O Senado aprovou nesta
terça-feira (20) o texto original da Medida Provisória 630/2013, que
possibilita a ampliação do uso do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) a
obras apenas para presídios. O governo queria liberar o regime simplificado
para todas as licitações públicas, mas recuou diante da pressão de senadores,
inclusive da base de apoio. Com a rejeição da ampliação, o texto terá de voltar
à Câmara dos Deputados, onde deve ser votado até 2 de junho, para não perder a
validade.
A modificação que estendia o RDC
a todas as licitações públicas (PLV 1/2014) foi uma sugestão da relatora,
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), aprovada em comissão mista e na Câmara dos
Deputados.
Na última semana, durante a
discussão da MP, senadores da oposição e também da base do governo criticaram a
mudança, citando um risco de a medida favorecer a corrupção. Além disso,
parlamentares afirmaram que o argumento de maior rapidez com o processo,
defendido pela relatora, não se provou na prática. Após quatro horas de
discussão, a votação acabou sendo adiada.
Pouco antes do início da ordem do
dia desta terça, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) propôs o retorno ao texto
original da MP, o que já havia sido pedido, na última semana, pelos senadores
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Pedro Taques (PDT-MT). As mudanças pretendidas
por Gleisi Hoffmann (PT-PR), segundo Kátia Abreu, seriam incluídas no Projeto
de Lei do Senado (PLS) 559/2013, elaborado pela comissão que estudou, em 2013,
o aperfeiçoamento da Lei de Licitações (8666/1993). A senadora do PMDB foi
relatora dos trabalhos da comissão.
José Agripino (DEM-RN), que
também concordou com a mudança, lembrou que a volta ao texto original só se deu
porque senadores da oposição e alguns da base do governo mantiveram posição
contra a extensão do RDC a todas as obras públicas. - O governo resolveu derrubar a
sessão para evitar aquilo que, na minha opinião, ocorreria: a derrota – disse
Agripino.
Após concordar com a mudança no rumo
da votação, Gleisi Hoffman negou que seu relatório tenha significado uma
tentativa de mera flexibilização da Lei de Licitações e afirmou que as mudanças
promoveriam a modernização da lei. A senadora pediu agilidade na votação das
mudanças. - O que nós não podemos é demorar
mais com essa matéria. A administração pública e a gestão pública requerem
urgência de modernização de procedimentos.
Regime
Criado em 2011, o RDC pretendia
tornar mais ágeis as licitações de obras ligadas à Copa do Mundo e aos Jogos
Olímpicos de 2016. Com o tempo o uso do regime foi estendido, por meio de
medidas provisórias, a obras de engenharia do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), do Sistema Único de Saúde (SUS) e do sistema público de
ensino.
O RDC elimina prazos, modifica fases da licitação e permite, a contratação integrada, em que uma empresa ou consórcio é contratada para toda a obra, do projeto ao acabamento. Pela Lei de Licitações, projeto e obra são fases separadas. Segundo os opositores da ampliação, essa integração entre projeto e obra pode favorecer a corrupção.
O RDC elimina prazos, modifica fases da licitação e permite, a contratação integrada, em que uma empresa ou consórcio é contratada para toda a obra, do projeto ao acabamento. Pela Lei de Licitações, projeto e obra são fases separadas. Segundo os opositores da ampliação, essa integração entre projeto e obra pode favorecer a corrupção.
2 comentários
RDC - Regime de Doações à CorruPTos.
ReplyVão sugar TUDO até a última gota, até o último segundo.
FORA!!! CORRUptOS!!!
FORA!!! GENTALHA MALDITA!! FORA!!!
Essa Gleici já saiu do buraco onde havia se enfiado quando o caso do Vargas com o doleiro explodiu? Pena...
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