Da Zelotes ao Conselhão da Dilma.


Você ainda lembra esta matéria da Época? Relatório da Polícia Federal sobre e-mails interceptados com autorização judicial na Operação Zelotes afirma que Mitsubishi, Gerdau e BRF foram "clientes" de José Ricardo da Silva na época em que ele era conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Apelidado de "Bolachão" por integrantes do esquema, José Ricardo atuava em favor das empresas dentro do conselho mediante recebimento de propinas, afirmam os investigadores.

No caso da Gerdau, a PF identificou um possível pagamento irregular de R$ 50 milhões para interferir no julgamento de um recurso contra uma multa de R$ 4 bilhões. Bolachão recebeu de seu sócio num escritório de advocacia, João Batista Gruginski, o texto pronto do voto que deveria proferir para, supostamente, beneficiar a empresa.

Agora vejam a matéria publicada a pouco pelo Broadcast Político. 

Após reunião com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, o presidente do conselho consultivo do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, afirmou há pouco que o Brasil não pode deixar a questão fiscal de lado. O empresário avaliou que Barbosa tem condições de conciliar o ajuste fiscal com crescimento econômico.

Gerdau negou que tenha tratado com o ministro sobre possibilidade de aumentar a alíquota de importação do aço. Um grupo de trabalho do governo - formado por Fazenda, Casa Civil e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - estuda um possível aumento das tarifas de importação para o setor, no qual atua o empresário.

De acordo com Gerdau, que responde como presidente fundador do Movimento Brasil Competitivo, a conversa com Barbosa foi sobre retomada do crescimento e continuidade do ajuste. Para ele, as prioridades são a aceleração dos investimentos em infraestrutura e a priorização das exportações. "O mercado interno é o que é neste momento, você não tem muito o que mexer. Talvez essas medidas na área da construção civil possam ajudar um pouco", disse.

O gestor demonstrou confiança na gestão de Barbosa, além de esperar maior flexibilidade na condução da economia. "O ajuste fiscal tem que ser feito e sem ele não se resolve nenhum problema. De outro lado, eu acho que esse posicionamento de crescimento talvez receba um pouco mais de prioridade com o ministro Nelson Barbosa", avaliou. "O ministro, pela experiência de trabalho dele, tem condições de operar essa conjugação do balanceamento do ajuste fiscal com o crescimento econômico".

Gerdau disse não estar clara a decisão sobre a continuidade do Conselho de Desenvolvimento Econômico, o "Conselhão". Ele ponderou que acredita que as reuniões do grupo devem ser retomadas. O Conselho, criado no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - e atualmente paralisado - é formado por grandes empresários e outros representantes da sociedade. O objetivo é propor práticas de boa gestão. "Estou lá desde o começo, é um fórum importante", afirmou.

3 comentários

Mesmo que o 'babosa' jure de 4 "pés" junto não vale uma nota de 3 real.

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Sem contar que ele foi conselheiro da Petrobras qdo da compra da Refinaria de Pasadena.

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O que tem que ser feito é cortar metade dos ministérios e dispensar ao menos 200 mil cabos eleitorais, apaniguados que só fazem despesa aqui em Brasília e mais uns 100 mil espalhados pelo território nacional, incluindo verbas para sindicatos e movimentos sociais. Além disso, para fins de reforma agrária e moradia, desapropriar as terras e mansões das Igrejas e seus lideres.

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