de uma relação entre um homem e uma mulher de carne e osso. O melhor ditado que explica isso é: Deus os criou e o diabo os juntou.

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O presidente francês, na sua primavera parisiense, sonha com o bom diálogo com terroristas. E parecia ser um homem tão sério no início do mandato!

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Aí está uma notícia a ser FESTEJADA... que os "cumpanheros" Lulla... MAG Top-top... Emoire Sader... Frei BEtto chorem

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É o começo do fim. Aguardamos agora a captura de Marulanda. Bem como seus simpatizantes, na Colombia e nos territórios vizinhos. Ufa! Parece que começamos ver luz no fim do túnel.

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Vejam o prontuário do RR: http://www.noticias24.com/actualidad/?p=12439

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Os vagabundos da revista Caros Amigos não vão fazer uma homenagem ao morto?
E o MST?

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Paulistanóide:

É direito seu comentar no blog, mas é dever seu também, ser conciso, não tome muito espaço, seja democrático.

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Xiiii..... os petralhas vão ter um pessimo fim de semana.

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Sr. Coronel:

Me desculpe pelo comentário anterior, mas entendo que comentaristas devem polemizar e não monopolizar.

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Diminuiu o número de idiotas latino-americano.
Adiós, que se vaian bien, com el diablo.

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Prezado Sr Cel. e Batata:

Desculpem pela extensão. O Objetivo era passar o máximo de informação, julgada pertinente.

Passarei a enviar somente os endereços na web.

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Olá Coronel,

Os 2 pingussos, o de Garanhuns e o de Bossoroca perderam um cumpanhero. É cuíudo este Uribe. Só espero que não repita a cagada dos brasileiros em dar "anistia" pra estes banddidos.

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E o Lula? Não vai falar nada? Ou só é falador quando está em comício, lembrando os tempos do Estádio da Vila Euclides?

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Parabéns a Uribe e às Forças Armadas colombianas! Esta notícia merece um Champagne!!!

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Gente:

Mais um que ja' foi tarde.
O Mollusco Etilico esta' esperando instrucoes de Havana e Caracas, para se manifestar. Como a TV-Lulla ainda nao tem seus correspondentes nessas capitais, e o telefone do mascador de coca esta' grampeado pela CIA, ele esta' em dificuldade para descobrir o que deve falar. Como quando o aviao da TAM espatifou-se por culpa da ANAC, o Mollusco Etilico esta' sem saber o que falar. Talvez culpe os ministros do TSE. Em ultimo caso, ele manda o aerollula ir ate' Havana, e os pilotos compram um exemplar do Granma (no cartao corporativo, e' claro).
Tambem gostaria de ouvir o que a Trindade Excelsa Niemaier, Chico Buraco e "frei" Betto tem a dizer.
Sem esquecer Luiz Fernando Falcissimo, o analista de Bage',aquele que perdeu a pose e o sofa'.
Talvez Don KaSStro II mande prender os pobres cubanos que ousaram sorrir ao ouvir as radios de Miami. Nao soltaram foguetes, porque nao os ha' em Cuba.

DELENDA FARC & FORO DE SAO PAULO

Hereticus

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um traste a menos na américa do sul!!!

e um canalha a mais no inferno, a esperar por fidel, xavis e lulla.

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um traste a menos na américa do sul!!!

e um canalha a mais no inferno, a esperar por fidel, xavis e lulla.

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é isso aí uma boa morte que não mereciam esses assassinos, traficates e torturadores.
Tremei petralhas
AR

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