(Estadão) A instância máxima da Justiça na Itália autoriza a extradição de
Henrique Pizzolato ao Brasil e determina que o condenado no caso do
mensalão volte para a prisão, em Modena. Nesta quinta, a Corte de
Cassação em Roma reverteu a decisão de primeira instância de rejeitar o
envio do brasileiro de volta ao País e aceitou as garantias dadas pelo
governo brasileiro de que a integridade física de Pizzolato será
assegurada.
A
Interpol já foi acionada e lançou na manhã desta quinta uma operação
para prender o brasileiro. Num primeiro momento, a organização
internacional informara que já
sabia onde estava o acusado, mas depois de consultar a polícia
italiana, se deu conta que, de fato, seu paradeiro não era desconhecido.
A falta de informação pode levar uma nova caçada a Pizzolato. A
polícia de Modena confirmou que nos últimos dias ele passou a ser
monitorado para evitar uma nova fuga.
O julgamento ocorreu nesta quarta, em Roma, mas a sentença foi
pronunciada apenas na manhã desta quinta-feira, 12. Pela decisão da
Corte, "existem condições para a extradição', numa referência à situação
das prisões no Brasil, e das garantias dadas pelo governo. Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi
condenado a 12 anos e sete meses de prisão. Mas, há um ano e cinco
meses, fugiu do País com um passaporte falso e declarou que confiava que
a Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como
acusa a Justiça brasileira de ter realizado.
Ele acabou sendo preso na cidade de Maranello e, em setembro do ano
passado, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que as
prisões brasileiras não têm condições de recebê-lo. Ao sair da prisão,
declarou que havia fugido para "salvar sua vida". Para conseguir reverter a decisão, os advogados contratados
pelo Brasil insistiram na tese de que a Itália não poderia generalizar a
condição das prisões no País.
A partir de agora, o caso de Pizzolato deixa a esfera judicial
e passa para o âmbito político. Caberá ao ministro da Justiça do
governo de Mateo Renzi uma decisão final sobre o caso. Fontes na Itália
admitem que, a partir de agora, pode pesar o atrito entre Brasil e Roma
no que se refere à decisão do ex-ministro da Justiça, Tarso Genro de não
extraditar Cesare Battisti, condenado na Itália por assassinato.
BATTISTI
Nesta quarta-feira, os advogados de Pizzolato introduziram pela
primeira vez o tema de Battisti no debate e tentaram argumentar diante
da Corte que o ex-diretor do Banco do Brasil não poderia ser extraditado
por conta da recusa do governo brasileiro em cooperar no caso de
Battisti. O argumento não foi acatado.
"O Brasil mostrou que não há uma reciprocidade", indicou o
advogado de Pizzolato, Emmanuelle Fragasso. Para ele, a Itália também
deve responder da mesma forma, rejeitando o pedido brasileiro. "O Brasil
fez um julgamento político", declarou.
Miqueli Gentiloni, advogado contratado pelo Brasil, rejeita o
argumento da defesa de Pizzolato. "Isso não tem nenhuma influência nesse
processo", insistiu. "É a primeira vez que a defesa usa esse argumento
no processo", ressaltou.
Battisti foi condenado na Itália por terrorismo. Mas, no
Brasil, Tarso Genro o concedeu asilo, o que gerou fortes protestos por
toda a Itália e ameaças de suspender certos acordos de cooperação.
Gentiloni, porém, alega que os casos são "diferentes". Além disso, o
Brasil destaca que outros dois criminosos foram extraditados ao País nos
últimos meses, com o sinal verde do tribunal de Roma.
ESPECIAL
O Brasil conseguiu uma vitória judicial graças às garantias
diplomáticas dadas de que Pizzolato teria sua proteção assegurada na
prisão. As garantias foram apresentadas pelo ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, e pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Para a defesa contratada pelo Brasil, isso "demonstra inequivocadamente
não apenas que (Pizzolato) não corre perigo de tortura, mas é garantia
de que receberá um tratamento melhor em respeito a dos demais presos".
