(Folha) O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), rebateu na
 manhã desta quinta-feira (17) as declarações de Dilma Rousseff sobre o 
golpismo dos que falam em impeachment. O senador afirmou que "golpe ou atalho para chegar ao poder é utilizar 
dinheiro do crime ou da irresponsabilidade fiscal para ganhar votos". O tucano disse falar "sem fazer pré-julgamentos", mas para "blindar as 
instituições" que hoje investigam a presidente: o TCU (Tribunal de 
Contas da União) e o TSE ( Tribunal Superior Eleitoral). 
Aécio também criticou a forma como o governo lida com a crise que 
atravessa a Petrobras e disse que a discussão em torno da privatização 
de alguns de seus setores se dá apenas para salvá-la de endividamentos. "O que eu vejo é que a Petrobras hoje, para diminuir o seu 
endividamento, inicia uma verdadeira 'black friday'. O conjunto de 
privatizações que ela se dispõe a vender chega a R$ 60 bilhões. Mas não 
faz isso por uma visão estratégica mas para diminuir seu endividamento",
 disse.
O tucano falou sobre o assunto antes de fazer a abertura de um seminário
 promovido pelo PSDB, para debater os rumos da economia do país. 
Participam do evento nomes como o economista Arminio Fraga, Mansueto 
Almeida, Samuel Pessoa e Gustavo Franco. 
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que tinha presença prevista, acabou não comparecendo. FHC reagiu à fala de Dilma na quarta-feira, quando afirmou que as movimentações a favor do impeachment não são golpistas e ganharam força porque o povo está sofrendo com a crise e se perguntando quando ela vai acabar. 
"Quem sofre a crise não quer dar golpe, quer se livrar da crise. Na 
medida em que o governo faz parte da crise, começam a perguntar se [o 
governo] vai durar. Mas não é golpe", afirmou antes de dizer que não 
sabe quem estaria tentando se aproveitar da crise para chegar a poder. 
'OBCECADA'
Aécio, que foi derrotado pela petista na última eleição presidencial, 
disse que hoje temos uma mandatária "obcecada com o próprio fim de seu 
mandato". "Pela segunda vez", disse ele, "sem ser instada, a presidente 
falou em golpe e em atalhos para se chegar ao poder", prosseguiu. "Concordo com ela em uma frase, e olha que é difícil concordar: a 
legitimidade do voto é a base da democracia. Isso é correto, desde que 
esse voto tenha sido obtido de forma legal", alfinetou. Ele concluiu dizendo que "felizmente", é a legalidade das contas da 
presidente e de sua campanha que se investiga hoje no Brasil.


1 comentários:
Quando Dilma e os petistas acusam a oposição de querer tomar o poder após a derrota nas Urnas estão tentando enganar a população.
ReplyNo caso de impedimento da Presidente Dilma que assumirá é o seu vice-presidente Michel Temer.
Portanto não é golpe da oposição para tomar o poder para si, mas, utilizar-se de um permissivo constitucional e obediencia ao texto da nossa Lei maior.