Desemprego entre jovens que não estudam e desistiram de procurar trabalho chega a 26,6% no Brasil, segundo OIT.

(Estadão) O desemprego entre os jovens no Brasil deverá aumentar, assim como a informalidade. O alerta é da Organização Internacional do Trabalho que, em um informe publicado nesta quinta-feira, revela que a desaceleração da economia nacional será sentida pelos jovens até o final da década. O Brasil registrou o segundo maior salto no desemprego de jovens entre as maiores economias do mundo entre 2014 e 2015. 

Segundo o relatório, a taxa de desemprego entre a população de 15 a 24 anos no Brasil sofreu uma queda importante nos últimos anos, passando de 17,4% no primeiro semestres de 2010 para 13,8% em 2014. Mas, já no primeiro semestre de 2015 e ainda antes do aprofundamento da crise, a taxa já havia dado um salto, para 15,8%, três vezes a taxa entre adultos. 

"Há um aumento substancial", disse a autora do informe, Sara Elder, em uma referência ao desemprego entre jovens no Brasil.  Só a economia da Finlândia apresentou um salto maior, de 2,2 pontos percentuais."A economia no Brasil passa por uma desaceleração e projeções mostram que o setor do trabalho, que estava em boa direção pelos últimos dez anos, agora apresentam outra tendência ", disse Azita Awad, diretora do Departamento de Emprego da OIT.  

Na avaliação da OIT, fica ainda claro que o desemprego no País varia de uma forma importante dependendo do nível de educação dos jovens. Entre aqueles com título universitário, a média é de 8%. Aos que não completaram a educação primária, a taxa chega a 15,5%. 

Mas, para a própria OIT, os números oficiais do governo podem ser ainda bem inferiores ao desemprego real entre os jovens brasileiros. No informe, a entidade aponta que se for calculado os jovens que deixaram de procurar emprego por não encontrarem trabalho e que também não estão estudando, a taxa seria de 26,6%.  A taxa, porém, não é reconhecida pelo governo. Mas foi usada no informe oficial da OIT, numa tentativa de mostrar que o problema enfrentado pelos jovens é mais agudo do que as autoridades apresentam. 

Seja qual for a base usada, a realidade é que o resultado no Brasil empurrou toda a América Latina a um desempenho pior do que o esperado. Segundo as previsões, o desemprego de jovens na região caiu de 15% em 2010 para 13,4% em 2013. Mas, em 2015, vai subir para 13,9%, patamar que será mantido também em 2016. Entre 2017 e 2019, a previsão é de que ele se estabilize em 13,8%. 

A taxa é superior à média mundial, de cerca de 13,1% e já supera regiões que apareciam com sérios problemas desde 2008, por conta da crise financeira. Nos EUA, a taxa de desemprego entre jovens caiu de 18% em 2010 para apenas 12% em 2015. "Essa é uma recuperação total ", disse Sara Elder. 

Em termos absolutos, o número mundial também caiu, passando de 76,6 milhões de jovens desempregados em 2009 para 73,3 milhões ao final de 2014. Ainda assim, a taxa é superior ao que existia antes da crise mundial, de 11,7% em 2007. Nos países ricos, a média caiu em 1,4 pontos percentuais. 

Outro alerta da OIT é de que o número não mostra uma realidade completa da juventude. 43% dos jovens pelo planeta estão desempregados ou contam com trabalhos que os paga menos do que seria suficiente para os manter fora da linha da pobreza.

8 comentários

Texto: "(...) os jovens que deixaram de procurar emprego por não encontrarem trabalho e que também não estão estudando, a taxa seria de 26,6%."

Se também não estudam, como querem arrumar trabalho????

Só se for de gari, e olhe lá!


Chris/SP

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Estes jovens deveriam questionar seus pais por terem induzidos votarem na DILMA/LULA/PT.



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Cadê a matéria sobre o Eduardo Cunha?

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..........quem mandou nao ser filho do lulla!!!!!!

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Verdade. Se não estuda pretende fazer o quê? Vejamos, nesta joça de país poderá trabalhar como jogador de futebol se for homem, maria chuteiras se for mulher. Pode trabalhar no tráfico de drogas também e se for bem bandido/mentiroso/cara de pau (e com um monte de vagabundo e idiotas apoiando) para presidente da república.

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Herança nefasta do partido que queria mudar o país. Mudou mesmo, mas para pior. Com sua interpretação que todos tem direito a comer, se deslocar, comprar calça jeans,etc. sem trabalhar e sem estudar dá nisso. Não querem nem saber das obrigações de todos para com o país, mas apenas com os direitos. Aprendam.

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Trabalho tem o problema que o jovem não quer! Conheço muitos com seus 20 e poucos anos que estão muito bem fazendo coisas que ninguém quer fazer como trabalhando de pedreiro, gesseiro ou na agricultura. O jovem tanto rico quanto de classe média quer fazer a faculdade e entrar numa empresa já mandando ou fazendo algum concurso público. O jovem pobre pelo menos não tem vergonha de ir ser gari ou atendente de posto se é preciso ajudar a família. Porém muitos se cansam de tanto trabalho pesado e tão pouca recompensa que vão tentar achar um caminho mais fácil e daí muitos acabam indo para o crime (muitos classe média também). Isso é o fruto da educação Paulo Freire onde o país te deve tudo e você não deve nada ao país. Mas todo mundo sabe que o país sempre foi assim e os esquerdistas apenas aperfeiçoaram a bagunça e agora só estamos revivendo a história que pelo jeito está longe de acabar.

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9 de outubro de 2015 12:24

Corta essa de ter que ir para o crime por ser pobre, sempre a mesma lengalenga, a mesma desculpa conveniente. Gostaria de ver essa turma ralando, estudando e trabalhando como a maioria dos brasileiros que não tem nada de rico, e no qual me incluo. Essa corja vai para o crime porque quer facilidades, vestir grifes, baladas, bons perfumes, festas e se possível uma Ferrari. Faça um levantamento dos nossos ilustre políticos usurpadores, para não dizer a palavra ladrões, do dinheiro público, os mais corruptos vieram da pobreza. Ladrões e palhaços irmanados se igualam na arte de enganar, mentir e roubar.
Não esqueça a mulher do bolsa família que disse que a mixaria que ganha, não compra uma calça de mais de R$300,00 paras sua filha menor? E está a 8 anos no bolsa família? São todos mui honestos.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/sera-que-o-bolsa-familia-ele-sim-esta-virando-uma-cultura-ou-o-que-querem-os-pobres-ou-pai-mae-faxina-hora-extra-e-uma-maquina-de-escrever/

Calça de brim nesse valor, só pobre e corruptos. Tenho nível superior, curso fora do país e poderia tranquilamente pagar esse valor, mas nunca o faria, conheço outros engenheiros,verdadeiros cientistas na área da tecnologia, inventores que no nosso pais são menos que cocô. Queria ver esses pobres trabalhando de dia e estudando de noite, dando seu sangue por este bosta de pais.

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