Os advogados contratados pelo Brasil indicaram ainda ao juiz
de Pizzolato faria parte, assim como os demais condenados no mesmo caso,
de "uma categoria de presos aos quais está assegurado o total respeito
da lei e de seu conforto".
Para dar provas disso, o Brasil explicou a estrutura do
Complexo da Papuda, penitenciária para onde Pizzolato seria enviado, e
deu garantias de que ele ficaria "isolado do resto da população
carcerária".Fragasso, advogado de Pizzolato, criticou a postura do Brasil.
"Ainda não sabemos se vão de férias para Papuda ou é uma prisão. O
turista que vai para Copacabana também aproveita para visitar a
Papuda?", ironizou o advogado.
PRECEDENTES
Os advogados do Brasil também usaram mais de uma dezena de
casos para mostrar que países europeus já extraditaram criminosos "para
países onde a situação de direitos humanos é muito pior que as do
Brasil". Gentiloni mostrou que, por toda a Europa e mesmo na Corte de
Estrasburgo, criminosos já foram extraditados para países como
Bangladesh, México, Rússia, Cazaquistão, Índia e Turcomenistão.Para os advogados, portanto, a situação generalizada das
prisões de um país não pode ser um argumento suficiente para impedir a
extradição.
13 comentários
Coronel,
Replytecnicamente decisão correta. Agora, mais um bandido a "cumprir" pena nas suas confortáveis casas.
Na Papuda vai cantar direitinho.
ReplyA decisão será do Ministro da Justiça, se fica na Itália ou se será extraditado.
ReplyPT Treme !!!
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/corte-italiana-autoriza-extradicao-de-pizzolato-e-determina-sua-prisao-imediata-petistas-estao-em-panico-ministro-da-justica-da-italia-vai-decidir-se-ele-fica-ou-vem/
Chris/SP
Coronel,
ReplyA partir de agora o bandidão petista PIZZOLATO vai cumprir a pena perto do chefe, o eterno e inimputável presidente do Brasil (o monarca LULLA).
Não me espantarei nada se não converterem para prisão domiciliar .Ainda vai requerer aposentadoria integral.Na contagem de tempo o período que ficou foragido da justiça.
ReplyÉ esculhambação indescritível.
PIZZO X PIZZA!
ReplyA VINGANÇA DA ITALIA seria a devolução do Pizzo para ser mais um ajudar acabar com a pizza do PT, como troco de ter travado a volta à Itália do famoso assassino Cesare Battisti que foi acobertado por Lula e, como o estelionatário PT está na merda, arrebente-se, mais um para empurrá-lo para o brejo!
Certamente Pizzolato fará delação premiada e poderá dar aquele "premio" para os falsários e velhacos do PT!
Mais um petista preso ( este, de novo ). Aumenta o numero de petista e lideres do partido tratado pela lei como bandido. Isso diz tudo, nao? Agora, quando ele voltar, seria interessante que a nossa imprensa conseguisse ( e tivesse interesse, claro ) pergutar por que ele, Pizzolato, alegou ter fugido para nao ser morto. Por quem?pelo partido? pelos implicados nos desvios de recursos publicos do mensalao e que se safaram do julgamento? Nao e' interessante a imprensa brasileira sondar do petista condenado e informar aos brasileiros, quem poderia por em risco sua vida?
ReplyMais uma delação premiada? Será que cabe isso?
ReplyO advogado de Pizzolato quer que ele fique na Itália, enquanto que nosso ministro da justiça (um petista) está agindo para que ele venha para o Brasil.
ReplyEstranho!
Será que Pizzolato vai ser suicidado para manter o silêncio?
Se fosse Pizzolato pediria asilo na embaixada americana com a promessa de contar tudinho.
ReplyOh! nãooooooooooooo... mais um petista no Brasil!Deixa apodrecer lá na Italia!
ReplyCoronel,
ReplyPizzolato disse que fugiu para a Itália para ficar vivo!
Juiz Sergio Moro poderia organizar delação premiada à distância!
Pode isso? Se puder ele fica vivo, porque se vier vai virar Celso Daniel...
Flor Lilás
Mais um corruPTo à solta no país.
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