PMDB, com meia cúpula envolvida na roubalheira do Petrolão, quer distância do PT em 2016.


O PMDB já tomou a sua decisão. Vai usar o poder ministerial para pilhar o país e fazer caixa de campanha até as eleições municipais. Depois, vai largar os despojos mal cheirosos do PT nas alianças. Péssima companhia, o partido mais corrupto do Brasil, enfiado até o pescoço no Petrolão está perdendo centenas de prefeitos e vereadores que até agora se locupletavam da roubalheira. Vão correr para onde? Para o PMDB. Mesmo que meia cúpula esteja envolvida no Petrolão.

(Estadão) Apesar de ter sido contemplado com sete ministérios na reforma ministerial promovida pela presidente Dilma Rousseff em outubro, o PMDB deflagrou nos últimos dias um movimento de descolamento da atual gestão. O partido, que tem como presidente nacional o vice-presidente Michel Temer, quer se diferenciar da petista na área econômica.

O PMDB não quer entrar nas eleições municipais do ano que vem com o carimbo de aliado preferencial do PT e sócio da crise econômica e política.

Em caráter reservado, um integrante da cúpula peemedebista que integra o governo definiu dessa forma o objetivo do encontro: “Apresentaremos um programa para disputarmos as eleições de 2016 e 2018. Mas também precisamos ter um programa para o caso de termos que assumir o poder”.
Para evitar retaliações do Palácio do Planalto, representantes da ala governista do PMDB evitam tratar do assunto abertamente e dizem apenas que o congresso não terá a prerrogativa de tomar qualquer decisão sobre a manutenção ou rompimento oficial do partido com a presidente Dilma Rousseff. Essa definição, porém, acontecerá em março, na convenção nacional do partido.

Sem filtro. Os “aliados” do governo esvaziaram as prerrogativas do encontro, mas permitiram que o evento do próximo dia 17 fosse formatado para constranger o governo. Segundo um dirigente do partido que está envolvido na organização do encontro, o microfone estará aberto e todos os presentes poderão votar nas moções que serão apresentadas ao documento-base.

Sem o filtro da escolha dos participantes por meio da eleição de delegados na base, a ala dissidente está livre para mobilizar suas claques. A organização do congresso e a redação do seu texto-base, intitulado “Uma ponte para o futuro”, ficaram a cargo de um ex-ministro peemedebista que hoje é crítico à política econômica do governo: Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães.

“Queremos não só unificar o partido, mas reunificar o País. O compromisso do PMDB não é com A, B ou C (partido ou governo) é com o Brasil. Para reunificar, só com um programa de intervenção na vida econômica e social”, diz ele.

Ainda segundo Moreira Franco, a crise econômica está se tornando “incontrolável” e a situação é “explosiva”. “Temos que ter a dimensão da gravidade.” O senador Valdir Raupp (RR), vice-presidente do PMDB, diz que alguns pontos divergentes do documento, classificado por ele como “duro” contra o governo, precisam ser reajustados, e que os dissidentes “ainda” não são maioria.

Por outro lado, ele sinaliza claramente o desejo de evitar os efeitos colaterais de ser aliado preferencial de Dilma. “Um partido que sempre defendeu as causas populares não pode enveredar para a direita.” Ainda segundo o senador, o PMDB também está em busca de retomar suas “origens”. “Está na hora de voltar às origens das grandes lutas. Um partido com a idade do PMDB, 50 anos, precisa começar a discutir uma candidatura própria à Presidência em 2018. Esse sentimento é unânime”, afirma Raupp.

O senador Romero Jucá (RR) diz que o encontro vai definir um “roteiro” para o Congresso decisivo do partido em 2016. “Após o encontro de novembro, o documento será debatido nos Estados e municípios até o congresso, que pode ser antecipado para antes de março.” Ainda segundo Jucá, o documento será uma posição “clara” sobre economia e questões sociais. O congresso do PMDB também discutirá mudanças no estatuto do partido e as estratégias para as eleições 2016.

4 comentários

Muito boa a repaginação do blog, aliás , há muito tempo é uma das minha leitura diárias.
Quanto ao PMDB , se ele não quiser cair na vala do PT, que tome o rumo certo, SEM CORRUPÇÃO.

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O PMDB nao pense que vai sair incolume de toda essa sujeira e do apoio que sempre deu para Lula e Dilma. o povo sabera' mostrar para o PMDB que nao aceita mais essa situacao caotica em que essa coalizao jogou o Brasil.

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Tem uma máxima que explica o Pmdb que é essa: Dinheiro na mão calcinha no chão.

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Alguém em sã consciência poderia explicar qual a serventia que esse Michel Temer tem (ou teve) para o Brasil? Desde que me conheço acompanhando política, esse pulha e seus comparsas de partidos só se prestaram a MICHÊ(s) nos balcões de negócios espúrios, nesse e em outros governos, protagonizando essa corrupção avassaladora que acabou com o Brasil!!!

Aliás, diga-se de passagem, não seria mais adequado o nome MICHÊ Temer?

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